sábado, 2 de março de 2013

F-35 LIGHTNING 2, O SUCESSOR DO F-18 SUPER HORNET


A arma de guerra mais cara da história está ameaçada

O caça F-35 vira um pesadelo financeiro e tecnológico para os EUA, que avaliam se vale a pena gastar US$ 400 bilhões no desenvolvimento e fabricação de um concorrente para os drones

Lucas Bessel
Confira, em vídeo, os testes da variante B dessa máquina:
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Enquanto o Brasil cogita importar o caça F-18 Super Hornet, que voa desde 1995, os Estados Unidos estudam o que fazer com o sucessor dele, o F-35 Lightning 2, a arma mais cara da história. Com custo estimado de desenvolvimento e construção na casa dos US$ 400 bilhões, o avião – que foi concebido para ser o principal armamento da Força Aérea, da Marinha e dos Fuzileiros Navais americanos – deveria ter entrado em operação no campo de batalha em 2010. Mas as complicações de montar um único caça para três forças com necessidades diferentes fizeram com que o Pentágono, de maneira pouco usual, adiasse o início das missões do F-35 indefinidamente. Hoje, a estimativa mais otimista, e não oficial, é de que o jato comece a guerrear apenas em 2016.
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Aquele que pode ser o último caça tripulado desenvolvido pelos EUA – já que os drones, aviões-robôs, são cada vez mais comuns – é uma maravilha tecnológica que sofre com os mandos e desmandos. “O desafio de criar um só avião para três forças americanas não tem precedentes”, disse à ISTOÉ Richard Aboulafia, vice-presidente da consultoria americana Teal Group, especializada em projetos de defesa. Ao mesmo tempo que precisa substituir aeronaves da Força Aérea, o F-35 também deve resistir aos castigos nas curtas pistas dos porta-aviões da Marinha e decolar e pousar verticalmente, como um helicóptero, nas operações em terra e no mar dos fuzileiros.

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O F-35, que voou pela primeira vez em 2006, também se tornou o único caça a sair da linha de montagem da Lockheed Martin, no Texas, enquanto o desenvolvimento de sistemas críticos, especialmente os eletrônicos, ainda era feito. O resultado: uma conta de US$ 370 milhões em consertos de aviões já comprados pelos militares. Além disso, uma característica crucial da aeronave – sua quase invisibilidade a radares (stealth) – se torna cada vez mais questionável. “Sensores e computadores melhorados estão acabando com o stealth”, disse à revista “Time” o almirante Jonathan Greenert, chefe de operações navais dos EUA.
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O custo de cada aeronave, estimado em US$ 160 milhões, também assusta potenciais compradores que poderiam ajudar a reduzir a conta final. “O clube de nações dispostas a gastar esse monte de dinheiro é extremamente limitado”, diz Aboulafia. Os cortes de gastos por causa da recessão, aliados a um cenário em que grandes conflitos entre nações são pouco comuns, fazem do F-35 uma arma cada vez menos viável, embora igualmente mortal.

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