Enviado por Ricardo Noblat -
17.6.2012
| 1h51m
ECONOMIA
O destino de Abílio Diniz em xeque
Casino avisou que vai adquirir ação que garante o controle do Pão de Açúcar
Ronaldo D’Ercole, O Globo
A transferência do controle do Pão de Açúcar para a rede varejista francesa Casino, na próxima sexta-feira, dia 22, está longe de significar o fim da novela de disputas e intrigas em que se transformou a relação do empresário Abilio Diniz com o sócio francês.
![](http://oglobo.globo.com/blogs/arquivos_upload/2012/06/129_1614-abilio.jpg)
Foto: O Globo
A onda de boatos e acusações que circulou no mercado na semana passada, enquanto Diniz e o Casino se mantinham formalmente em silêncio, dá a medida do que está por vir. Havia desde rumores de que o Casino teria, à revelia de Diniz, fechado a venda da Via Varejo (braço de eletroeletrônicos do grupo, que reúne Casas Bahia e Ponto Frio) para a família Klein, até uma suposta invasão do quarto de executivos em hotel e espionagem empresarial.
No campo dos negócios, Diniz tem desafios consideráveis para sair do grupo com o que considera justo pela expansão que comandou nos últimos anos. Pelo contrato acertado em 2005 com o Casino, depois de passar o controle, ele terá 60 dias para decidir se continuará como presidente do Conselho de Administração, mas na condição de acionista minoritário (com cerca de 21% do capital total) do Grupo Pão de Açúcar e,sob a batuta de seu desafeto, Jean Charles Naouri, o presidente da rede francesa.
Outra alternativa é vender um lote de um milhão de ações ordinárias da Wilkes, holding que controla o Pão de Açúcar, por cerca de US$ 10,5 milhões. Isso elevaria a fatia do Casino na Wilkes dos atuais 50% para 52,4%. Nesse caso, os franceses ficariam obrigados a comprar o restante das ações de Diniz, que, segundo especialistas, valeria hoje pouco mais de R$ 4 bilhões.
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