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sexta-feira, 12 de abril de 2013

A ELEITORA E OS SANTINHOS DOS POLÍTICOS PORCOS EM S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP



 

Suellen FernandesDo G1 Vale do Paraíba e Regiãos
Panfletos de candidatos espalhados pelas ruas de São José dos Campos (Foto: Arthur Costa/ G1)Panfletos de candidatos espalhados pelas ruas de São José dos Campos no primeiro turno das eleições em outubro do ano passado. (Foto: Arthur Costa/G1)
Uma eleitora, de 51 anos, que fraturou o fêmur após escorregar em panfletos de candidatos nas últimas eleições em São José dos Campos, no interior de São Paulo, pediu R$ 432 mil em indenização a 12 candidatos e oito partidos, incluindo o prefeito Carlinhos Almeida (PT) e o então candidato Alexandre Blanco (PSDB). Ela caiu em uma rua do bairro Vista Verde, no dia das eleições municipais. As imagens do atendimento à vítima foram incorporadas ao processo e cedidas aoG1 pelo advogado da vítima (veja acima).

Na ação, que reclama danos morais e estéticos, são citados os partidos PSDB, PT, PMDB,PPDEMPSBPTB e PV, além de candidatos derrotados a Câmara e ao Paço - todos supostamente envolvidos no incidente, que aconteceu no último dia 7 de outubro.
A identificação foi feita por meio dos santinhos encontrados no local no momento em que aconteceu a queda, perto da escola Walter Fortunato, ponto de votação da vítima. Jogar santinho e panfletos nas vias públicas é crime eleitoral.

O processo foi protocolado no último dia 26 de fevereiro e distribuída no último dia 5 de março para a 4ª Vara Cível de São José dos Campos. As partes estão sendo citadas pela Justiça. O pedido é de R$ 211.536 por danos morais e 220.889,76  por danos estéticos.
Após cair, a eleitora teve que ser submetida a uma cirurgia e teve sequelas. Ela não conseguiu votar por conta do ocorrido. "A minha cliente fraturou o fêmur, passou por cirurgia e até hoje tem sequelas. Os ossos não se alinharam e ela anda hoje com juda de bengala ou andador", disse o advogado Wagner Silva Carreiro, ao G1.
De acordo com o defensor da vítima, a ação tem mais do que um cárater indenizatório. "É uma ação educativa e punitiva, que deve servir de exemplo para que situações como essa não aconteçam mais. Tanta gente já caiu e se machucou, teve gente que até morreu no interior de São Paulo depois de cair", afirmou Carreiro.
Outro lado
O presidente do PV em São José dos Campos, André Miragaia, foi procurado e informou que orientou os candidatos e cabos eleitorais antes das eleições para que não espalhassem santinhos pelo chão. "Obviamente que alguém pode ter jogado, mas pelos locais onde passei não vi nada nesse sentido. Isso inclusive foi objeto de várias reuniões do partido", assegurou aoG1.
O presidente do DEM, Jorley Amaral, nega a responsabilidade pelo incidente. "Existe uma determinação para que não se jogue mais panfeltos e nós como partido compactuamos com isso. Não praticamos isso há pelo menos três eleições e por isso negamos qualquer responsabilidade pelo ocorrido", afirmou.
PSDB informou, por meio de assessoria de imprensa, que ainda não foi notificado e que, portanto, não iria se manifestar. A direção do partido também afirmou o compromisso de não jogar santinhos no chão no dia da eleição.
O presidente local do PTB, João das Mercês Almeida 'Tampão', foi procurado pela reportagem por telefone, mas não retornou a ligação. O presidente do PMDB, Marcio Coppio, está em viagem ao exterior, mas o partido informou que houve uma orientação para que os cabos eleitorais não soltassem materiais gráficos nas ruas durante o pleito.
O presidente do diretório do PT na cidade,  João Gilberto Ribeiro, afirmou que a orientação aos candidatos era o acordado na promessa de uma campanha limpa. "Oficialmente não fomos notificados da ação, mas orientamos para que os panfletos não fossem jogados", disse.
O coordenador regional do PSB no Vale do Paraíba, Gilberto Lira, também reafirmou o compromisso do partido em não jogar santinhos nas vias. "A orientação é essa, mas nós não nos responsabilizamos se determinado candidato orientou seus cabos eleitorais a fazer essa ação", explicou.Até a publicação desta reportagem, o G1 não localizou o presidente do PP no município.

http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2013/04/eleitora-pede-indenizacao-de-r-432-mil-politicos-em-sao-jose.html

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

LULA, O MI(BI)LIONÁRIO


VÍDEO HISTÓRICO, a pedidos: Homem de vida impecável, ex-amigo de Lula, Hélio Bicudo, 90 anos, explica por que se afastou do PT, critica Lula por ambição de poder e pergunta como é que o ex-presidente ficou tão rico

Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT, detonando o mito Lula (Foto: DEDOC)
Hélio Bicudo, o corajoso homem da lei que enfrentou o Esquadrão da Morte durante a ditadura: vida pessoal impecável, longa militância no PT e desilução com o partido e com Lula (Foto: Dedoc/Editora Abril)
Hélio Bicudo, 90 anos, advogado e procurador de Justiça aposentado de São Paulo, é o que se costumava chamar de homem de bem. Católico, vida pessoal impecável, foi ele quem teve a coragem de enfrentar o esquema macabro do Esquadrão da Morte em plena vigência da ditadura, pondo a nu seus crimes e levando integrantes à cadeia.
Ligado originalmente à democracia cristã e ao falecido governador Carvalho Pinto, o editorialista do Estadão que eu, então jovem redator do Jornal da Tarde, cumprimentava no elevador da velha sede dos dois jornais na Rua Major Quedinho — olhos muito azuis, físico diminuto e sempre ereto, levando uma invariável pastinha de couro repleta de papéis –, para surpresa de muitos filiou-se ao PT em seus primórdios.
Chegou a ser candidato a vice-governador de São Paulo na chapa de Lula, em 1982, e sua ligação com o ex-presidente era tão profunda que após a derrota abrigou o abatido companheiro em sua própria casa durante um mês. Foi secretário da prefeita Luiza Erundina, candidato ao Senado pelo PT, vice-prefeito de Marta Suplicy.
Mas se desiludiu com o PT e com Lula. Desligado há anos do partido, hoje acha que Lula só queria o poder para se locupletar, considera que os apregoados ideais do começo do PT não eram verdadeiros, que Lula nunca quis ser “Pai dos Pobres”, mas, sim, tutelar os pobres em seu próprio benefício.
Critica o aparelhamento do Estado promovido pelo ex-presidente, sua sede de poder e põe em questão até a riqueza pessoal que Lula teria acumulado.
Um espanto.
O vídeo foi gravado pelo blog Revoltados On Line, e tem 35 minutos e 29 segundos. Quem não tiver paciência para assisti-lo todo pode ficar sossegado que já nos primeiros 2 ou 3 minutos há material suficiente para meditar muito sobre o “fenômeno Lula”.
Mas no vídeo inteiro não há 30 segundos que possam ser considerados irrelevantes. Vale a pela conferir.
Há versões mais curtas, de 2 minutos e pouco, de 7 minutos e outras extensões. Muitos leitores, porém, vêm solicitando a postagem desse vídeo histórico. Então, aqui está ele:

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

MENSALÃO: A "CHAPA" DO LULA VAI ESQUENTAR ( MARCOS VALÉRIO)


Ricardo SettiMENSALÃO: Sem mais nada a perder, não é impossível que Marcos Valério se transforme em testemunha-bomba contra Lula

Marcos Valério: com a vida destroçada, sem nada a perder, pode contar mais do que contou até agora (Foto: Cristiano Mariz)
Amigas e amigos do blog, leiam este trecho de reportagem de hoje do :
Com a corda no pescoço e na iminência de ter prisão decretada – como requer a Procuradoria-Geral da República – , o empresário Marcos Valério, operador do mensalão, condenado em outras ações no âmbito da Justiça Federal, quer receber tratamento de réu primário.
Em petição ao Supremo Tribunal Federal, que nesta terça-feira começou a calcular as penas para os mensaleiros, a defesa de Valério sustenta que “a mera existência de ações penais, todas posteriores aos fatos objetos da ação penal 470 (mensalão) não pode servir de fundamento para consideração de ‘maus antecedentes’”.
O advogado de defesa enfatizou o fato de serem anteriores à ocorrência as ações penais contra Valério porque o operador do mensalão coleciona dez processos criminais na Justiça Federal em Minas, pelas quais, se for considerado culpado, pode receber mais de 140 anos de prisão — sem contar outros cinco processos penais em tramitação na Justiça estadual mineira e um outro na da Bahia.
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A aterrorizadora perspectiva de mais de 100 anos de cadeia
Anteriormente, baseado em material publicado pelo jornal O Globo, publiquei post mostrando que o advogado de Valério, Marcelo Leonardo, apresentou memorial ao Supremo Tribunal Federal solicitando o abrandamento das penas a Valério no qual inclui o ex-presidente Lula entre os responsáveis pelo mensalão.
O operador do mensalão está diante da aterrorizadora perspectiva de ser condenado a mais de 100 anos de cadeia.
O advogado afirma que a base de sustentação no Congresso do então governo petista, com o surgimento do escândalo, deslocou o foco para seu cliente, Valério. No memorial, o nome de Lula e de Valério aparecem sempre em maiúsculas.
“A classe política que compunha a base de sustentação do Governo do Presidente LULA, diante do início das investigações do chamado ‘mensalão’, habilidosamente, deslocou o foco da mídia das investigações dos protagonistas políticos (Presidente LULA, seus Ministros, dirigentes do PT e partidos da base aliada e deputados federais), para o empresário mineiro MARCOS VALÉRIO, do ramo de publicidade e propaganda, absoluto desconhecido até então, dando-lhe uma dimensão que não tinha e não teve nos fatos”, diz o documento encaminhado ao Supremo.
O advogado disse também que o réu — que não participava do mundo político — foi transformado em peça principal do “enredo político e jornalístico”.
Lula era interessado no suporte político “comprado”
“Quem não era presidente, ministro, dirigente político, parlamentar, detentor de mandato ou liderança com poder político, foi transformado em peça principal do enredo político e jornalístico, cunhando-se na mídia a expressão ‘Valerioduto’, martelada diuturnamente, como forma de condenar, por antecipação, o mesmo, em franco desrespeito ao princípio constitucional fundamental da dignidade da pessoa humana”, afirmou a defesa.
Leonardo, sem mais delongas, inclui Lula na relação dos interessados no suporte político “comprado” e diz que o PT (e, portanto, não Valério) é o “verdadeiro intermediário do mensalão”.
Sem saída e sem nada a perder
Valério, como se constata, está num beco sem saída. Não tem nada a perder. Sua vida profissional e pessoal está destroçada. Aos 51 anos de idade, divisa, no horizonte próximo, a perspectiva de envelhecer no cárcere, talvez até morrer.
As primeiras declarações do advogado sobre o envolvimento de Lula, embora possam ser consideradas, sem dúvida, sinal de desespero do cliente, sugerem também a possibilidade — plenamente possível — de que Valério se disponha a falar muito mais do que fez até agora. Quem sabe, revelando o teor de suas conversas com o próprio Lula e o papel do então presidente num esquema que pode ter sido montado por seu então braço direito, o chefe da Casa Civil, José Dirceu, mas cujo principal beneficiário era ele próprio, como chefe do governo.
Para que Dirceu iria querer, via compra de votos, ampliar a base de apoio do governo Lula na Câmara dos Deputados? Para ele próprio, que não era presidente e não tinha o que fazer com a “base aliada”?
A história está recheada de acusados que, à beira do cadafalso, trocam parte de sua desgraça por colaboração com a Justiça. A lei brasileira passou a admitir, recentemente, a negociação dó réu com as autoridades, no curso da qual o fornecimento de informações que esclareçam crimes merece, como retribuição, a diminuição da pena.
Pode, perfeitamente, ser o caso de Valério. Se for, estará à beira de acontecer.
Se ocorresse, seria outro inquérito e outro processo
Como já se explicou várias vezes aqui, Lula não pode ser julgado no atual processo porque nele não foi incluído pelo Ministério Público, autor da denúncia — e em todo caso nem isso ocorreria agora, na fase de definição das penas.
Se Valério se dispuser a falar, contudo, seu advogado pode procurar de preferência a Polícia Federal que, diante de fatos novos, terá a obrigação de instaurar inquérito e começar as investigações específicas sobre o eventual envolvimento do presidente.
Só feito o inquérito, e contendo elementos suficientes, seria encaminhado ao Ministério Público para denúncia.

terça-feira, 19 de junho de 2012

FOTOS DE UM BRASIL QUE PERDEU A VERGONHA


A foto mostra a cara de um Brasil que não sabe o que é honra e perdeu a vergonha

“O símbolo da pouca vergonha nacional está dizendo que quer ser presidente. Daremos a nossa vida para impedir que Paulo Maluf seja presidente.” (LULAjunho de 1984)
“Como Maluf pode prometer acabar com ladrão na rua enquanto ele continua solto?” (LULA, setembro de 1986)
Os administradores do PT são como nuvens de gafanhotos.(PAULO MALUFmarço de 1993)
“Maluf esquece de seu passado de ave de rapina. O que ameaça o Brasil não são nuvens de gafanhotos, mas nuvens de ladrões. Maluf não passa de um bobo alegre, um bobo da corte, um bufão que fica querendo assustar as elites acenando com o perigo do PT. Maluf é igualzinho ao Collor, só que mais velho e mais profissional. Por isso é mais perigoso.” (LULA, março de 1993)
“Ave de rapina é o Lula, que não trabalha há 15 anos e não explica como vive. Ave de rapina é o PT, que rouba 30% de seus filiados que ocupam cargos de confiança na administração. Se o Lula acha que há ladrões à solta, que os procure no PT, principalmente os que patrocinaram a municipalização do transporte coletivo de São Paulo”. (MALUF, março de 1993)
A foto abaixo informa que, em 18 de junho de 2012, sem que nenhum deles tivesse abjurado publicamente o que disse do outro, os velhos inimigos se juntaram para vender ao eleitorado paulistano a mercadoria que Lula contempla com o olhar orgulhoso de criador e Maluf afaga com o olhar guloso de quem vê um novo filão a explorar. Fernando Haddad tem o jeito hesitante do filhote que não consegue andar sozinho.
À esquerda, o sorriso de Rui Falcão atesta que o presidente do PT está feliz por confraternizar com o que sempre chamou de “direita reacionária”. À direita, o vereador Wadih Mutran, negociante de longo curso, avalia quanto vale um Haddad fantasiado de nova esquerda.
O chefe da seita, Aquele que Só dá Ordens, curvou-se à imposição de Maluf: além de outro cofre no Ministério das Cidades, o dono do PP fez questão de posar para a posteridade ao lado de Lula. É uma foto para se guardar. Desnuda a cara de um Brasil Maravilha que não sabe o que é honra nem tem vergonha de nada. Escancara a face horrível da Era da Impunidade.


domingo, 8 de abril de 2012

SENADOR FARSANTE




AUGUSTO NUNESDIRETO AO PONTOVEJA

Com aplicação e competência, o ator Demóstenes Torres interpretou por muitas temporadas o papel do senador que optou pela oposição por viver permanentemente em guerra contra a corrupção impune, institucionalizada pelo governo federal. É compreensível que tantos homens de boa fé tenham acreditado no que dizia: num país em acelerada decomposição moral, a existência de políticos sem prontuário e sem medo parece tornar menos aflitiva a paisagem vista por gente honesta. É compreensível a vontade de crer que são reais.
Igualmente compreensível, a decepção causada pela aparição do verdadeiro Demóstenes não pode estimular a ressurreição da falácia tão cara aos criminosos: é tudo farinha do mesmo saco. Conversa fiada, devem gritar em coro milhões de brasileiros que cumprem a lei, respeitam princípios éticos irrevogáveis e foram traídos pelo farsante que assimilou a metodologia dos incontáveis demóstenes que infestam o partido que virou quadrilha e a base alugada. Esses reagiram com exemplar correção à descoberta da fraude.
Em vez de vislumbrar pretextos e álibis, o país que presta enxergou com nitidez ações criminosas. Em vez de recitar que ninguém é culpado até a rejeição do último recurso, viu patifarias suficientes para condenar o autor à morte política. Ficou claro que só quem gosta de bandidagem tem bandidos de estimação. A blindagem dos companheiros patifes é mais uma abjeção produzida pelo Brasil Maravilha que Lula inventou.
Imposta pelo afastamento dos antigos admiradores do moralizador que nunca existiu, a solidão do vigarista ampliou o abismo que separa os homens honrados dos sócios do grande clube dos cafajestes. Alertados por esse primeiro castigo, os cúmplices profissionais afundaram no silêncio, o corporativismo malandro saiu de férias, a direção do DEM livrou-se do ético de araque, a Justiça redescobriu a agilidade e ninguém tentou o resgate improvável. Demóstenes Torres está só.
Está só por ter atraiçoado o Brasil que pensa, não leva em conta o partido a que pertencem meliantes, não crê em palanqueiros populistas, vota com independência e é inclemente com corruptos. O erro do senador foi ter transformado em gazua um cargo que conseguiu com o apoio de eleitores incompatíveis com pecadores. Deveria ter trocado de lado a tempo. Se tivesse trocado o DEM pelo PMDB, como sugeriram sua mulher e seu parceiro, Demóstenes seria acolhido calorosamente pelos coiteiros dos bandidos que infestam a aliança governista.
Nesse mundo fora-da-lei, abundam canastrões que seguem encarnando personagens tão verossímeis quanto o Demóstenes incorruptível, o Lula estadista, a Dilma supergerente ou uma  tempestade de neve no Piauí. Lá, o  milionário chefe da seita ainda é o imigrante nordestino que trabalha numa metalúrgica. José Dirceu, chefe da quadrilha do mensalão e facilitador de negócios entre capitalistas selvagens, circula com a farda de guerrilheiro.
Incapaz de pronunciar uma frase inteligível, Dilma Rousseff faz de conta que lê livros. Com o PAC em frangalhos, mantém a camuflagem de supergerente incomparável. Delúbio Soares, o contador do mensalão, voltou para o PT vestido de professor de matemática injustamente castigado. O partido que virou quadrilha luta sem descanso para incorporar à classe média os últimos miseráveis. Os balidos atestam que o rebanho enxerga apenas o que os pastores desenham.
Se tivesse juntado o acervo de bandalheiras numa das malocas governadas pelo morubixaba embusteiro, Demóstenes estaria engordando na tribo dos demóstenes. Com sorte, até o fim do ano viraria ministro.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DE S. PAULO "...exibe a maior densidade de delinquentes por metro quadrado."




Alckmin tem feito o que Lula fez e Dilma faz

“Eu entendo que o deputado Roque Barbiere tem o dever, como homem público, de apontar o que sabe”, disse o governador Geraldo Alckmin. Verdade: já que revelou a existência do balcão de venda de emendas na Assembleia, o parlamentar do PTB está obrigado a identificar os comerciantes, os compradores e os cúmplices. Mas os brasileiros honestos estendem a cobrança ao governador: entendem que também Alckmin, como homem público, tem o dever de esclarecer o escândalo ─ ou, pelo menos, parar imediatamente de obstruir investigações nas catacumbas do Legislativo.
Todas as assembleias estaduais se transformaram em viveiros de corruptos, mas a paulista exibe a maior densidade de delinquentes por metro quadrado. O orçamento de São Paulo só é inferior ao da União. É compreensível que o ajuntamento de parlamentares larápios seja o segundo no ranking liderado pelo Congresso. Incompreensível é a leniência demonstrada por um Executivo controlado por partidos supostamente oposicionistas. Como o Planalto, também o Palácio dos Bandeirantes aborta a pauladas todas as CPIs que possam colocar na alça de mira delinquentes aliados.  Alckmin tem feito o que Lula fez e Dilma faz. A discurseira do PT só difere do falatório do PSDB porque os tucanos não maltratam com tanta crueldade a língua portuguesa.
Os companheiros desmoralizados pelo mensalão e os quadrilheiros da base alugada fazem o possível para entregar à oposição, já desfraldada, a bandeira do combate à ladroagem. Os tucanos fazem questão de devolvê-la, arriada, para não tropeçar em bandidos domésticos. Durante a campanha presidencial de 2010, por exemplo, Dilma Rousseff ofereceu a José Serra a cabeça da melhor amiga Erenice Guerra. O candidato tucano rejeitou a bandeja para livrar-se de perguntas sobre um certo Paulo Preto. De novo para não topar com esqueletos de estimação, agora é Alckmin quem se recusa a abrir os armários da Assembleia. É um deslize moral e um equívoco político: a devassa acabaria escancarando as bandalheiras que assombram a 1ª Secretaria da Assembleia. Historicamente explorado pelo PT, esse porão está hoje sob a guarda de Rui Falcão, presidente nacional do partido.
Nenhum partido conseguiu enxergar as dimensões da indignação do Brasil decente com a corrupção institucionalizada e impune. É natural que sejam todos tratados como gente que não merece confiança. Foi assim nas manifestações de 7 de setembro. Assim será nos atos de protesto marcados para 12 de outubro. Se a oposição oficial não acordar a tempo, repousará para sempre na mesma cova rasa escavada para acolher os protetores de ladrões federais.

sábado, 24 de setembro de 2011

PICARETAS EM AÇÃO. VEJA O VÍDEO!!! VERGONHA NACIONAL!

Blogs e Colunistas
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
15:43 \ Congresso

Vídeo mostra deputados em sessão teatral na Câmara

Teve contornos teatrais a sessão de ontem da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, revelada hoje por O Globo. Com apenas dois deputados, Cesar Colnago (PSDB-ES) presidindo e Luiz Couto (PT-PB) votando, a comissão aprovou 118 projetos.
A sessão ocorreu porque os deputados da CCJ assinaram a lista de presença pela manhã e recorreram ao velho costume das quintas-feiras: enforcar o trabalho viajando para os estados. Com o quórum virtual existente, Colnago e Couto realizaram uma encenação que durou cerca de três minutos.
O vídeo de quatro minutos da TV Câmara colabora com a farsa ao não exibir imagens abertas do plenário vazio. Em determinado momento, a câmera exibe a imagem de um grupo de assessores, justamente no ponto em que Colnago diz:
- Em discussão. Não havendo quem queira discutir, os deputados que concordam com a aprovação em bloco dos pareceres permaneçam como sem encontram. Aprovado.
O teatro terminou com a aprovação de matérias relacionadas a temas importantes como concessões de radiodifusão, projetos de lei, renovações de concessão de radiodifusão e acordos internacionais.
Por Lauro Jardim

domingo, 28 de agosto de 2011

DON JOSÉ DIRCEU, O HOMEM QUE QUER "DERRUBAR" DILMA


PT

José Dirceu mostra que ainda manda em Brasília

Revista VEJA


Com 'gabinete' instalado em um hotel, ex-ministro recebe autoridades da República para, entre outras atividades, conspirar contra o governo Dilma


7/6/2011 - 12:41:04 | José Dirceu o “chefe da quadrilha do mensalão”: Enquanto Dilma enfrentava sua maior crise, ele se reunia com integrantes do primeiro escalão do governo
7/6/2011 - 12:41:04 | José Dirceu o “chefe da quadrilha do mensalão”: Enquanto Dilma enfrentava sua maior crise, ele se reunia com integrantes do primeiro escalão do governo - Reprodução/Veja
Desde que foi abatido pelo escândalo do mensalão, em 2005, tudo em que o ex-ministro José Dirceu se envolve é sempre enevoado por suspeitas. Oficialmente, ele ganha a vida como um bem sucedido consultor de empresas instalado em São Paulo. Na clandestinidade, porém, mantém um concorrido “gabinete” a 3 quilômetros do Palácio do Planalto, instalado numa suíte de hotel. Tem carro à disposição, motorista, secretário e, mais impressionante, mantém uma agenda sempre recheada de audiências com próceres da República – ministros, senadores e deputados, o presidente da maior estatal do país. José Dirceu não vai às autoridades. As autoridades é que vão a José Dirceu, numa demonstração de que o chefão – a quem continuam a chamar de “ministro” – ainda é poderoso.

Dirceu: chefão do PT
Dirceu: chefão do PT
A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado revela a verdade sobre uma das atividades do ex-ministro: mesmo com os direitos políticos cassados, sob ameaça de ir para a cadeia por corrupção, ele continua o todo-poderoso comandante do PT. E agora com um ingrediente ainda mais complicador: ele usa toda a sua influência para conspirar contra o governo Dilma – e a presidente sabe disso.
A conspiração chegou ao paroxismo durante a crise que resultou na queda de Antonio Palocci da Casa Civil, no início de junho. Na ocasião, Dirceu despachou diretamente de seu bunker instalado na área vip de um hotel cinco estrelas de Brasília, num andar onde o acesso é restrito a hóspedes e pessoas autorizadas. Foram 45 horas de reuniões que sacramentaram a derrocada de Palocci e nas quais foi articulada uma frustrada tentativa do grupo do ex-ministro de ocupar os espaços que se abririam com a demissão. Articulação minuciosamente monitorada pelo Palácio do Planalto, que já havia captado sinais de uma conspiração de Dirceu e de seu grupo para influir nos acontecimentos daquela semana.
Imagens obtidas por VEJA e que estão na galeria que ilustra esta reportagem mostram que Dirceu recebeu, entre 6 e 8 de junho, visitantes ilustres como o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, os senadores Walter Pinheiro, Delcídio Amaral e Lindbergh Farias, todos do PT, e Eduardo Braga, do PMDB, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, e os deputados Devanir Ribeiro e Cândido Vaccarezza, do PT, e Eduardo Gomes, do PSDB. Esteve por lá também o ex-senador tucano Eduardo Siqueira Campos.
Apesar de tantas articulações, Dirceu não conseguiu abocanhar cargos para seus indicados no governo. A presidente Dilma já havia sido advertida por assessores do perigo de delegar poderes a companheiros que orbitam em torno de Dirceu. Dilma também conhece bem os caminhos da guerrilha política e não perde de vista os passos do chefão. “A Dilma e o PT, principalmente o PT afinado com o Dirceu, vivem uma relação de amor e ódio”, diz um interlocutor da confiança da presidente e do ex-ministro.
Dirceu anda muito insatisfeito com o fato de a legenda não ter conseguido, como previra, impor-se à presidente da República. Dilma está resistindo bem. Uma faxina menos visível é a que ela está fazendo nos bancos públicos. Aos poucos, vem substituindo camaradas ligados a Dirceu por gente de sua confiança. E o chefão não tem gostado nada disso.
Sergio Dutti
O advogado Hélio Madalena e o hotel onde funciona o "gabinete" do ex-ministro
O advogado Hélio Madalena e o hotel onde funciona o "gabinete" do ex-ministro
Procurado por VEJA, Dirceu não respondeu às perguntas que lhe foram feitas. A suíte reservada permanentemente ao “ministro” custa 500 reais a diária. Quem paga a conta é o escritório de advocacia Tessele & Madalena, que tem como um dos sócios outro ex-assessor de Dirceu, o advogado Hélio Madalena. Na última quinta-feira, depois de ser indagado sobre o caso, Madalena instou a segurança do hotel Naoum a procurar uma delegacia de polícia para acusar o repórter de VEJA de ter tentado invadir o apartamento que seu escritório aluga e, gentilmente, cede como “ocupação residencial” a José Dirceu.
O jornalista esteve mesmo no hotel, investigando, tentando descobrir que atração é essa que um homem acusado de chefiar uma quadrilha de vigaristas ainda exerce sobre tantas autoridades. Tentando descobrir por que o nome dele não consta na relação de hóspedes. Tentando descobrir por que uma empresa de advocacia paga a fatura de sua misteriosa “residência” em Brasília. Enfim, tentando mostrar a verdade sobre as atividades de um personagem que age sempre na sombra. E conseguiu. Mas a máfia não perdoa.