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sábado, 10 de dezembro de 2011

REVISTA VEJA, O ENOLA GAY ( B 52 ) DOS POLÍTICOS CORRUPTOS BRASILEIROS

Tarja Corrupção



OUR SINCERE AND RESPECTFUL HOMAGE TO THE JAPANESE PEOPLE


Corrupção

PT usou estelionatário para desencaminhar CPI dos Correios

Escutas da PF revelam como deputados petistas encomendaram a Lista de Furnas para incriminar opositores, no auge do mensalão. Há dois anos, o mesmo falsificador tentou entregar documento forjado ao STF

O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) participa de evento comemorativo dos 30 anos do PT, na Assembleia Legislativa de São Paulo, em 2010
O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu (PT-SP) participa de evento comemorativo dos 30 anos do PT, na Assembleia Legislativa de São Paulo, em 2010 (J.F. Diório/Agência Estado)
No começo de 2006, a chamada Lista de Furnas quase enterrou a CPI dos Correios, que investigava o mensalão, maior escândalo do petismo. O documento elencava doações irregulares de campanha, no valor de 40 milhões de reais, a adversários do governo Lula, e serviria para mostrar que práticas escusas de financiamento não eram adotadas apenas pelo partido do presidente, mas seriam comuns a todas a legendas. Poucas semanas depois, porém, descobriu-se que a tal lista não passava de grosseira falsificação. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado finalmente revela como o documento foi forjado por um notório estelionatário, por encomenda de dois deputados petistas de Minas Gerais, com incentivo e apoio da cúpula nacional do partido.
VEJA teve acesso a conversas gravadas pela Polícia Federal com autorização judicial, no primeiro semestre de 2006. Elas evidenciam que o estelionatário Nilton Monteiro - preso em outubro deste ano por forjar notas promissórias - agiu sob os auspícios dos deputados Rogério Correia e Agostinho Valente (hoje no PDT) com o objetivo de fabricar a lista. Há diálogos seguidos entre Monteiro e Simeão de Oliveira, braço direito de Rogério Correia. Os dois discutem os padrões das assinaturas de figuras importantes da oposição naquele momento, como o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia, do DEM, e o então líder do PSDB, Antônio Carlos Pannunzio. Em troca das falsificações, Monteiro, além de receber pagamento diretos, exigia a liberação de recursos em bancos públicos. É o que demonstram as gravações.
Embora a Lista de Furnas tenha sido desacreditada ainda em 2006, Nilton Monteiro esteve em Brasília, há dois anos, para tentar apensar ao processo do mensalão, que corre no Supremo Tribunal Federal, um recibo em que o ex-presidente do DEM, Rodrigo Maia, assumiria o recebimento de 200 000 reais do caixa da estatal de energia. Relator da causa no STF, o ministro Joaquim Barbosa rejeitou o documento - outro óbvio embuste. Em sua visita à capital, Monteiro foi ciceroneado pelo advogado petista William dos Santos, próximo do deputado Correia e de José Dirceu, principal réu do mensalão. Na ocasião, os dois visitaram também o gabinete de Ideli Salvatti, hoje ministra de Relações Institucionais, então no exercício de seu mandato como senadora. Procurada pela revista, Ideli negou o encontro.
Leia abaixo um trecho das gravações obtidas por VEJA. O interlocutor é Simeão de Oliveira, assessor do deputado Rogério Correia:
Nilton: Vou acabar com eles tudinho. Agora, é o seguinte: você tem que me dar proteção, porque eu estou precisando. Não interessa só isso não. Eu quero aquele negócio que foi escrito no papel, que o Agostinho fez.
Simeão: Mas aí eu não vou discutir o negócio do Agostinho (ex-deputado federal petista Agostinho Valente) com você, não.
Nilton: Eu sei que você não vai discutir, mas pode saber que... é aquilo que eu preciso.
Simeão: Não, mas eu...
Nilton: São aqueles negócios que eu pedi da Caixa e do Banco do Brasil, pra liberar pra mim urgente no BNDES, lá.
Simeão:Não, isso eu não vou discutir, não.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

O MINISTRO PINÓQUIO E METIDO A JOHN WAYNE DO PLANALTO

15/11/2011
 às 18:13 \ Direto ao Ponto
Coluna do Augusto Nunes

Lupi conta mentiras sem medo porque o governo teme as verdades que esconde



Em depoimento na Câmara dos Deputados, o ministro do Trabalho jurou que nem ouvira falar no explorador de ONGs Adair Meira. VEJA provou dois dias depois que o depoente só conseguira engordar o formidável prontuário com um crime de perjúrio. Carlos Lupi não só conhece Meira muito bem como os dois andaram viajando juntos num King Air providenciado pelo próspero comparsa. Nenhum passeio do gênero é gratuito. A forma de pagamento não foi revelada.
Como prometeu que só sairá do emprego à bala, Lupi mandou a assessoria de imprensa explicar que circulou pelo Maranhão em 2009, sim, mas num Sêneca fretado pelo PDT. Mentiu de novo, acaba de comprovar o site Grajaú de Fato, amparado numa coleção de imagens desmoralizantes. Algumas mostram o ministro desembarcando do avião do parceiro que jurou não saber quem era. Outras capturam a dupla exibindo o sorriso de negociata. O conjunto das fotos documenta a movimentação de uma quadrilha infiltrada na cúpula do governo federal.
Milhões de brasileiros foram apresentados só neste novembro a uma abjeção que Dilma Rousseff conhece bem demais e há muito tempo. Eles militaram juntos no PDT. Chegaram juntos à direção do partido. Conviveram quatro anos no ministério de Lula. E a renovação do contrato atesta que, para a supergerente de araque, o antigo parceiro fez o suficiente para permanecer onde estava.
Quando o escândalo explodiu, Lupi foi logo avisando que a chefe não teria coragem de afastá-lo. Embora esteja cansada de saber quem é o meliante que comanda o ministério arrendado ao PDT, a presidente quer adiar até janeiro a troca de Lupi por alguém escolhido por Lupi. “Conheço a Dilma bem demais”, preveniu o ministro logo depois de içado do pântano. Pelo que tem feito, o corrupto debochado parece mesmo convencido de que a melhor amiga de Erenice Guerra vai engolir sem engasgos bravatas grosseiras, fantasias delirantes, até um “eu te amo” de canastrão de cabaré.
O mistério aparente é um claro enigma: Lupi conta mentiras sem medo porque o governo teme as verdades que esconde.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

PARABÉNS À POLÍCIA FEDERAL DO BRASIL!!!



20/09/2011
 às 19:55 \ Política & Cia
Coluna do Ricardo Setti - VEJA

Parece guerra: delegados da PF dizem que Judiciário está a serviço das elites e que tribunais superiores “não querem condenar”

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Polícia Federal: críticas a tribunais que tendem "a não julgar poderosos"
Amigos, a decisão do Superior Tribunal de Justiça de anular as provas obtidas contra a família Sarney na chamada “Operação Boi Barrica” — que incluem escutas telefônicas autorizadas por instâncias inferiores da Justiça — deflagraram declarações de alto teor incendiário por parte de delegados da Polícia Federal.
Poucas vezes, se é que alguma, autoridades da PF, mesmo que ligadas a entidades sindicais de delegados, vieram a público criticar de forma tão enérgica o que consideram restrições excessivas ao poder de investigar da polícia.
Apesar da linguagem dura, os delegados que se pronunciaram tiveram o cuidado de insistir em que as investigações em curso vinham sendo acompanhadas e autorizadas por juízes de Direito. Cuidaram, assim, de não defender a tese de que a Polícia Federal pode ultrapassar as barreiras previstas em lei.
De todo mod, parece uma declaração de guerra — a ponto de se afirmar que a Justiça está a serviço “das elites e que existe, nos tribunais superiores, uma tendência a não condenar poderosos. A Justiça estaria desconectada da sociedade e, com decisões como essa, passaria a impressão de que ou a PF não investiga ou, quando o faz, usa métodos ilegais, até “nazistas”.
Não bastasse isso, dizem que o governo Dilma “está intimidado” e que está “aberta a porta” para a impunidade no país.
O texto é do repórter Fausto Macedo, do Estadão.
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Delegados da Polícia Federal se declaram perplexos com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que mandou anular as provas da Operação Boi Barrica. Os delegados consideram que o Judiciário se curva ante investigados que detêm poderes político e econômico.
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Sarney: provas da operação Boi Barricadas anuladas pelo STJ (Foto: Pablo Valadares/Agência Estado)
Eles temem que outras operações de grande envergadura poderão ter o mesmo fim a partir de interpretações de ministros dos tribunais superiores que acolhem argumentos da defesa.
Foi assim, antes da decisão que tranca a Boi Barrica, com duas das principais missões da PF, deflagradas em 2008 e em 2009, a Satiagraha e a Castelo de Areia – ambas miravam empresários, políticos e até banqueiro.
“A PF não inventa, ela investiga nos termos da lei e sob severa fiscalização”, disse o delegado Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, diretor de Assuntos Parlamentares da Associação Nacional dos Delegados da PF.
“Não há interesse em deixar investigar” e “falta credibilidade” à Justiça
“No Brasil não há interesse em deixar investigar”, afirma Leôncio. “As operações da PF são executadas sob duplo grau de controle, do Ministério Público Federal, que é o fiscal da lei, e do Judiciário, que atua como garantidor de direitos. Não existe nenhum país no mundo em que a polícia sofra essa dupla fiscalização.”
“Aí uma corte superior anula todo um processo público com base em quê? Com base no ‘ah, não concordo, a fundamentação do meu colega que decidiu em primeiro grau não é suficiente’. Nessa hora não importa que os fatos são públicos e notórios e que não há necessidade sequer de se ficar buscando uma prova maior.”
Para o delegado, “situações assim levam ao desgaste do Poder Judiciário, que paga preço enorme pela falta de credibilidade porque se dissocia da realidade”.
“O País não pode aceitar que uma operação seja anulada porque o tribunal não concorda com a fundamentação do juiz de primeira instância, aquele negócio de ‘ah, quem tinha que ter autorizado não era o juiz federal da 1.ª vara, a competência era do juiz federal da 2.ª vara’. Esse tipo de conduta atende a uma elite. E ainda temos que suportar as críticas de que a polícia investiga mal, o cara foi solto porque a polícia investiga mal. É profundamente revoltante.”
“O pano de fundo é o Judiciário a serviço das elites”
Leôncio diz que “o Legislativo faz mal as leis” e que “a polícia trabalha com instrumentos legais limitadíssimos, as leis são limitativas e restritivas, como a da interceptação telefônica”.
“Não existe País no mundo com uma legislação tão restritiva. E ainda temos que suportar esse Judiciário que serve a uma elite. O pano de fundo é o Judiciário a serviço das elites.”
Para o delegado, as recentes decisões do STJ, que jogaram na gaveta as três grandes operações, “vão contaminar várias outras operações e todas com esse mesmo tipo de fundamento”.
“O problema está do outro lado, nos tribunais superiores do Judiciário: eu não quero condenar, eu não quero deixar condenar, esse é o pano de fundo. Maquiavelicamente, alguns segmentos da mídia divulgam que a PF não soube investigar.”
“A PF investiga, apresenta provas, mas tudo isso não tem valor porque temos um Poder Judiciário cuja cúpula é comprometida com esse status que está aí. Depois passam a imagem de polícia fascista, nazista, que não respeita direitos e garantias fundamentais. Chega uma turma de um tribunal superior, distante dos fatos, diz que isso tudo é abuso, não está bem fundamentado e que a legislação não permite que se faça isso ou aquilo.”
“Decisões com caráter ideológico”
O delegado federal diz que “o Brasil está nesse dilema, diante desse poder que está aí para manter o status quo, que não quer condenar”.
“Mas quando se fala da violência do tráfico, por exemplo, não há nenhum receio em se condenar, não se coloca em dúvida nenhum aspecto da investigação”, insiste. “Quando o crime é praticado contra a administração pública ou é crime econômico aí não é crime violento e esse tem que ter seus direitos e garantias respeitados.
Essas decisões têm caráter ideológico, não jurídico. A PF está no meio dessa guerra. Um Brasil que compactua com a corrupção e um Brasil que quer ser passado a limpo.”
“A PF respeita as decisões judiciais, mas vejo de uma forma muito temerária porque não vamos conseguir que a Justiça condene qualquer colarinho branco”, assevera o delegado Amaury Portugal, presidente do Sindicato dos Delegados Federais em São Paulo.
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Delegado Amaury Portugal: "Não vamos conseguir que a Justiça condene qualquer colarinho branco"
“Fica muito difícil para a PF trabalhar, primeiro as algemas que não podem ser usadas no colarinho branco, depois as escutas telefônicas”, diz Portugal.
“O STJ não se ateve à prova dos autos”
Ele não aceita o rótulo de ilegalidade à Boi Barrica. “Como ilegal se tudo foi realizado com autorização judicial?”
“O delegado que presidiu o inquérito da Boi Barrica não ia fazer escuta se não estivesse amparado em autorização da Justiça, que determinou tudo. Qualquer passo do delegado ele tem que comunicar ao juiz, abrindo vista para o procurador. A operação não foi ilegal.”
Para Portugal, “essas últimas decisões judiciais são estapafúrdias”. “O STJ não se ateve nem à prova. A verdade é essa. Não se ateve ao conteúdo de provas dos autos e anulou tudo.”
Ele assinala que denúncia anônima “vale para o pequeno traficante, via disque denúncia”. “Mas não vale para colarinho branco.” E faz um alerta. “Vamos cansar. A PF faz a sua parte, mas o governo está intimidado. A porta para a impunidade está aberta.”

sábado, 17 de setembro de 2011

DON SARNEY MARIMBONDOS DE FUEGO, O DONO DO BRASIL!


16/09/2011
 às 22:17 \ Direto ao Ponto
Augusto Nunes

Um ano depois da partida de Erenice, o primeiro escalão do governo atinge a alta rotatividade do mais barato dos motéis

Sugerida por Lula e encampada por Dilma Rousseff, a instalação de Antonio Palocci na chefia da Casa Civil foi mais uma ideia de jerico da dupla que inaugurou o Brasil Maravilha do cartório. Não é pouca coisa entregar o cargo de primeiro-ministro a um estuprador de sigilo bancário que virou traficante de influência. Pois poderia ter sido pior: se as denúncias de VEJA não tivessem desmontado a quadrilha em ação no 4° andar do Palácio do Planalto, formada por filhos, parentes e agregados de Erenice Guerra, a melhor amiga de Dilma Rousseff continuaria acampada no gabinete que teve de abandonar em 16 de setembro de 2010.
Faz exatamente um ano que a chefe do bando aceitou deixar a chefia da Casa Civil em troca da mudez premiada ─ uma brasileirice que livra da demissão por justa causa, de temporadas na cadeia e da devolução do dinheiro criminosamente tungado quem não revela os nomes dos mandantes, comparsas ou padrinhos. Erenice, por exemplo, topou esquecer a montagem do dossiê cafajeste sobre Fernando Henrique e Ruth Cardoso, o teor da conversa semiclandestina entre Dilma e Lina Vieira e outras bandalheiras que produziu em parceria com a atual presidente. Em contrapartida, pôde fingir que pediu demissão, voltar para casa sem escalas em delegacias ou tribunais e gastar sem sobressaltos a fortuna arrecadada com taxas de sucesso e outros codinomes da velha negociata. Na festa da posse, voltou ao local do crime como convidada especial.
Passados 12 meses, o grande viveiro de desmemoriados de nascença e amnésicos por vigarice faz de conta que nunca existiu uma Erenice, muito menos a terna amizade que desqualifica Dilma Rousseff para o papel de defensora da moral e dos bons costumes. A mãe de Israel Guerra deve achar divertida a fantasia da presidente com uma vassoura na mão. E decerto considerou tão previsível quanto a mudança das estações a anexação do Ministério do Turismo à capitania hereditária do Maranhão. Erenice sabe que Dilma faz o que José Sarney deseja desde os tempos da Casa Civil. Foi ela quem articulou a audiência em que a chefe recomendou a Lina Vieira que a Receita Federal tratasse com muita gentileza as trapaças fiscais da Famiglia.
Os que veem as coisas como as coisas são, esses só enxergaram a saída de um protegido de Sarney e a entrada de outro protegido de Sarney. Como boa parte da imprensa não costuma contentar-se com fatos, muitos jornalistas voltaram a vislumbrar a faxineira que nunca houve, agora exigindo do PMDB a indicação de um deputado sem prontuário por sofrer de alergia a gatunos. Os laços que prendem Dilma a Erenice e Sarney implodem a falácia. Quem engole sem engasgos afilhados ou exigências de Madre Superiora engole o que vier. Quem conviveu tão docemente com uma meliante juramentada é capaz de achar que Fernandinho Beira-Mar não seria um mau genro.
Dilma pediu ao PMDB que escolhesse a menos constrangedora das folhas corridas não por critérios éticos, mas por motivos práticos: é preciso fazer com que os nomeados durem mais tempo no cargo.  Neste 16 de setembro, nem teve tempo para chorar a partida de Erenice, consumada um ano atrás: precisava aplaudir e explicar a chegada de Gastão Vieira. Com o despejo de Pedro Novais, foi atingida a marca extraordinária: a cada 25 dias, um ministro desocupa seus aposentos. A altíssima rotatividade pode ter produzido uma reforma administrativa vergonhosa até para os padrões da Era da Mediocridade.
Em vez de uma presidente no comando do ministério, o Brasil tem uma gerente tentando descobrir como se administra um primeiro escalão que lembra o mais barato dos motéis.