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terça-feira, 15 de maio de 2012

FERNANDO CAVENDISH, O PEDREIRO


POLÍTICA

Dono da Delta Construções fez retirada de R$ 64 milhões em 2011

Daniel Haidar, O Globo
A Delta Construções, envolvida em denúncias de fraude e corrupção, teve queda no faturamento no ano passado, mas os acionistas não têm do que reclamar. Enquanto o faturamento caiu 10,3% em 2011, para R$ 2,8 bilhões, e o lucro líquido tombou 85,4%, para R$ 32 milhões, os sócios receberam a maior bolada desde pelo menos 2008.
Fernando Cavendish (foto abaixo), principal dono e ex-presidente do conselho de administração, e outros acionistas embolsaram em 2011 nada menos que R$ 64,6 milhões em dividendos, a parcela dos lucros acumulados da empresa retirada pelos sócios.
Foto: Julio Bittencourt / Agência O Globo

O balanço refere-se ao exercício do ano passado, quando já estava em curso a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, iniciada em novembro de 2010. A empreiteira era a líder das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Os dividendos pagos pela empreiteira cresceram 1.182,5% em comparação com 2009, ano mais lucrativo da Delta, quando os dividendos pagos aos acionistas somaram cerca de R$ 5 milhões.
A Delta só divulgou nesta segunda-feira no “Jornal Corporativo” os demonstrativos contábeis do ano passado, mais de uma semana depois da venda da empresa para o grupo J&F, dos irmãos José, Joesley e Wesley Batista.
Responsáveis pela auditoria independente, os contadores Mário Vieira Lopes e Sheila Conrado, da BKR Lopes Machado Auditores, aprovaram o balanço com ressalva. 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

SÉRGIO CABRAL, O MAU CARÁTER, QUER SER " BONZINHO"!!!


05/07/2011
 às 17:26 \ Direto ao Ponto

Com dois decretos, Sérgio Cabral passou sem escalas do luto ao deboche

“Quero assumir o compromisso de rever minha conduta”, prometeu renegerar-se o governador Sérgio Cabral ao emergir do silêncio de sete dias, imposto pelo acidente que escancarou as relações mais que perigosas mantidas com empresários que prosperam no Rio de Janeiro. Além de sete mortes, a queda do helicóptero no sul da Bahia provocou ferimentos graves na imagem do governador que voa em jatos da frota de Eike Batista e festeja em resorts de cinema o aniversário do empreiteiro Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, que administra 99 em cada 100 canteiros de obras públicas plantados no Rio.
Se tivesse ficado na frase em que jurou redimir-se, o pecador talvez induzisse muitos brasileiros, aplicados profissionais da esperança, a acreditar que até um Sérgio Cabral tem jeito. Mas políticos, como jogadores de futebol, raramente param na hora certa. A discurseira prosseguiu ─ e o governador passou sem escalas do luto ao deboche quando informou que, para mudar de conduta, baixaria um decreto que o obrigasse a mudar de conduta.
“Vamos construir um código juntos, vamos estabelecer os limites”, recitou Cabral. “Tem um código nacional, se não me engano, feito no fim do governo Fernando Henrique Cardoso, em 2002. E deve haver estados em que há. Adoro Direito comparado. Vamos ver o que há em outros lugares do Brasil e no mundo”. Para espanto do país que já não se espanta com nada, o primeiro a aplaudir a ideia foi Eike Batista, que qualificou de “perfeito, maravilhoso” o falatório do parceiro de pecados.
“O governador falou, é isso aí”, aplaudiu. “Que se estabeleça esse código de conduta. A gente respeita as regras do jogo”. Como lembrou uma reportagem de VEJA desta semana, leis existem de sobra. Só falta cumpri-las. Cabral descobriu que bastaria adotar o Código de Conduta Ética do governo federal. Nesta quarta-feira, um decreto no Diário Oficialfluminense publicará o texto do código. Outro criará a Comissão de Ética Pública Estadual e a Comissão de Ética da Alta Administração, concebidas para enquadrar os infratores.
A partir de amanhã, portanto, Sérgio Cabral saberá que, como agente público, não pode receber de empresários com interesses na administração estadual “presente, transporte, hospedagem, compensação ou quaisquer favores, assim como aceitar convites para almoços, jantares, festas e outros eventos sociais”. Faz de conta que nunca desconfiou que isso é, na hipótese mais gentil, um soco no fígado da ética. Faz de conta que nunca imaginou que poderia estar agindo como um fora-da-lei.
Se for obediente às regras que chancelou, acabaram-se os passeios aéreos, as férias em ilhas caribenhas, as viagens à Suiça e as festanças em hotéis seis estrelas, fora o resto. Nem por isso o governador está dispensado de prestar contas de delinquências ocorridas desde que assumiu o cargo. Tragédias não matam culpas, códigos não anulam prontuários. É preciso investigar os privilégios e vantagens que permitem a Eike Batista ampliar a fortuna imensa. É preciso vasculhar os contratos com a Delta.
Os casos de Antonio Palocci e Alfredo Nascimento avisam que o governo federal resolveu combater a ladroagem endêmica com pedidos de demissão ou exonerações de subordinados. O governador fluminense, aparentemente, acha que é possível suprimir o passado por decreto. Não é, reafirma o vídeo de um minuto e meio reproduzido abaixo. Vale a pena revê-lo.
Na entrevista concedida durante a campanha eleitoral de 1996, o jovem candidato a prefeito do Rio pelo PSDB reage com indignação à pergunta sobre ligações suspeitas com empresários. E perde a paciência de vez quando é comparado ao ex-presidente Fernando Collor. Se a comparação for reprisada agora, é provável que Collor se sinta ofendido.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

"SEO" CABRAL TEM MUITO A EXPLICAR, OU NÃO! AFINAL, ESTAMOS NO BRASIL!!!


 
21/06/2011 - 20:20
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Política

Tragédia na Bahia expõe ligações delicadas de Sérgio Cabral

Governador do Rio de Janeiro voou em avião de Eike Batista para comemorar o aniversário de dono de construtora com quem o estado tem contratos de mais de um bilhão de reais

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, em um seminário
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, em um seminário (Celso Junior/Agência Estado)
queda de um helicóptero em Trancoso, na última sexta-feira, matou sete pessoas e expôs o governador Sérgio Cabral a duas situações difíceis. A primeira, familiar. Entre as vítimas estava Mariana Noleto, de 20 anos, namorada de seu filho Marco Antônio. A segunda, política. A tragédia deixou evidentes as ligações delicadas do governador com empresários. Cabral viajou para a Bahia em avião emprestado por Eike Batista – que doou 750 mil reais para sua campanha e se comprometeu a investir 40 milhões de reais nas Unidades de Polícia Pacificadora - para comemorar o aniversário de Fernando Cavendish.
Dono da construtora Delta, que tem no governo do Rio de Janeiro um grande cliente, Cavendish acumula desde 2007 contratos cujo valor supera um bilhão de dólares, entre elas o Maracanã e o Arco Rodoviário. E Marcelo Mattoso de Almeida, que pilotava o helicóptero, foi um grande doleiro no Rio de Janeiro, nos anos 1990, e era dono do resort onde a festa aconteceria. O governador pediu licença do cargo até domingo, alegando razões particulares.
O governo do estado informou que Sérgio Cabral decolou do aeroporto Santos Dumont na sexta-feira, às 17h, no Legacy de Eike, junto com Marco Antônio, Mariana e a família Cavendish, rumo a Porto Seguro. De lá, para chegar até o Jacumã Ocean Resort, um luxuosíssimo empreendimento, era preciso voar de helicóptero. Como não havia lugar para todos, decidiu-se dar prioridade às mulheres e às crianças. O cronograma informado é apertado. O helicóptero decolou às 18h31m, uma hora e meia depois da saída do Santos Dumont. Cabral, Marco Antônio e Cavendish iriam no voo seguinte.
Em maio, VEJA publicou reportagem que relata o espantoso crescimento da Delta, e esmiuça as ligações da Delta com o ex-ministro José Dirceu, responsáveis pela transformação de Fernando Cavendish em "príncipe do PAC". O empresário Romênio Marcelino Machado, dono da construtora Sigma e desafeto de Cavendish, enfatiza a amizade entre ele e Cabral. "A promiscuidade é total".
Na manhã desta terça-feira foi localizado o corpo de Jordana Kfuri Cavendish, mulher de Fernando, a última das vítimas do acidente. A Agência Nacional de Aviação Civil informou que Marcelo Almeida estava com sua licença para pilotar vencida desde 2005, e utilizou os dados de outro piloto para voar na sexta-feira.