EL SHADAY TURISMO, FOTOS DE ÔNIBUS SEMELHANTES AO ENVOLVIDO NA TRAGÉDIA

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"A cidade parou", diz vereador de Santo Antônio do Descoberto
Parlamentar veio para o Vale do Paraíba para ajudar na liberação dos corpos das vítimas do acidente na Floriano Rodrigues Pinheiro, em Pinda
Um dia após o acidente com um ônibus de turismo que matou dez pessoas na rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, parentes e amigos das vítimas vieram para a região para conseguir informações. Os passageiros do ônibus são de Santo Antônio do Descoberto, no interior de Goiás, e voltavam de uma excursão por Aparecida e Campos do Jordão.

O vereador da cidade goiana, Raimundo Bezerra, veio para ajudar as vítimas e acertar a liberação dos corpos. Ele conhecia todos que estavam no ônibus. “A cidade parou, uma cidade muito religiosa e tanto quanto as pessoas, só pessoas conhecidas, queridas da cidade que foram”.

O delegado que vai investigar o caso, Carlos Prado Pinto, já ouviu o motorista, que foi liberado, apesar de estar com a carteira de habilitação vencida. “Eu não posso vincular uma ausência de uma habilitação a um cometimento de um delito, inclusive a habilitação dele é Classe E. Pode ter havido um problema mecânico, pode ter havido uma falha dele, mas será apurado. Desde a empresa que não exerceu, não efetivou a devida manutenção do ônibus, como uma imperícia, uma imprudência do próprio motorista”, explicou.

O ônibus está apreendido e os peritos já começaram os trabalhos. O acidente foi na tarde desta terça-feira (15), na altura do quilômetro 30, em Pindamonhangaba.

O ônibus bateu em mureta de proteção e tombou na pista. “Segundo relato do motorista, ele escutou um barulho embaixo do ônibus e a partir disso ele começou a ganhar velocidade e o que a gente percebe na dinâmica do acidente, esse ônibus tombou, bateu na mureta de concreto e acabou arrastando, girando sobre seu próprio eixo”, disse o major da Polícia Rodoviária Estadual, Newton Michelazzo.

Dez pessoas morreram no local. Entre elas, uma criança, de 3 anos. Os feridos foram levados para hospitais de Campos do Jordão, Taubaté e Pindamonhangaba. Os mais leves foram liberados ainda durante a noite. “Não sei o que aconteceu, o motorista não vinha correndo. Quando estávamos em Campos, perguntamos: que horas chega? Ele falou, não sei, está chovendo, vamos devagar”, contou a dona de casa Anatália Brito França.

“Eu estava dormindo, não vi nada. Acordei com uma pancada”, contou a dona de casa, Francisca Lopes.

“Consegui sair sozinho ainda comecei a ajudar os três saírem também. Aí, perdi a força. Triste demais”, contou o motorista Aquiles Rodrigues Chaves.

Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, possivelmente muitos passageiros não usavam o cinto de segurança na hora da batida. “A experiência mostra que se as pessoas estiverem afiveladas ao cinto de segurança, depois de um acidente desse eles permanecem no banco e o que a gente pode constatar aí que a maioria delas não permaneceu nos bancos em que viajavam”, contou o major Michelazzo.

“Eu vinha sem o cinto e na hora eu falei assim: ‘gente, esse ônibus não tem cinto?’ Aí a menina de trás falou ‘tem cinto’. Aí falei: ‘vou colocar o cinto, porque me sinto mais segura e pus o cinto, acho que por isso que eu ainda estou viva. Mas, foi uma coisa muito rápida, quando ele ficou assim falamos para o motorista tomar cuidado para não correr, mas não é que ele correu, ele perdeu o freio na descida da ladeira”, contou Anatália.

Estado de saúde das vítimas

Após o acidente, 13 vítimas foram levadas para Campos do Jordão. 7 já tiveram alta e seis seguem internadas. No Hospital Regional de Taubaté, nove pessoas foram atendidas e cinco ainda estão internadas. Em Pindamonhangaba, das 10 vítimas que foram atendidas, apenas uma continua sob cuidados médicos.

Mortos

Os corpos das vítimas fatais estão no Instituto Médico Legal de Taubaté e ainda não hé previsão de quando serão liberados para as famílias.