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terça-feira, 14 de agosto de 2012

LULA ERA O CHEFÃO DO MENSALÃO???


MENSALÃO — O advogado de Jefferson está certo: Lula deveria estar no banco dos réus


O advogado de Jefferson, Luiz Francisco Barbosa, na tribuna do Supremo: só Lula se beneficiaria do mensalão. Portanto, ele deveria ser réu (Foto: Pedro Ladeira / Frame)
Lula deveria, sim, estar no banco dos réus pelo escândalo do mensalão.
O advogado Luiz Francisco Barbosa, responsável pela defesa de Roberto Jefferson, presidente do PTB e o homem que em 2005, como deputado (RJ), denunciou o mensalão, tem razão.
E por quê?
Vamos por partes.
O advogado acusou hoje, perante o Supremo Tribunal Federal, o então presidente Lula de ter “ordenado” o pagamento de parlamentares para facilitar a formação de uma base governista no Congresso. Argumenta que apenas Lula, como presidente — e mais ninguém do Executivo –, tinha a prerrogativa atribuída pela Constituição de apresentar ao Congresso projetos de lei durante o lulalato e, portanto, somente ele poderia corromper parlamentares para que votassem segundo os interesses de seu governo.
Argumentou que ministros denunciados, a começar pelo então chefe da Casa Civil, bosa, José Dirceu, eram apenas executores do mensalão ou “braços operacionais” de Lula no esquema.
Barbosa continuou, batendo duro:
– Não se pode afirmar que o presidente Lula fosse um pateta, um deficiente, que sob suas barbas estivessem acontecendo essas tenebrosas transações. Tudo acontecendo sob suas barbas… e nada?
Mais duro ainda:
– Lula é safo, é doutor honoris causa e, não só sabia, como ordenou o desencadeamento de tudo isso que deu razão à ação penal. Sim, ele ordenou. Aqueles ministros eram apenas executivos dele.
Pois bem, por que acho que o advogado tem razão?
Vem de Seneca, na Roma antiga, o princípio do “cui prodest”: a quem aproveita o crime? Lucius Annaes Seneca, o filósofo Sêneca (4 a.C-65 d.C), foi também um grande advogado. É dele a frase, em sua versão da tragédia Medeia: “Cui prodest scelus, is fecit”. “A quem aproveita o crime, esse o cometeu.”
Isso até eu sei. Aprendi nas salas de aula do Curso de Direito da Universidade de Brasília, com os professores Roberto Lyra Filho e Luiz Vicente Cernicchiaro, então juiz criminal — e mais tarde ministro do Superior Tribunal de Justiça.
Sendo assim, pergunto: por que raios José Dirceu, apontado pelo Ministério Público como o “chefe da quadrilha” do mensalão, montaria um esquema de corrupção para cooptar deputados sem que isso aproveitasse ao governo Lula, a quem servia?
Dirceu armaria o mensalão para quê? Para ele? Com que objetivo? Se, como lembrou o advogado, só quem pode no Executivo enviar projetos ao Congresso – e, ali, fazer sua base parlamentar aprová-los – é o presidente da República?
Aí vem de novo o inacreditável discurso em que Lula, em agosto de 2005, acabrunhado e pálido, pede desculpas à nação. E se diz “traído”.
Se ele naquela ocasião abrisse o jogo, dissesse o porquê das desculpasse e apontasse quem o traiu – suponhamos que fosse Dirceu –, eu não estaria escrevendo este post.
Mas isso não aconteceu, como sabemos. Ficou a situação kafkiana de um presidente da República pedindo desculpas ao país por algo que ocorreu de muito feio e grave — e mais tarde, já fora do cargo, esquecer o discurso e dizer que o mensalão foi uma “tentativa de golpe” e uma “invenção”.
Por que teria pedido desculpas, se nada se passara?
E a situação kafkiana continuou, com o presidente de então acusando alguém ou alguns de algo gravíssimo – traição – sem, contudo, jamais identificá-los.
Fica claro, hoje, que o discurso não passou de manobra para acalmar a crescente indignação na sociedade e serenar os ânimos crescentes de parlamentares que pensavam no impeachment de Lula. Algo que a oposição, inclusive o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, apressou-se a refrear, diante da popularidade do presidente, mesmo em meio ao escândalo, e do que se considerou, então, o risco de uma seríssima crise institucional.
Vejam bem, não estou chamando Lula de ladrão, nem dizendo que ele é culpado de coisa alguma.
Estou achando, sim, correta a tese do advogado de Jefferson de que Lula deveria estar sendo julgado, deveria estar sentadinho no banco dos réus.
Se após o exaustivo trabalho do Ministério Público e do Supremo os mensaleiros forem absolvidos, muito que bem. A Justiça deu seu veredito final – e Lula, caso carregasse a condição de réu, estaria livre, leve e solto.
Se os mensaleiros, porém, forem condenados, ou os principais deles merecerem a punição do Código Penal, Lula, que não é réu, deixará de pagar por um crime que terá sido comprovadamente cometido, em seu proveito – mas estará igualmente livre, leve e solto.

sábado, 19 de novembro de 2011

FILHO DE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO É TESTA DE FERRO DA DISNEY NO BRASIL




O esquema suspeito de PHC & Disney

Documentos obtidos por ISTOÉ mostram que Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente da República FHC, pode ser testa de ferro do grupo americano Disney

Pedro Marcondes de MouraRevista IstoÉ
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Os passos do grupo americano The Walt Disney Company no Brasil vêm sendo seguidos com atenção pelo Ministério das Comunicações. Foram constatados fortes indícios de que, por meio de uma manobra ilegal, a companhia seria a controladora da Rádio Itapema FM de São Paulo, conhecida popularmente como Rádio Disney. De acordo com as leis nacionais, empresas jornalísticas e emissoras de rádio e televisão não podem ter participação estrangeira no seu capital acima de 30%. Para mascarar a situação irregular da emissora, o grupo americano, um dos maiores conglomerados de mídia e entretenimento do mundo, estaria recorrendo a um personagem de peso como testa de ferro: Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso. É ele quem se apresenta para os órgãos públicos como o acionista majoritário da Rádio Holding Participações Ltda., controladora de 71% da Itapema FM de São Paulo. Os outros 29% pertencem a The Walt Disney Company (Brasil) Ltda. 


Documentos obtidos por ISTOÉ demonstram, no entanto, que a participação de  Paulo Henrique Cardoso no capital da Rádio Disney é apenas simbólica. Na ficha cadastral da Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp), emitida na quinta-feira 17, quem aparece na posição de sócia majoritária da Rádio Holding e, portanto, da Rádio Disney FM é uma outra empresa: a americana ABC Venture Corp. O endereço da ABC Venture, registrada na Califórnia, é o mesmo de outras empresas do grupo Disney, como a famosa rede de televisão aberta dos Estados Unidos ABC, adquirida na década de 90. As coincidências não param por aí. Segundo o governo do Estado da Califórnia, a executiva responsável legal pela ABC Venture é Marsha L. Reed, cujo nome também aparece no quadro de funcionários de alto escalão disponibilizado no site do grupo Walt Disney. Na realidade, a ABC Venture (controladora da Rádio Holding e da Rádio Disney) é uma subsidiária da Disney Enterprises Inc., braço do conglomerado The Walt Disney Company.
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COINCIDÊNCIAS
Até os estúdios da Rádio Disney funcionam no mesmo prédio do grupo
americano. É dali que a rádio transmite entrevistas como estas da Banda Cine
Cruzando as informações obtidas por ISTOÉ, percebe-se que, por meio de suas ramificações, a Walt Disney é dona de mais de 99% da rádio brasileira Itapema FM, sintonizada na capital paulista pela frequência 91,3 MHz. Esse controle é proibido e sujeito a sanções pela legislação nacional. “Se comprovada uma irregularidade desta, a concessão de funcionamento pode ser cancelada”, explica Jacintho Silveira, professor de direito administrativo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Um expediente parecido da Disney foi identificado também por autoridades locais na Argentina. Um parecer do Departamento do Tesouro, de junho de 2010, foi contrário à venda da Difusora y Radio Medios S.A. para a ABC Venture Corp. e Disney Company Argentina. Um dos motivos apresentados pelo procurador Joaquim Pedro da Rocha para recomendar o bloqueio do negócio foi que ambas as empresas eram, no fundo, a mesma coisa. Direta ou indiretamente pertenciam ao grupo americano.


Procurados por ISTOÉ, Paulo Henrique Cardoso, a Rádio Disney e a The Walt Disney Company (Brasil) disseram não haver nenhuma irregularidade na situação da emissora brasileira. Por meio da assessoria de imprensa, a Disney e PHC, como é conhecido o filho do ex-presidente, enviaram uma cópia digitalizada do primeiro contrato social da Rádio Holding e de outro contrato com uma alteração. Os documentos, com protocolo da Jucesp, registram que, até fevereiro de 2010, a Rádio Holding Participações Ltda., controladora da Rádio Disney, tinha como principal cotista Paulo Henrique Cardoso, com participação de 98,6%. “A Rádio Holding Participações Ltda., de propriedade de Paulo Henrique Cardoso, possui 71% da Rádio Itapema e a The Walt Disney Company (Brasil) possui 29% (a compra foi autorizada pela portaria número 100, de 11 de março de 2010 do Ministério das Comunicações)”, informa a nota enviada pelos sócios. “O ato de compra foi autorizado pelo Cade, conforme publicado no “Diário Oficial da União” número 50 de 16 de março de 2010, Seção 1, sob ato de concentração 08012.010278/2009-12”, complementa. Se essa fosse, de fato, a estrutura societária, a rádio estaria dentro das exigências da legislação brasileira. O quadro societário verificado por ISTOÉ na Jucesp, porém, é outro. Segundo o especialista em direito comercial Carlo Frederico Müller, as juntas comerciais apenas registram e averbam documentos enviados para ela. “Os responsáveis pela empresa têm de notificar qualquer alteração contratual a estes órgãos e, em caso de rádios, à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que regula o setor”, explica.


Outras evidências revelam a forte presença do grupo americano no controle da emissora. Neste ano, a ABC Venture Corp. e Paulo Henrique Cardoso concederam procurações dando amplos e incomuns poderes a dois executivos da The Walt Disney Company Brasil, o americano ­Richard Javier Leon e o mexicano Miguel Angel Vives. Com as procurações, a dupla de executivos da Disney pode, entre outras atribuições, “depositar e sacar fundos, emitir e endossar cheques, solicitar créditos em conta-corrente” da Rádio Holding Participações Ltda. Na opinião da Rádio Disney, isso não configura ingerência e está dentro dos limites estabelecidos pela lei brasileira. A companhia também não vê nenhum problema no fato de que suas instalações estarem no mesmo prédio onde funciona a representação do grupo estrangeiro no País. Pelos registros da Jucesp e do Ministério das Comunicações, entretanto, a Rádio Disney operaria no endereço de sua controladora, a Rádio Holding. “A Rádio Disney funciona no mesmo edifício da The Walt Disney Company Brasil, porém em outro andar, com espaço exclusivo e independente”, diz em nota a emissora. Assim, toda a sintonia da rádio com o grupo The Walt Disney Company – os mesmos executivos, o mesmo endereço e, provavelmente, até os mesmos acionistas – seria não mais que uma agradável coincidência para os sócios de PHC.
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ACESSE:-
http://www.istoe.com.br/reportagens/177909_O+ESQUEMA+SUSPEITO+DE+PHC+DISNEY?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

segunda-feira, 4 de julho de 2011

ITAMAR FRANCO, POBRE E HONESTO!


O adeus do colecionador de singularidades, QUE MORREU POBRE E HONESTO!!!

O mineiro registrado em Salvador com o nome de Itamar por ter nascido a bordo de um ita no mar da Bahia já chegou ao mundo colecionando singularidades e paradoxos. Foi o que fez Itamar Augusto Cautiero Franco até o fim da vida: nos últimos cinco meses, por exemplo, reafirmou no Congresso que o destino determinou no dia do nascimento que aquele seria ─ ele sim ─  um homem incomum: aos 81 anos, mostrou-se o único senador da oposição disposto a combater o governo com o vigor e a determinação de um líder estudantil.
Diferente desde o berço, chegou ao Senado pela primeira vez em 1974, quando ainda era um político de província, empurrado pela onda de insatisfação com o regime militar. O fenômeno transferiu para Brasília, sem escalas, o prefeito reeleito de Juiz de Fora que nunca tivera votos fora do município. Integrante da bancada majoritária, obstruiu sozinho dezenas de sessões para impedir a aprovação de projetos que o desagradavam. Irretocavelmente honesto, aceitou ser candidato a vice de Fernando Collor. Sorte do Brasil: a decretação do impeachment seria muito mais complicada se o substituto fosse como o titular.
Impulsivo, temperamental, rompeu com o companheiro de chapa já no começo do mandato, mas não o atacou ostensivamente nem estimulou conspirações. Premiado pela conjunção de acasos com o cargo que todo político cobiça, adiou a posse por alguns dias para ficar ao lado da mãe enferma. Turrão, montou o primeiro governo de união nacional da história republicana. Como o PT preferiu hostilizá-lo, resolveu o problema à mineira: convenceu Luiza Erundina a representar no ministério o partido que ajudara a fundar.
Erundina foi suspensa pelos companheiros, mas ampliou coleção de espantos produzidos pelo novo presidente. Instalado no gabinete mais importante do país, irritava-se com jornalistas que o impediam de namorar em paz no cinema de Juiz de Fora. Avesso a exibicionismos, apareceu num camarote na Marquês de Sapucaí ao lado de uma modelo sem calcinha. (Num artigo na Zero Hora, creditei-lhe a invenção da primeira-dama por uma noite. Ele retrucou com uma carta manuscrita em que me acusava de fazer-lhe “oposição sistemática”).
Sem entender de economia, nomeou para o Ministério da Fazenda um sociólogo que, embora também pouco entendesse, acabaria dividindo com o presidente a paternidade do Plano Real. Só um Itamar Franco pensaria em tirar Fernando Henrique Cardoso do Ministério das Relações Exteriores para encarregá-lo de domar a inflação. Só um Itamar Franco daria plenos poderes à equipe de economistas recrutados por FHC que livraram o Brasil do pesadelo inflacionário. E só um Itamar Franco, depois de ter desencadeado o processo de ressurreição da economia em frangalhos, pensaria em ressuscitar o Fusca.
A Volkswagen voltou a fabricar o modelo pré-histórico a pedido do presidente, que amparou a reivindicação em motivos estritamente estéticos: ele achava bonito o carrinho feioso. Monoglota, fez questão de virar embaixador ao deixar o poder. Contemplado com postos disputados a cotoveladas por todos os diplomatas, não demorava a entediar-se: achava que os palácios e mansões onde morava ficavam muito longe de Minas em geral e, em particular, de Juiz de Fora. (Num artigo no Jornal do Brasil, recomendei-lhe que ficasse mais tempo no local de trabalho. Ele replicou com outra carta desaforada).
“O Itamar guarda os ódios na geladeira”, disse Tancredo Neves. Não sobrou espaço para estocar alguns ressentimentos que o atormentaram depois da passagem pela Presidência. O mais evidente distanciou-o de FHC ─ e, por algum tempo, aproximou-o perigosamente de Lula. “O Fernando não reconhece que foi eleito por mim e que o Plano Real aconteceu no meu governo”, zangou-se em incontáveis entrevistas. Fernando Henrique sempre revidou com elogios e manifestações de gratidão, mas só recentemente a reconciliação se consumou.
Feitas as contas, Itamar acertou bem mais do que errou. Mas bastaria a evocação da rara marca de qualidade que marcou o presidente morto na manhã deste sábado para garantir uma avaliação positiva: político em tempo integral desde a juventude, ele foi sempre franco, honesto e honrado. Num Brasil em decomposição moral, vai fazer muita falta.

sábado, 2 de julho de 2011

QUEM É O IDIOTA???



01/07/2011
 às 19:45 \ governo Dilma Rousseff

Revista VEJA

Jobim tenta se justificar: “Idiota é quem faz intrigas”

“Estão querendo criar intriga entre a gente”, afirmou a presidente Dilma Rousseff ao receber o ministro da Defesa, Nelson Jobim, no Palácio da Alvorada nesta sexta-feira. O ministro respondeu prontamente: “Isso justifica (o termo) idiotas”.
Com esse argumento – de que idiotas seriam os jornalistas que teriam noticiado de forma distorcida suas declarações – Jobim quis desfazer o mal-estar que criou ao discursar durante homenagem aos 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, nesta quinta-feira. As declarações do ministro na ocasião foram consideradas uma indireta contra a gestão da presidente Dilma Rousseff.
“O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento”, afirmou Jobim, parafraseando o dramaturgo Nelson Rodrigues.
A assessoria do ministro informou que o ministro chamou de idiotas “as pessoas que se utilizam da imprensa para fazer intrigas”. Entre essas pessoas haveria alguns jornalistas. Em contrapartida, completa a assessoria, a palavra “idiota” não seria uma referência a toda a classe jornalística.
Curiosidade - Essa não é a primeira vez que Jobim cita o texto de Nelson Rodrigues. Em 2005, quando era presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro ficou irritado com as suspeitas de que estaria atuando em defesa de petistas no tribunal. “Os idiotas perderam a modéstia”, atacou Jobim na época.
O ministro chegou ao STF em abril de 1997, por indicação do então presidente FHC. Ganhou o apelido de “líder do governo tucano” na Suprema Corte.
(Luciana Marques, de Brasília)

sábado, 25 de junho de 2011

FILHO DE FHC NÃO É FILHO DE FHC







Filho de repórter reconhecido por FHC
não é do ex-presidente, diz revista

Tucano reconheceu a paternidade do jovem Tomás em 2009, antes dos exames
Do R7, com Agência Estad
Dois exames de DNA, realizados entre o ano passado e o início de 2011, apontaram que o filho da jornalista Miriam Dutra, Tomás, não é do ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), segundo matéria publicada na edição da revista Veja desta semana.
Em 2009, o tucano reconheceu a paternidade do rapaz, hoje com 19 anos, em um cartório na Espanha – para onde a repórter foi enviada pela TV Globo. O caso sempre foi tratado com discrição pela família do ex-presidente, mas naquele mesmo ano a confirmação do reconhecimento da paternidade foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo.
Ainda segundo a revista, FHC e Tomás decidiram juntos fazer o exame de DNA, nos Estados Unidos (onde o jovem cursa uma faculdade de relações internacionais), mesmo sem ter havido qualquer contestação sobre o parentesco.
Apesar do exame de DNA, o ex-presidente teria dito a Tomás que, independentemente do resultado, a relação dos dois não mudaria. De acordo com a revista, o tucano reafirmou o que disse mesmo após o resultado negativo.
Embora Tomás vivesse com a mãe na Europa, ele e FHC se viam constantemente – mesmo antes do reconhecimento oficial em cartório. 
A informação de que ele e a jornalista tinham um filho vazou entre 1993 e 1994, quando o tucano deixou o ministério da Fazenda para disputar a Presidência.
R7 procurou o tucano neste sábado por meio de sua assessoria de imprensa, mas não conseguiu localizá-lo para comentar o caso. Segundo informações da Agência Estado, que conversou com a assessoria, Fernando Henrique está em viagem pelo Brasil e não pretende comentar o assunto por entender que se trata de uma questão familiar. “Nunca falei sobre esse assunto antes, não será agora que vou comentar”, disse o ex-presidente a sua assessoria.







domingo, 12 de junho de 2011

Querido presidente, meus parabéns e um afetuoso abraço! Dilma Rousseff


12/06/2011
 às 13:55 \ Política & Cia

Lula seria incapaz de enviar a mensagem que Dilma mandou a FHC por seus 80 anos


Dilma: reconhecimento e gentileza para com FHC de que Lula seria incapaz
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso mais de uma vez brincou com algo sério: em 8 anos no Palácio do Planalto, Lula nunca o convidou “sequer para um cafezinho”.
Como sabemos, o grão-vizir do lulalato não apenas jamais chamou para uma conversa seu antecessor, que obviamente poderia ser proveitosa apesar das divergências entre ambos, como passou 8 anos no governo criticando FHC, sem jamais reconhecer qualquer mérito no presidente que preparou o país para que ele próprio, Lula, surfasse na bonança econômica e na popularidade.
Lula, reconhecidamente incapaz de praticar esse tipo de cavalheirismo, usual em qualquer país civilizado, além do mais mordeu a própria língua ao prometer, sem cumprir, que, diferentemente do que ele dizia ser hábito de FHC, deixaria de palpitar sobre o governo de sua sucessora.
Por tudo isso, é um alívio para os brasileiros de bem, favoráveis ao diálogo e despidos de ódios, constatar a mensagem dirigida a FHC pela presidente Dilma Rousseff  como homenagem aos 80 anos que o ex-presidente da República cumprirá no próximo sábado, 18 de junho.
A mensagem não apenas reconhece os méritos de FHC na “saída da hiperinflação” e na contribuição decisiva “para a consolidação da estabilidade econômica”, como o saúda como democrata e homem de diálogo. Isso não apenas Lula, mas o grosso do PT, com raríssimas exceções, reconhece ou reconheceu.
Para finalizar chamando-o, numa linguagem jamais utilizada por qualquer petista graúdo desde sempre, de “querido presidente” e enviando-lhe um “afetuoso abraço”.
Para quem acha, erradamente, que não há qualquer diferença essencial entre Dilma e Lula, não poderia haver evidência mais clara.
Diz a mensagem, postada no site especialmente colocado no ar por amigos do ex-presidente —   http://www.fhc80anos.com.br/ — em que há manifestações provenientes de todo o mundo saudando FHC, de personalidades que vão de Bill Clinton a Ronaldo Fenômeno:
Em seus 80 anos há muitas características do senhor Fernando Henrique Cardoso a homenagear.
O acadêmico inovador, o político habilidoso, o ministro-arquiteto de um plano duradouro de saída da hiperinflação e o presidente que contribuiu decisivamente para a consolidação da estabilidade econômica.
Mas quero aqui destacar também o democrata. O espírito do jovem que lutou pelos seus ideais, que perduram até os dias de hoje.
Esse espírito, no homem público, traduziu-se na crença do diálogo como força motriz da política e foi essencial para a consolidaçãoo da democracia brasileira em seus oito anos de mandato.
Fernando Henrique foi o primeiro presidente eleito desde Juscelino Kubitschek a dar posse a um sucessor oposicionista igualmente eleito. Não escondo que nos últimos anos tivemos e mantemos opiniões diferentes, mas, justamente por isso, maior é minha admiração por sua abertura ao confronto franco e respeitoso de ideias.
Querido presidente, meus parabéns e um afetuoso abraço!
Dilma Rousseff