quinta-feira, 7 de junho de 2012

GRACE D. LIEBLEIN, PRESIDENTE DA GMB - CARTA ABERTA


NOSSA REGIÃO
Jornal O VALE
June 7, 2012 - 02:47

GM abre PDV para ‘enxugar’ produção na fábrica de S. José

 Linha de produção da caminhonete S10, na fábrica de São José dos Campos; proposta da GM seria produzir 62 mil unidades em 2012
claudio capucho/arquivo o vale
Programa vai até o dia 15 somente para funcionários da produção; executivo afirma que medida é ajuste necessário
Arthur Costa
São José dos Campos

A General Motors abriu PDV (Programa de Demissão Voluntária) em seu complexo industrial de São José dos Campos para os funcionários horistas, do setor de produção.
A medida foi comunicada anteontem aos empregados e acontece menos de uma semana após o encontro entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José e o ministro do Trabalho, Brizola Neto, em Brasília, que discutiu a situação da GM.
O ministro teria se prontificado a entrar em contato com a empresa para encerrar o processo de demissões na unidade, que aconteceria desde setembro. A assessoria do MTE não confirma a informação.
A GM não divulgou metas de adesão ao PDV (leia texto nesta página), que vai até 15 de junho. Ao todo, a unidade da montadora em São José possui 7.552 horistas, segundo informações do sindicato.
“Hoje existe uma carência de mão de obra dentro da fábrica de São José. O que a GM deveria estar fazendo é contratar. Desde setembro, a empresa tem mantido o ritmo de produção intenso e efetuado demissões”, afirmou o presidente do sindicato, Antonio Ferreira Barros, o ‘Macapá’.
Ontem, o sindicato procurou o MTE para informar a abertura do PDV e cobrar providências do governo para manutenção dos empregos.
“A empresa não pode receber incentivos do governo e usar esse dinheiro para pagar as demissões. O governo tem que cobrar a manutenção do emprego”, disse Macapá, referindo-se à redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros em vigor desde maio.

Reforço.Junto com o PDV, a GM anunciou a implantação do terceiro turno na linha da S10 a partir de 18 de junho.
Inicialmente, 100 trabalhadores serão transferidos de outros setores para o terceiro turno da S10. O MVA, responsável pela produção dos veículos Zafira, Meriva e Corsa, deve ser o mais atingido pela medida.
As minivans Zafira e Meriva, produzidas há 10 anos em São José, saem de linha a partir deste mês. O Corsa também não deve permanecer no mercado até o final do ano.
“Acreditamos que esse terceiro turno pode ter até 550 trabalhadores. A abertura do terceiro turno era algo que já reivindicávamos e que dará mais vida social aos funcionários, que trabalhavam todo dia, inclusive fim de semana fazendo hora extra”, disse Macapá.

Cortes.O temor por demissões na fábrica de São José é antigo. Em outubro do ano passado, a GM abriu PDV que teve a adesão de 550 pessoas. Desde então, a entidade tenta negociar com a empresa novos investimentos na fábrica para manter os postos de trabalho.
Os metalúrgicos afirmam que, entre abril de 2011 e deste ano, 1.793 demissões foram feitas nas unidades da GM de São José e São Caetano, sendo 1.022 cortes só no Vale.
No início de maio, sindicato e prefeitura se reuniram para discutir a situação da montadora. À época, os metalúrgicos entregaram uma pauta ao prefeito Eduardo Cury (PSDB) com propostas de investimento por parte da GM em São José. Cury disse ter entregue o documento à GM, que por sua vez respondeu que discutiria o assunto com o sindicato.

OUTRO LADO
Direção da montadora atribui medida ao mercado em baixaSão José dos Campos

A General Motors informou que o PDV é resultado de um ajuste estrutural no volume de produção previsto para a unidade de São José.
O diretor de Assuntos Institucionais da GM, Luiz Moan, salientou que a linha de fabricação de veículos leves, conhecida como MVA, não vive um bom momento.
“São José tem um complexo industrial com vários setores. Neste momento (a produção no MVA) está caindo em função do mercado”, disse Moan.
O executivo ressaltou que não há meta definida de adesão ao PDV, implantado exclusivamente na fábrica de São José, e disse que a montadora irá honrar compromisso com o governo de manter empregos.
“No período de um ano e meio, teremos o mesmo número de empregos que antes deste período”, disse Moan.
Sobre a pauta de investimentos proposta pelo sindicato, Moan disse que o único item atendido será o da abertura do terceiro turno da linha da S10.
“Infelizmente, não há nenhum investimento previsto para o Brasil. Não tem como atender aquelas reivindicações. (A transferência de projetos para São José) está descartada, pois fizemos investimento em outras fábricas”, disse.
Ao contrário do que disse o sindicato, Moan afirmou que não há produção do modelo Classic em São José. O veículo seria feito em São Caetano e em Rosário, na Argentina.
O executivo não descartou o aumento no número de trabalhadores empregados no terceiro turno da S10 --inicialmente serão 100. “Vai depender do mercado”, disse.

  ENTENDA O CASO
programa de demissão
GM abriu PDV na fábrica de São José. Programa vai até o dia 15 de junho e não tem metas de adesão

motivo
Competitividade do mercado e ajuste estrutural no volume de produção previsto para a unidade de São José

setor crítico
O MVA, responsável pela produção dos veículos leves, Meriva, Zafira e Corsa, enfrenta momento delicado no mercado. Ciclo de produção dos veículos completa 10 anos ainda neste ano

reforço
GM anunciou abertura do terceiro turno da linha da S10. Inicialmente, 100 pessoas serão realocadas de outros setores para a linha de produção da picape

raio-x da fábrica
- MVA (Corsa, Meriva e Zafira)
Cerca de 2.500 trabalhadores

- Outra linha (S10)
Cerca de 2.200 pessoas

- Outros setores (estamparia, Powertrain e CKD)
Cerca de 2.500 pessoas
CARTA ABERTA À PRESIDENTE DA GMB


 Srª Grace D. Lieblein
 Nesta
 Prezada Senhora, bom dia!
Como é do conhecimento interno da empresa, da matriz e naturalmente do vosso, a produção da GM em outras unidades estão no limite da capacidade., a planta de S. José tem capacidade para absorver a produção de outros modelos que nestas unidades são produzidos, como tem capacidade para produzir modelos novos. Vide a área onde ficava a fundição, bem que comporta uma nova linha de produção! Entendo a preocupação da executiva em "reduzir" o quadro de funcionários, mas VSª e seus assessores devem ater-se ao que segue:
(*)- Existem funcionários dentro da empresa que realmente vestem a camisa da GMB e eu PROVO aos Srs., (*)- Existem funcionários dentro da GMB, planta de S. José, que estão lá fazendo pic-nic, os já aposentados e outros que os "SPY" da GM já detectaram., estes, sim, deveriam serem convidados a se desligarem da empresa, mesmo que seja "amigavelmente".,
(*) - A unidade de S. José dos Campos/SP é uma referência mundial, juntamente com a de S. C. do Sul e não pode sujeitar-se as marolas de mentes inconstantes que existem em todos os lugares, inclusive na GM., Espero que VSª saiba diferenciar o joio do trigo.
Atenciosamente
Alvaro Pedro Neves Pereira
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 07/06/2012 11:27

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