quarta-feira, 6 de junho de 2012

ELIZE ARAÚJO KITANO MATSUNAGA, A ESQUARTEJADORA DE COTIA


06/06/2012 13h21 - Atualizado em 06/06/2012 14h32

Polícia diz que mulher confessou ter matado e esquartejado empresário

Elize Matsunaga confessou envolvimento na morte do marido.
Ela está presa temporariamente por determinação da Justiça.

Do G1 SP

Policiais que acompanham o depoimento de Elize Araújo Kitano Matsunaga, de 38 anos, dizem que ela confessou nesta quarta-feira (6) ter matado e esquartejado o empresário Marcos Kitano Matsunaga, de 42 anos, com quem era casada e tem uma filha. Elize, que é bacharel em direito, era ouvida desde 11h no Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP).

Nesta manhã, a polícia pediu a prorrogação da prisão temporária por 30 dias para a Justiça em Cotia. Segundo a polícia informou ao Jornal Hoje, ela confessou ter atirado no marido e esquartejado o corpo. De acordo com o depoimento, ela informou ter feito tudo sozinha.
Os policiais relataram que ela contou que atirou no executivo dentro do apartamento do casal, levou o corpo para o quarto da empregada e fez no local o esquartejamento. Ainda segundo os policais, ela também informou ter sido a única responsável por descartar os sacos plásticos com as partes do corpo.
Desde o dia em que Elize foi presa, O G1 tenta contato com o advogado da bacharel. Nesta tarde, o advogado José Beraldo informou que chegou a conversar com Elize, mas que ela afirmou que seu defensor será um professor do curso de direito onde ela estudou.
A mulher, que teve a prisão temporária decretada pela Justiça, passou a última noite na cadeia de Itapevi, na Grande São Paulo. Por volta das 11h desta quarta, ela foi levada para o DHPP para ser ouvida formalmente sobre o caso.
Detetive particular
A polícia tenta identificar o detetive particular que foi contratato por Elize para investigar se o excutivo a traía. Ele é procurado para que seja intimado a prestar depoimento sobre seu trabalho. Policiais informaram à equipe de reportagem que o profissional seguiu o executivo e comprovou a infidelidade dele. Fotos e relatórios sobre três supostas amantes foram enviadas para a bacharel. No computador da vítima, peritos da Polícia Técnico Científica identificaram acessos a sites de prostituição.
elise yoki (Foto: Nilton Fukuda/AE)Suspeita do crime, viúva foi detida na segunda.
Nesta manhã, prestou depoimento pela primeira
vez (Foto: Nilton Fukuda/AE)
Também deverão prestar depoimento nesta quarta a empregada e a babá da filha do casal. As duas foram dispensadas por Elize horas antes do desaparecimento de Marcos, no dia 19 de maio. Partes do corpo do executivo foram encontradas dentro sacos plásticos espalhados em uma área de mata em Cotia, na Grande São Paulo, no dia 27 do mês passado.

A polícia suspeita de crime passional, mas motivação financeira não está descartada. Segundo informou na terça-feira (5) o delegado Jorge Carrasco, diretor do DHPP, Elize é suspeita de assassinar o marido por ciúmes após descobrir a traição. Ela e a filha teriam direito a receber R$ 600 mil no caso de morte do empresário.
Também é apurado pela polícia se Elize teve a ajuda de alguém para se desfazer do corpo da vítima. Uma testemunha ligou para a Guarda Civil Municipal de Cotia afirmando que um motociclista estava jogando sacos por uma estrada. Dentro deles haviam membros humanos.
Morte no apartamento
Para a polícia, Elize matou o empresário no apartamento do casal, na Zona Oeste de São Paulo, com um tiro na nuca. Ela havia feito de curso de tiro, assim como o marido.
As imagens das câmeras do edifício não foram divulgadas, mas, segundo a investigação, mostram Marcos entrar no prédio no dia 19, mas não registraram sua saída. “A gente sabe que ele entrou no apartamento e não saiu. Em tese, o homicídio aconteceu lá”, disse o delegado Mauro Gomes Dias na terça.
Em seguida, a gravação mostra Elize saindo do elevador, levando três malas com rodinhas. E mostra também a volta dela, 12 horas depois, sem as malas. Além das câmeras de segurança, que registraram a saída dela sozinha do prédio, e das sacolas plásticas apreendidas na residência do casal serem idênticas as encontradas com o corpo da vítima, um terceiro indício é levado em conta pela polícia para suspeitar de Elize.

No mesmo dia em que foi presa ela tinha entregado três armas para a Guarda Municipal, para que fossem destruídas. Uma delas usa balas do mesmo calibre que matou o empresário.
elise yoki (Foto: Nilton Fukuda/AE)Elize chegou por volta das 11h para depor no DHPP (Foto: Nilton Fukuda/AE)
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