Nossa Região
August 24, 2012 - 02:48
GM define agenda semanal de negociações com o sindicato
Fachada da fábrica da GM em São José dos Campos Foto: Thiago Leon
Primeira reunião sobre o futuro da fábrica da montadora em São José serviu para as duas partes reforçarem posições
Chico Pereira
São José dos Campos
Na primeira rodada da nova etapa de negociação entre a General Motors e o Sindicato dos Metalúrgicos sobre o futuro da fábrica da montadora em São José dos Campos, ocorrida ontem, as partes reafirmaram suas propostas iniciais, sem previsão de acordo.
Segundo relato do secretário-geral do sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha, a empresa informou que a possibilidade de eventuais novos investimentos na planta local depende de medidas de flexibilização trabalhista.
Entre elas, criação de banco de horas, nova grade salarial e redução de salários na fábrica.
Excedente. A GM também informou que a unidade industrial permanece com excedentes de funcionários e que está mantida a previsão de fechamento da linha de montagem conhecida como MVA após 30 de novembro deste ano.
Segundo a montadora, o excedente é de 1.840 funcionários de um total de 7.500 empregados do complexo industrial de São José.
“A empresa reafirmou as suas e propostas e nós reafirmamos as nossas”, disse o dirigente sindical.
Prates declarou que o sindicato reforçou a tese de manutenção de empregos, inclusive dos funcionários que terão o contrato de trabalho suspenso a partir da próxima segunda-feira, da manutenção da produção do Classic na linha MVA e de novos investimentos no complexo.
Atualmente, apenas esse modelo é produzido no setor, onde eram montados também o Meriva, Zafira e Corsa.
Agenda. No encontro, GM e sindicato definiram uma agenda de reuniões para aprofundar as negociações.
A partir da próxima semana, os encontros serão semanais, segundo Prates.
A abertura de diálogo faz parte do acordo firmado pelas partes no dia 4 de agosto para evitar a demissão imediata de 1.840 funcionários.
Na reunião, a GM informou ao sindicato que houve uma redução de 940 para 925 no número de funcionários que terão o contrato de trabalho suspenso.
Do grupo de 1.840 funcionários, 900 permanecem no trabalho, na produção do Classic.
“Segundo a empresa, como há funcionários afastados, o número foi reduzido”, disse.
Hoje, o sindicato vai realizar assembleia com o grupo, em sua sede, para orientar sobre a suspensão do contrato.
“Vamos passar informações sobre o processo e reafirmar a nossa luta pela manutenção dos empregos”, declarou o dirigente sindical. A assembleia está marcada para as 14h.
A GM informou, por meio de sua assessoria, que não vai se pronunciar a respeito das reuniões com o sindicato.