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quarta-feira, 13 de abril de 2011
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12/04/2011 - 18h03
Servidora do Senado vai ao Jô e é exonerada
Fábio Góis
A diretora da Secretaria de Taquigrafia do Senado (STAQ), Denise Ortega de Baère, perdeu o cargo de chefia depois de ter comparecido ao Programa do Jô, na Rede Globo. A entrevista ocorreu em 29 de março, quando Denise, acompanhada de uma taquigrafa da Casa, conversou com o apresentador Jô Soares sobre a rotina do órgão, entre outros assuntos (assista ao vídeo da entrevista abaixo).
Há 16 anos no posto, Denise confirmou ao Congresso em Foco a demissão do posto de chefia, embora sua exoneração ainda não tenha sido formalizada nesta terça-feira (12) no Boletim Administrativo Eletrônico de Pessoal (uma edição suplementar deve registrar a decisão ainda hoje). Ela disse que o pedido de demissão chegou ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que tem projeção sobre as decisões administrativas. Até a publicação desta matéria seu nome ainda estava incluído entre os 45 diretores declarados pela Casa na página eletrônica institucional. Na verdade, o número de postos de direção é outro (mais de 200), como este site mostrou por duas vezes (leia aqui e aqui).
Como funciona
À primeira vista, Denise nada disse a Jô Soares que pudesse manchar a imagem do Senado. Ao contrário, ela explica como funciona o serviço de taquigrafia, que registra tudo o que é dito pelos senadores e torna rapidamente disponíveis seus discursos e outras manifestações. Ela inicia a entrevista informando que já foram 100 os taquígrafos sob seu comando, mas “atualmente, com as aposentadorias, chegam a 77 os taquígrafos propriamente ditos, porque tem alguns que eu retirei para assumirem direções”. “Porque abaixo de mim, tem quatro subsecretarias”, acrescentou a servidora. “Como é que funciona isso?”, quis saber Jô Soares.
“Por que é um corpo muito grande de funcionários. Então, nós temos a primeira etapa, que são os taquígrafos que fazem o primeiro apanhamento, que ficam de dois em dois minutos no Plenário [do Senado]...”, explicou a servidora, que interrompeu a descrição das tarefas para dizer que, a cada início de legislatura, tem de explicar aos novos senadores por que existem duas mesas reservadas à taquigrafia no plenário, uma em cada canto abaixo da Mesa Diretora.
“Eu explico: ‘senador, essa mesa do lado direito são os taquígrafos do apanhamento, que registram dois minutos [de falas e discursos]. E os da mesa esquerda são os taquígrafos revisores, que ficam 10 minutos. E cada taquígrafo revisor cobre cinco taquígrafos. Toda vez eu explico isso, porque ninguém sabe o que é taquigrafia”, disse Denise.
“Tem um que cobre cinco?”, brincou Jô, ironicamente apimentando a conversa. “Um que cobre cinco, Jô...”, rebateu a servidora, percebendo o gracejo. “[Cobre] de respeito”, emendou o apresentador, sob risadas da plateia e da própria Denise. Que, encerrada a piada, filosofou: “Eu sempre falo: a taquigrafia é o sustentáculo da história do Parlamento brasileiro. E digo mais: é a perpetuadora dos registros da vida política, econômica e social desta nação. Isso é taquígrafo, Jô, porque ninguém sabe o que a gente é.”
Confira a íntegra da entrevista:
Apesar de ter sido exonerada, Denise permanece nos quadros do Senado – ela é servidora efetiva lotada como analista legislativa desde 25 de novembro de 1982.
De acordo com a Secretaria de Comunicação Social (SECS), a demissão faz parte de uma “adequação administrativa” imprimida pela nova diretora-geral do Senado, Doris Marize Peixoto. Segundo a assessoria, “não há novidade” no remanejamento de postos de chefia, até porque uma nova gestão administrativa (leia mais) está em curso sob o comando de Doris, ex-diretora de Recursos Humanos do Senado.
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