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Jornal O VALE
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November 2, 2011 - 04:02
Câmara oculta informações sobre despesas de vereadores
Site do Legislativo omite detalhes sobre gastos efetuados pelos parlamentares com alimentação, transporte e hospedagem
Taubaté
Os vereadores de Taubaté já receberam neste ano quase R$ 30 mil em reembolsos de despesas com alimentação, transporte e hospedagem. Essas verbas são repassadas mediante apresentação de notas fiscais que comprovem os gastos.
O ‘ranking’ dos vereadores que mais gastaram é liderado pela vereadora Maria Teresa Paolicchi (PSC), com R$ 9.149,68 em reembolsos. O valor recebido por ela equivale a quase um salário e meio de um parlamentar --atualmente, o subsídio está fixado em R$ 6.118 por mês.
Em seguida aparecem o presidente da Câmara, Jefferson Campos (PV), que pediu reembolso de R$ 3.761,72 em notas fiscais, e Carlos Peixoto (PMDB), com R$ 3.042,76.
Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência da Câmara. A página não informa onde e com o que os valores foram gastos --apresenta apenas valores e datas de empenhos.
O debate sobre o custo da Câmara foi reacendido pelo vereador Rodson Lima, que declarou no Facebook levar uma “vida de príncipe” graças ao mandato no Legislativo.
Notas. De acordo com o diretor geral da Câmara, Otto de Albuquerque Rodrigues, cada gabinete tem o direito de fazer até oito viagens por mês.
O reembolso é feito mediante a apresentação de nota fiscal discriminando os gastos realizados durante os compromissos oficiais.
“Os vereadores não tem diária. Então, pelo regimento interno da Casa, eles devem apresentar essa nota fiscal para receber o reembolso de até R$ 150 pelo que foi gasto por dia”, afirmou.
Justificativa. Para a vereadora Maria Teresa Paolicchi, os valores são justificados pelos trabalhos feitos por ela.
“Muitas vezes viajo para outras cidades para buscar novos projetos e trazer e apresentar na cidade. São projetos em que eu acredito, por isso acho o valor razoável”, disse.
A justificativa do vereador Carlos Peixoto para o valor apresentado também foram as viagens a trabalho para outras cidades.
De acordo com o político, os maiores gastos são com combustível.
“Geralmente, as viagens a trabalho eu vou e volto no mesmo dia, então não gasto com hospedagem. Por isso, a maioria dos pagamentos são com combustível”, afirmou.
Para o presidente da Casa, vereador Jefferson Campos, os valores são pagos pois é uma viagem oficial.
“São reuniões em outras cidades, mas pela Câmara. Cada vereador sabe o que gasta, mas todas são viagens oficiais”, disse Campos.
Os vereadores afirmaram também que tomam certo cuidado para não deixar muito alto o valor gasto com as viagens oficiais.
“Quando o vereador sai para fazer um trabalho pela Câmara, não vejo problema nenhum. Mas, eu por exemplo, gosto de almoçar em um restaurante mais simples, em que o preço não seja abusivo, para manter o respeito com a população e o dinheiro público”, afirmou o vereador Rodrigo Luís Silva (PSDB).
Os vereadores de Taubaté já receberam neste ano quase R$ 30 mil em reembolsos de despesas com alimentação, transporte e hospedagem. Essas verbas são repassadas mediante apresentação de notas fiscais que comprovem os gastos.
O ‘ranking’ dos vereadores que mais gastaram é liderado pela vereadora Maria Teresa Paolicchi (PSC), com R$ 9.149,68 em reembolsos. O valor recebido por ela equivale a quase um salário e meio de um parlamentar --atualmente, o subsídio está fixado em R$ 6.118 por mês.
Em seguida aparecem o presidente da Câmara, Jefferson Campos (PV), que pediu reembolso de R$ 3.761,72 em notas fiscais, e Carlos Peixoto (PMDB), com R$ 3.042,76.
Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência da Câmara. A página não informa onde e com o que os valores foram gastos --apresenta apenas valores e datas de empenhos.
O debate sobre o custo da Câmara foi reacendido pelo vereador Rodson Lima, que declarou no Facebook levar uma “vida de príncipe” graças ao mandato no Legislativo.
Notas. De acordo com o diretor geral da Câmara, Otto de Albuquerque Rodrigues, cada gabinete tem o direito de fazer até oito viagens por mês.
O reembolso é feito mediante a apresentação de nota fiscal discriminando os gastos realizados durante os compromissos oficiais.
“Os vereadores não tem diária. Então, pelo regimento interno da Casa, eles devem apresentar essa nota fiscal para receber o reembolso de até R$ 150 pelo que foi gasto por dia”, afirmou.
Justificativa. Para a vereadora Maria Teresa Paolicchi, os valores são justificados pelos trabalhos feitos por ela.
“Muitas vezes viajo para outras cidades para buscar novos projetos e trazer e apresentar na cidade. São projetos em que eu acredito, por isso acho o valor razoável”, disse.
A justificativa do vereador Carlos Peixoto para o valor apresentado também foram as viagens a trabalho para outras cidades.
De acordo com o político, os maiores gastos são com combustível.
“Geralmente, as viagens a trabalho eu vou e volto no mesmo dia, então não gasto com hospedagem. Por isso, a maioria dos pagamentos são com combustível”, afirmou.
Para o presidente da Casa, vereador Jefferson Campos, os valores são pagos pois é uma viagem oficial.
“São reuniões em outras cidades, mas pela Câmara. Cada vereador sabe o que gasta, mas todas são viagens oficiais”, disse Campos.
Os vereadores afirmaram também que tomam certo cuidado para não deixar muito alto o valor gasto com as viagens oficiais.
“Quando o vereador sai para fazer um trabalho pela Câmara, não vejo problema nenhum. Mas, eu por exemplo, gosto de almoçar em um restaurante mais simples, em que o preço não seja abusivo, para manter o respeito com a população e o dinheiro público”, afirmou o vereador Rodrigo Luís Silva (PSDB).