O COFRE DO DR. RUI
“A presidente Dilma Rousseff compôs paródia sobre o capitão Carlos Lamarca.”
Por Euler de França Belém*
O jornalista Tom Cardoso lança o livro mais explosivo sobre o lendário roubo do cofre do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros. “O Cofre do Dr. Rui” reúne informações exclusivas sobre o assalto de 2,5 milhões de dólares. O dinheiro estava num cofre na casa de uma amante de Adhemar, Ana Capriglione, o “Dr. Rui”, no Rio de Janeiro. Tom Cardoso revela que, quando Dilma Rousseff, Antônio Roberto Espinosa e Carlos Araújo (ex-marido da presidente) estavam num apartamento da Rua Barata Ribeiro, no Rio, um contato da organização guerrilheira VAR-Palmares bateu à porta e disse: “Um gerente do Bradesco aceitou trocar todos o dinheiro por moeda nacional. E diz que vai pagar bem acima do câmbio”.Uma história espantosa, certamente, mas Tom Cardoso frisa que é verdadeira: “O contato da VAR-Palmares garantira que o intermediário trabalhava mesmo como gerente do Bradesco e que a decisão pela troca partira da direção do banco. As duas partes lucrariam com o negócio. O Bradesco colocaria as mãos em dólares, numa época em que apenas o governo podia lidar com a moeda dentro de certos limites. Já a VAR-Palmares negociaria a grana acima dos valores oferecidos pelas casas de câmbio”.Apesar do receio de que fosse uma armadilha, a guerrilha negociou com o Bradesco. Carlos Araújo conta: “Levamos três dias para trocar o dinheiro. Não lembro a quantia exata, mas era uma parte significativa do 1,2 milhão de dólares”. As regionais da VAR-Palmares receberam dinheiro do cofre de Adhemar. “Cada um dos seis dirigentes recebeu cerca de 12 mil dólares. Duas malas com milhares de cruzeiros novos foram guardadas no apartamento de Araújo e Dilma, na Barata Ribeiro.”
Antes da permuta com o Bradesco, Dilma Rousseff e Maria Auxiliadora trocaram mil dólares na casa de câmbio do Copacabana Palace. As guerrilheiras fingiram que eram estrangeiras. A VAR-Palmares montou forte esquema para protegê-las, mas o regime militar nada percebeu.
Organizada e disciplinada, Dilma Rousseff distribuía armas, munição, documentos e dinheiros aos guerrilheiros. Por seu estilo de “gerentona”, o capitão Carlos Lamarca a apelidou de Mônica (a personagem de Maurício de Sousa). Para vingar-se de Lamarca, Dilma escreveu, com Carlos Alberto Soares de Freitas, uma paródia de “País Tropical”, a música de Jorge Ben, que fazia sucesso com Wilson Simonal. O samba ganhou o título de “Congresso Tropical”, e citava dois guerrilheiros, Lamarca (o capitão) e Juarez Guimarães de Brito (Juvenal): “Esse é um congresso tropical/Abençoado por Lênin/Embananado por natureza/Em agosto (em agosto)/Tem Juvenal (tem Juvenal)/E um capitão chamado Lamarca”. Dilma Rousseff fazia a primeira voz. (“O COFRE DO DR. RUI”, de Tom Cardoso, biografia, 176 págs, Civilização Brasileira - 2011)
Antes da permuta com o Bradesco, Dilma Rousseff e Maria Auxiliadora trocaram mil dólares na casa de câmbio do Copacabana Palace. As guerrilheiras fingiram que eram estrangeiras. A VAR-Palmares montou forte esquema para protegê-las, mas o regime militar nada percebeu.
Organizada e disciplinada, Dilma Rousseff distribuía armas, munição, documentos e dinheiros aos guerrilheiros. Por seu estilo de “gerentona”, o capitão Carlos Lamarca a apelidou de Mônica (a personagem de Maurício de Sousa). Para vingar-se de Lamarca, Dilma escreveu, com Carlos Alberto Soares de Freitas, uma paródia de “País Tropical”, a música de Jorge Ben, que fazia sucesso com Wilson Simonal. O samba ganhou o título de “Congresso Tropical”, e citava dois guerrilheiros, Lamarca (o capitão) e Juarez Guimarães de Brito (Juvenal): “Esse é um congresso tropical/Abençoado por Lênin/Embananado por natureza/Em agosto (em agosto)/Tem Juvenal (tem Juvenal)/E um capitão chamado Lamarca”. Dilma Rousseff fazia a primeira voz. (“O COFRE DO DR. RUI”, de Tom Cardoso, biografia, 176 págs, Civilização Brasileira - 2011)
fonte: Euler de França Belém/Jornal Opção
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