José Elias Aiex Neto
A declaração de Luciano deveria ser levada com muito mais seriedade, já que ele confessou que cometeu uma temeridade, ao "tomar um porre de uisque e Rivotril, um calmante. Sou psiquiatra e sempre alerto meus pacientes para nunca ingerirem bebida alcóolica com tranquilizantes, pois um potencializa o efeito do outro e pode levar à morte. O exemplo do cantor goiano deve servir de alerta, assim como os casos de Sócrates e Casagrande, em relação ao àlcool, a droga mais problemática da sociedade brasileira. Tal situação é deliberadamente ocultada da população, principalmente pela criação de uma "cortina de fumaça", ou seja, a demonização da maconha e do crack. É preciso que se saiba que 10% da população brasileira é composta de alcóolatras e que, além dos que já são diagnosticados como tal, existem outros que correm riscos de vida pelo uso inadequado de bebida alcóolica, como no caso de Luciano. Isso sem falar dos casos de acidentes de trânsito que são provocados por pessoas embriagadas ao volante. O grande problema é que a AMBEV mantém 150 deputados federais em Brasília para defenderem seus interesses de obter cada vez mais lucro. É muito triste que saibamos disso e sejamos tratados apenas como os profissionais que "fazem de conta" que tratam de dependentes químicos. O que gostaríamos é de ser agentes de prevenção não só do alcoolismo, mas também do uso inadequado de bebidas alcóolicas, como já relatado acima. Pena que "só Deus sabe" quando tudo isso será mudado. É lastimável!!!
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