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domingo, 4 de agosto de 2013

EIKE BATISTA, FIGURINHA CARIMBADA EM QUEBRAR EMPRESAS

Ascensão e queda da TVX Gold, 1ª empresa X de Eike

Eike transformou a TVX numa das dez maiores empresas de ouro do mundo, mas vendeu a empresa em 2001 por uma fração do que ela chegou a valer no passado

Alexa Salomão e Fernando Scheller, do 

VEJA SÃO PAULO
Eike Batista
Eike Batista: empresário já enfrentou no passado problemas com seus negócios
São Paulo - "Quem não pode se lembrar do passado está condenado a repeti-lo." A frase do filósofo espanhol George Santayana é desgastada, mas ajuda a explicar os atuais dissabores do empresário Eike Batista com o Grupo EBX. Nos anos 80 e 90, Eike viveu a ascensão e a queda de outro negócio: a empresa TVX Gold, listada nas Bolsas de Toronto, no Canadá, e de Nova York, nos Estados Unidos.
Como principal acionista e presidente executivo da empresa desde a sua criação, em 1985, Eike transformou a TVX numa das dez maiores empresas de ouro do mundo. Captou milhões de dólares para projetos que nem sempre vingaram e vendeu a empresa em 2001, por uma fração do que chegou a valer, para a Kinross, mineradora também canadense.
No auge, as ações da TVX foram negociadas por incríveis US$ 722. Pouco antes da venda, eram cotadas a míseros US$ 0,27. "Com a EBX, Eike repetiu exatamente os mesmos erros cometidos na TVX", afirma Terence Ortslan, diretor-geral da TSO & Associates, de Toronto, empresa de pesquisa e análise nos setores de ouro, mineração e fertilizantes.
Essa parte da trajetória do empresário é pouco conhecida no Brasil não só pelo tempo que se passou, mas porque teve como principal cenário o Canadá. Dono de importantes reservas de urânio, zinco, níquel, petróleo, gás e carvão, o país possui uma estrutura sofisticada para extrair riquezas do solo e multiplicar seus ganhos e benefícios. O Canadá tem até a sua Wall Street: a Bay Street, onde se concentra a elite financeira e a Bolsa de Toronto, referência na captação de recursos para a mineração em escala global.
Os profissionais com mais estrada nesse efervescente ambiente não esquecem uma derrapagem no setor. Muitos ainda têm o pé atrás com Eike. "Há bancos internacionais que não investiram na EBX porque se lembram do que ocorreu na TVX", diz um executivo de um banco internacional que não quer ser identificado.
A história no Canadá há mais de dez anos tem muitas semelhanças com o que se viu no Brasil recentemente. Em 1995, Eike empreendeu um projeto de expansão que pretendia colocar a TVX entre as seis maiores mineradoras das Américas em pouco menos de quatro anos. Anunciou US$ 480 milhões em investimentos na Europa, Canadá, Estados Unidos, Peru e Equador.
Como tinha em caixa apenas US$ 120 milhões, precisava do mercado para cumprir metas tão apertadas. Numa entrevista, em maio de 1995, ao extinto jornal Gazeta Mercantil, Eike afirmou que, graças à reputação da TVX, seria possível levantar mais US$ 400 milhões com investidores. Na época, a TVX valia US$ 1,2 bilhão na bolsa, mas o empresário sugeria que o valor da companhia poderia chegar a US$ 3 bilhões em 1998, quando a expansão estivesse a todo o vapor.
Assim como na petrolífera OGX e na mineradora MMX, Eike angariou somas astronômicas e valorizou a TVX com base em expectativas de produção. Em 1996, a ação da empresa atingiu o ápice de US$ 722, o triplo de três anos antes. Com mais de 30 anos de experiência no setor de commodities, John Ing, presidente da empresa de análise Maison Placements, de Toronto, ainda se lembra do encantamento despertado por Eike. "Ele é um vendedor nato: dizia aos investidores exatamente o que eles queriam ouvir." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 20 de julho de 2013

EIKE BATISTA: IMPÉRIO "X" DESMORONA AOS POUCOS

SÓCIOS LESADOS POR EIKE FALAM EM PROCESSAR MALAN

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O motivo: em outubro do ano passado, quando Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda no governo FHC, era conselheiro da OGX, a empresa publicou fato relevante garantindo que Eike Batista colocaria US$ 1 bilhão na companhia, se fosse necessário; assim como ele, também era conselheira a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie; agora, investidores ameaçam processar os dois, que deixaram o conselho em meio à crise de confiança que se abateu sobre o império

http://www.brasil247.com/pt/247/economia/109157/S%C3%B3cios-lesados-por-Eike-falam-em-processar-Malan.htm

domingo, 7 de julho de 2013

EIKE BATISTA, MENTIU?

Bolha da OGX foi inflada por 55 anúncios de descobertas de petróleo

Levantamento feito pelo 'Estado' mostra que a petroleira de Eike fez 105 comunicados ao mercado em dois anos e meio, grande parte deles anunciando descobertas em um mesmo poço


07 de julho de 2013 | 2h 08
Irany Tereza e Mariana Durão - O Estado de S.Paulo
Perda de bancos com Grupo X ocorrerá no 2º semRIO - Em uma campanha exploratória impressionante a OGX protagonizou, em dois anos e meio - de outubro de 2009 a maio de 2012 -, 55 anúncios de descoberta de petróleo ou declarações de comercialidade (jargão que indica, no setor de petróleo, que uma área pesquisada vai virar um campo produtor). A cada comunicado promissor, o mercado reagia imediatamente e a empresa acompanhava os saltos no gráfico de suas ações.
Um levantamento de todas as divulgações feitas pela petroleira de Eike Batista desde sua criação, em 2007, revela que foram mais de 105 comunicados oficiais. Metade deles apontava indícios de petróleo em suas áreas. Grande parte das descobertas referia-se ao mesmo poço perfurado, apenas em estágios diferentes.
A despeito disso, as ações subiam sempre que um desses "fatos relevantes", como são conhecidos os relatórios oficiais, era enviado à Bolsa de Valores e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM, responsável pela fiscalização de mercado).
Agora, o mercado financeiro parece dividido entre alternativas ruins: houve incompetência, ingenuidade ou má gestão? "Não é plausível que uma empresa com tantas promessas de sucesso tenha se tornado um fracasso da noite para o dia", diz Ricardo Lacerda, sócio do banco BR Partners.
Alguns comunicados tinham tom eufórico. "A OGX é a prova de que vale a pena apostar na competência dos brasileiros e na riqueza e abundância dos nossos recursos naturais. Esses recentes sucessos vão pavimentar o caminho do nosso robusto crescimento e igualdade social. Viva o Brasil!", escreveu Eike em outubro de 2009, no fato relevante enviado à CVM sobre a descoberta no bloco marítimo da Bacia de Campos BM-C-43.
Até junho de 2012, quando teve de revelar o real volume do petróleo que jorrava de sua principal aposta, o campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos - um décimo do que apregoou -, o tom das informações que vinham da OGX era exatamente esse. Em janeiro de 2010, poucos meses depois de começar a furar os poços, Eike fez uma previsão mais do que otimista num documento ao mercado: "Com os resultados de nossas perfurações até o presente, fomos capazes de revelar uma nova província no sul da Bacia de Campos e quebrar paradigmas (...). Agora nos preparamos para uma nova fase na história da OGX, que buscará atingir a produção de 1,4 milhão de barris por dia em 2019". Ou seja, previa, em dez anos, alcançar o resultado que a Petrobrás obteve somente depois de cinco décadas.
Há uma semana, jogou a toalha: a produção em Tubarão Azul deve cessar em 2014, dois anos após retirado o primeiro óleo. Outros três campos foram suspensos três meses após a declaração de comercialidade. A OGX invalidou as projeções divulgadas anteriormente.
Segundo fontes, a CVM agora vai olhar para trás e investigar o "conjunto da obra" da OGX. Vai analisar com lupa todos os fatos relevantes, em especial os que continham projeções, para averiguar se foram elaboradas sem diligência ou de forma a confundir o investidor. A avaliação poderá respingar não só nos atuais executivos, mas em todo o grupo de estrelas do setor contratado a peso de ouro.
Em abril de 2010, por exemplo, a CVM exigiu da OGX esclarecimentos sobre um volume atípico de movimentação das ações. Nessa época, apenas quatro meses depois de passar a integrar o índice Bovespa, a empresa fizera seis comunicados de "presença de hidrocarbonetos" (indícios de petróleo) nos mesmos dois blocos (BMC-41 e BMC-42) da Bacia de Campos. O BMC-41 deu origem ao prospecto de Waimea, que virou o campo de Tubarão Azul.
A OGX respondeu que a elevação das negociações poderia ter sido por uma avaliação positiva do banco Credit Suisse ou pelos rumores de que estaria em curso a venda de 20% da empresa.
Luiz Felipe Carvalho, analista de petróleo do HSBC, diz que a credibilidade da OGX foi corroída por uma série de eventos. Em fevereiro de 2011, a OGX informava que Waimea continha óleo pesado, de 20º API, que não está nos melhores padrões de comercialização. Mas a vazão seria extraordinária: 40 mil barris por dia. Hoje sabe-se que essa vazão, decrescente, não ultrapassa 5 mil barris diários.
A divulgação de previsões é facultativa, mas segundo as regras da CVM, deve trazer "informações verdadeiras, completas e que não induzam o investidor a erro". "O mais surpreendente é que após ter levantado tanto capital sobraram tão poucos ativos do império X", diz Lacerda, do BR Partners.
A partir de outubro de 2009, quando anunciou sua primeira descoberta, a OGX passou a adotar nos comunicados o aposto: "maior companhia privada brasileira do setor de petróleo e gás natural em termos de área marítima de exploração".
Perplexidade. A queda da OGX provocou perplexidade e dividiu opiniões. No BNDES, um dos principais financiadores de Eike, há quem acredite que o empresário pode ter sido ludibriado, como a maior parte do mercado. "Atuar alavancado cobra seu preço: o preço é que os 'planos de negócio' sejam consistentes, caso contrário...", disse a fonte.
Para alguns, o fato de Eike ter mantido as ações das companhias X pode dificultar uma punição. "Ele está morrendo com o mico-preto na mão", disse um executivo do alto escalão de uma multinacional.

EIKE BATISTA, O MENDIGO

O bilionário que virou mendigo

Além de ver seu império se desintegrar, o empresário Eike Batista agora se tornou motivo de chacota nas redes sociais

JOSÉ FUCS
05/07/2013 17h25 - Atualizado em 05/07/2013 17h57


Eike Batista (Foto: Desconhecido)
Não é fácil para quem queria ser o homem mais rico do mundo ver o seu império se desintegrar em ritmo ainda mais acelerado que quando se formou. Nos últimos dias, o empresário Eike Batista transformou-se em motivo de chacota nas redes sociais, como mostra a montagem ao lado. Eike aparece como um mendigo, acompanhado por vários cachorros. Um deles está com uma coleira que traz o nome de Eike, semelhante à que foi usada na avenida por sua ex-mulher, a modelo Luma de Oliveira, no Carnaval carioca alguns anos atrás. Na ilustração, os (poucos) pertences que teriam lhe restado são transportados em um carrinho de supermercado com a placa da OGX, criada para ser uma nova Petrobras  e pivô da crise no grupo, por não ter conseguido extrair o óleo prometido aos investidores do país e do exterior que apostaram no projeto. 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

EIKE BATISTA, POBRE HOMEM "POBRE"!!!

04/07/2013 10h58 - Atualizado em 04/07/2013 11h24

Fortuna de Eike Batista caiu para US$ 2,9 bilhões, diz Bloomberg

No dia 2 de julho, patrimônio do empresário estava avaliado em US$ 4,1 bi.
Patrimônio de Eike chegou a ser avaliada em US$ 34,5 bilhões, em 2012.

Do G1, em São Paulo
ChChairman do grupo EBX, Eike Batista, comparece a conferência econômica em Bervelly Hills, na Califórnia. (Foto: Reuters)Chairman do grupo EBX, Eike Batista
(Foto: Reuters)
A fortuna do empresário Eike Batista, que já chegou a ser avaliada em US$ 34,5 bilhões no ano passado, caiu agora para US$ 2,9 bilhões, segundo o ranking de bilionários da Bloomberg.
Segundo reportagem publicada nesta quinta-feira (4) pela agência, no fechamento dos mercados do dia 2 de julho, o patrimônio de Eike estava avaliado em US$ 4,1 bilhões.
O 'derretimento' do valor líquido da fortuna de Eike ocorre após uma série de tombos das ações das empresas do grupo EBX.
Segundo reportagem da Bloomberg, o recuo reflete também a informação de que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teria oferecido garantias de R$ 2,3 bilhões (cerca de US$ 1 bilhão) em emprestimos para o grupo de Eike.
Em nota, o banco estatal informou que o valor total das operações contratadas com o grupo EBX é de R$ 10,4 bilhões. Segundo o BNDES, desse volume contratado, nem tudo foi liberado, já que os desembolsos ocorrem ao longo do período de execução dos empreendimentos.
"Cada um dos contratos assinados possui estrutura de garantias específica, incluindo fianças bancárias. Nesse sentido, o Banco informa que sua exposição direta atual ao Grupo EBX é de uma parcela muito pequena do Patrimônio Líquido de Referência do BNDES", afirma a nota do bando.
Segundo reportagem do jornal "Valor", teria sido dado início a um plano de desmembramento do grupo EBX, ao final do qual o empresário deverá ficar sem dívidas e com um patrimônio estimado entre US$ 1 bilhão e US$ 2 bilhões.
Eike chegou a ser o oitavo homem mais rico do mundo em março de 2012, quando teve seu patrimônio avaliado em US$ 34,5 bilhões. No dia 12 de junho, antes da nova série de tombos das ações do grupo, a fortuna do brasileiro era estimada em US$ 6,1 bilhões pelo Bloomberg Billionaires Index, o que tirou Eike da lista dos 200 mais ricos do mundo.
Lemann é brasileiro mais rico com patrimônio de US$ 19,3 bi
No ranking de bilionários da Bloomberg, com dados atualizados até 3 de julho, Jorge Paulo Lemann, investidor controlador da Anheuser-Busch InBev, e o banqueiro José Safra são os únicos brasileiros que figuram entre as 100 maiores fortunas do mundo.
Lemann aparece na 34ª posição, com fortuna estimada em US$ 19,3 bilhões, e Safra na 92ª posição, com patrimônio avaliado em US$ 10,8 bilhões
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sábado, 15 de junho de 2013

EIKE BATISTA: VENDO TUDO!

Classificados: à venda

Mais uma empresa do grupo à venda
Está à venda a IMX, de Eike Batista, dona de metade do Rock in Rio, de 5% do Maracanã, da franquia do Cirque de Soleil no Brasil etc.
Já foi oferecida a diversos fundos de private equities. O valor pedido, contudo, tem assustado os possíveis interessados. A ideia é vender o controle, mas Eike manteria uma participação minoritária.
Por Lauro Jardim

quarta-feira, 1 de maio de 2013

EIKE BATISTA, A OGX, A ANP E PIETRO ADAMO SAMPAIO MENDES


Funcionário da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Pietro Adamo Sampaio Mendes multou a OGX, de Eike Batista, em US$ 300 milhões por supostas irregularidades na instalação e supressão de uma válvula de segurança usada na extração de petróleo. No dia 24 de abril, depois da publicação do caso nesta coluna, a ANP divulgou um informe atacando Mendes. O funcionário enviou à coluna considerações sobre as acusações da agência.
http://colunas.revistaepoca.globo.com/felipepatury/2013/04/30/funcionario-da-anp-explica-por-que-multou-eike-batista/

quarta-feira, 24 de abril de 2013

LULA BATISTA + EIKE LULA = 0


23/04/2013
 às 17:53 \ Direto ao Ponto

É natural que Lula e Eike se entendam muito bem: os dois são vendedores de nuvens

Lula é o Eike Batista da política. Eike é o Lula do empresariado. Um inventou o Brasil Maravilha. Só existe na papelada que registrou em cartório. Outro ergueu o Império do X. No  caso, X é igual a nada.
O pernambucano falastrão que inaugurava uma proeza por dia se elogia de meia em meia hora por ter feito o que não fez. O mineiro gabola que ganhava uma tonelada de dólares por minuto se louva o tempo todo pelo que diz que vai fazer e não fará.
O presidente incomparável prometeu para 2010 a transposição das águas do São Francisco. O rio segue dormindo no mesmo leito. O empreendedor sem similares adora gerúndios e só conjuga verbos no futuro. Está fazendo um buquê de portos. Vai fazer coisas de que até Deus duvida. Não concluiu nem a reforma do Hotel Glória.
Lula se apresenta como o maior dos governantes desde Tomé de Souza sem ter concluído uma única obra visível. Eike entra e sai do ranking dos bilionários da revista Forbes sem que alguém consiga enxergar a cor do dinheiro.
Lula berrou em 2007 que a Petrobras tornara autossuficiente em petróleo o país que, graças às jazidas do pré-sal, logo estaria dando as cartas na OPEP. A estatal agora coleciona prejuízos e o Brasil importa combustível. Eike vive enchendo milhões de barris com o que vai extrair do colosso que continua enterrado no fundo do Atlântico.
Político de nascença, Lula agora enriquece como camelô de empresas privadas. Filho de um empresário admirável, Eike resiste à falência graças a empréstimos do BNDES, parcerias com estatais e adjutórios obscenos do governo federal.
Lula só poderia chegar ao coração do poder num lugar onde tanta gente confia num Eike Batista. Eike só poderia posar de gênio dos negócios num país que acredita num Lula.
É natural que viajem no mesmo jatinho. É natural que se entendam muito bem. Os dois são vendedores de nuvens. (Veja)

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

EIKE BATISTA, UM BILIONÁRIO POBRE


Negócios

Por que Eike Batista perde e ganha muito dinheiro em um dia

Em 24 horas, empresário que já foi o 7º mais rico do mundo entra e sai da lista das 100 maiores fortunas globais

Eike Batista
A valorização da ação da OGX na bolsa de valores na quinta-feira recolocou Eike Batista na lista das 100 maiores fortunas globais (Jorge Silva/AFP)
Há dois anos, Eike Batista estava no topo do mundo da riqueza. Sua fortuna estava em ascensão e rivalizava com a do megainvestidor americano Warren Buffett, do empresário mexicano Carlos Slim e a do fundador da Microsoft Bill Gates. A promessa era se tornar o número 1 em poucos anos. Mas ao invés de subir, o empresário brasileiro caiu. E agora vive na gangorra do entra e sai da lista dos 100 mais ricos do planeta.
Como é possível perder e ganhar tanto dinheiro em um dia? A gangorra acontece porque os rankings, como o da Bloomberg e o da Forbes, utilizam para o cálculo da riqueza a participação dos empresários em suas empresas com capital aberto na bolsa de valores. Como as ações variam diariamente, a fortuna pode aumentar ou diminuir em 24 horas.
Das 13 empresas que fazem parte do Grupo EBX, seis estão listadas na bolsa de valores - OGX, MMX, MPX, OSX, LLX e CCX - e estão sujeitas aos humores dos investidores na bolsa de valores. Na quarta-feira, por exemplo, a desvalorização de 11,6% das ações da OSX no pregão da bolsa de valores provocou uma perda de 300 milhões de dólares na fortuna de Eike, o que oexpulsou da lista dos 100 mais ricos durante toda a quinta-feira. Ontem, porém, a OGX acumulou valorização de 1,9% e permitiu que Eike recuperasse 247,5 milhões de dólares, valor suficiente para recolocá-lo na 97ª colocação no ranking. A empresa de petróleo OGX concentra um terço da fortuna do empresário.
Nos últimos anos, com as seguidas promessas frustradas feitas por Eike, os investidores passaram a desconfiar dos sucessos dos negócios. O valor de mercado das empresas foi diminuindo, como o da OGX, que foi reduzido a praticamente um quinto da sua maior valorização.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

EIKE" ELE DE NOVO" BATISTA E O MPF


RIO 247

MPF pede fim de obras do porto de Eike

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Ministério Público Federal (MPF) em Campos dos Goytacazes está pedindo o fim das obras de instalação do complexo industrial e portuário do Açu, no município de São João da Barra, por degradação ambiental. Segundo a ação civil pública movida pelo MPF, há indícios de que as obras para a construção do porto causaram a salinização em áreas de solo, de águas doces em canais e lagoas e da água tratada para o consumo humano

segunda-feira, 30 de julho de 2012

EIKE BATISTA: "O GOLPE DO ANO... CLIENTES A VER NAVIOS"


Após captar R$ 9,7 bi, Eike começa a sair da bolsa

Após captar R$ 9,7 bi, Eike começa a sair da bolsa Foto: Divulgação_Silésio Correa/Divulgação

VENDENDO NO MERCADO ABERTO PROJETOS QUE AINDA NÃO SAÍRAM DO PAPEL, ELE CHEGOU AO POSTO DE 8º HOMEM MAIS RICO DO MUNDO; AGORA, QUANDO NÃO ENTREGA O PROMETIDO, COMEÇA A RECUAR DA BOLSA, DEIXANDO MILHARES DE PARCEIROS CRENTES A VER NAVIOS

30 de Julho de 2012 às 12:56
247 – "O golpe do ano... Decepção com Eike". Assim define, no portal especializado em mercado financeiro Infomoney, um dos primeiros leitores da principal notícia desta segunda-feira 30: a confirmação, pelo próprio Eike, do fechamento de capital da LLX Açu Operações Portuárias. O movimento será feito por meio de uma OPA – Oferta Pública de Aquisição de Ações, ao valor de R$ 3,13 por ação. Para quem está comprando, repita-se, o próprio Eike por meio de sua holding OGX, é um grande negócio. Afinal, apenas este ano o papéis da LLX se desvalorizaram mais de 15%, resultado de uma série de frustrações em relação à construção do porto no litoral do Rio de Janeiro – feita em águas rasas, a obra demandou a estruturação de um longo pier e, até o momento, não tem plataforma para que qualquer navio possa ali atracar. O fracasso em relação à obra foi, é claro, notado pelo mercado, em que pese a divulgação, nos últimos tempos, de mais de 50 fatos relevantes pela LLX, todos eles transbordantes em otimismo.O anúncio do fechamento de capital fez com que, antes das 11h00 desta segunda 30, as ações da LLX se valorizassem em 5,96%.
Em 2008, quando lançou a LLX em bolsa, Eike conseguiu com a operação uma parte do total dos R$ 9,7 bilhões que suas empresas, sob as asas da OGX, obtiveram em bolsa de investidores de todos os portes nos últimos anos. O bilionário usou como estratégia combinar os interesses de suas companhias, de modo a produzir a sensação de intenso desenvolvimento. A LLX, por exemplo, nasceu para carregar o minério que seria extraído pela MMX que, por sua vez, seria transportado em navios da OSX. Até aqui, porém, não há minério, nem porto, nem navios. Mas o dinheiro que entrou nos IPOs – a sigla em inglês para abertura de capital – chegou a fazer de Eike o oitavo homem mais rico do mundo, no ranking da revista Forbes.
Hoje, com a derrocada das operações e a decepção com os papéis de suas companhias, ele já desce para o 21º lugar no ranking de bilionários da agência Bloomberg, mas ainda assim com uma fortuna avaliada em US$ 20,7 bilhões.
A frustração é, efetivamente, grande. Tome-se o exemplo do desempenho da OSX, empresa de estaleiros do grupo EBX. Ela aparece em primeiro lugar no ranking mundial das empresas com pior desempenho nas ofertas públicas iniciais de ações, segundo a edição de agosto da revista Bloomberg Markets, que já circula.
A OSX abriu capital em março de 2010 e, nos primeiros três meses de negociação, segundo a publicação, viu seus papéis recuarem mais de 43%. Em segundo lugar, aparece a empresa polonesa Jastrzebska Spolka Weglowa, cujas ações caíram 40,22%.
Quanto a LLX, cujos rumores de fechamento de capital eram negados com veemência até a semana por Eike, nos últimos pregões o movimento foi o inverso, com altas expressivas. A valorização desses papéis chegou a 28,96% no mês de julho, mas ainda assim as perdas em relação ao início do ano era de mais de 15%. As altas dos últimos dias podem ter levado investidores grandes da LLX, entre os quais, talvez, o próprio Eike, a aproveitar o momento para vender papéis. O certo, porém, é que ele os comprará por R$ 3, 13 cada um, o que é bem menos que os mais de R$ 4 que valiam nos tempos da abertura de capital. Ou seja, quem ficou com o papel até agora, acreditando nas projeções de Eike, só perdeu.
Abaixo, notícia do portal Infomoney sobre o fechamento de capital da LLX:
O empresário Eike Batista confirmou nesta segunda-feira (30) os planos de fechar o capital da LLX (LLXL3), braço de logística do grupo EBX, conforme adiantado pelo Portal InfoMoney na semana passada.
Em correspondência enviada ao conselho de administração da empresa, o bilionário informou a intenção de, diretamente ou por meio de afiliadas, adquirir até 100% das ações da LLX em circulação no mercado.
A ideia é fazer uma OPA (oferta pública de aquisição de ações) para cancelar o registro de companhia aberta da LLX junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e, consequentemente, da saída da LLX do Novo Mercado.
O preço máximo por ação na OPA será de R$ 3,13, o qual deverá ser pago integralmente em dinheiro. O valor por ação inclui um prêmio de aproximadamente 25% sobre o preço médio ponderado pelo volume de R$ 2,50 das ações da LLX na BM&FBovespa nos últimos 20 pregões.
Segundo maior acionista
Em comunicado, a companhia explica que a Ontario Teachers Pension Plan (Teachers'), o segundo maior acionista da LLX, depois de Eike Batista, firmou o compromisso de aumentar sua participação societária minoritária na empresa, por meio da OPA.
A operação passará pela aprovação dos acionista em Assembleia Geral Extraordinária, ainda sem data definida. Cabe lembrar que a OPA ainda está sujeita a aprovações regulatórias pela CVM e pela BM&FBovespa.
De acordo com o ranking de bilionários da agência Bloomberg, o empresário Eike Batista ocupa, nesta quinta-feira (19), o 21º lugar. O brasileiro, que chegou a ocupar a oitava posição no mês de março, tem sua fortuna avaliada atualmente em US$ 20,7 bilhões.

domingo, 1 de julho de 2012

EIKE BATISTA, O SEM PALAVRAS, SEGUNDO J.C. CAVALCANTI


Entrevista

Eike nunca cumpre o que promete, diz ex-sócio

Geólogo João Carlos Cavalcanti, que apresentou a mineração ao bilionário, conta ao site de VEJA por que está movendo um processo contra ele e afirma que não se surpreende com o fato de as empresas X não darem resultado

Ana Clara Costa
o empresário e geólogo João Carlos Cavalcanti
J.C. Cavalcanti, ex-sócio de Eike Batista: "Não tenho nada contra ele. Só quero que me pague" (Daniela Toviansky)
O geólogo baiano João Carlos Cavalcanti foi, por duas vezes, sócio de Eike Batista. A primeira, no início dos anos 1990, quando tentaram implantar um projeto de abastecimento de água mineral, que fracassou. A segunda, e derradeira, ocorreu no início de 2000, quando montaram o embrião da MMX. Eike prometeu investimentos que, de acordo com Cavalcanti (mais conhecido por J.C.), não tinha a intenção de cumprir. Por isso, o homem mais rico do Brasil carrega nas costas um processo de 22 milhões de reais movido pelo ex-sócio. “Não tenho nada contra ele. Só quero que me pague”, diz o geólogo, cuja fortuna estimada pelo mercado em mais de 2 bilhões de reais foi conseguida graças a sua habilidade em encontrar jazidas de minério Brasil afora.
Apesar de antagonistas, ambos guardam semelhanças: o misticismo, o gosto pela aventura, um relacionamento estreito com o PT e o apreço pelo luxo – tanto Eike quanto J.C. ostentam mansões, jatinhos e Ferraris. “A diferença é que eu cumpro o que prometo. O Eike não cumpre nada”, diz o empresário. O faro para os negócios também os une. J.C. criou e vendeu diversas empresas ligadas à mineração, como a Bahia Mineração, a Sul Americana de Metais e a GM4. Foi sócio de Daniel Dantas nesta última e o considera um empresário “que cumpre o que promete”. Além disso, detém participação no grupo Votorantim – empresa que considera a mais séria do país. 
Recentemente, em mais uma de suas mirabolantes descobertas, desvendou uma jazida de neodímio na Bahia – que é um dos 17 elementos que compõem o grupo de minerais chamado terras raras, utilizadas na fabricação de aparelhos de alta tecnologia. A descoberta é a primeira do Brasil e, segundo J.C., o território guarda a mesma capacidade de exploração que a região de Batou, na China – atualmente o local onde estão 97% das terras raras do mundo. A capacidade total da jazida pode chegar a 28 milhões de toneladas, na avaliação do geólogo. Se o potencial se concretizar, ele calcula que o valor da reserva pode chegar a 8,4 bilhões de dólares – um patrimônio digno de um bilionário da Forbes. “Mas a Forbes já não me interessa”, diz.
Durante a entrevista, concedida na noite desta quinta-feira, Cavalcanti comparou Eike a "um meninão" que precisa botar a culpa em alguém sempre que um negócio seu não vai bem. "O Paulo Mendonça será a bola da vez, sobretudo depois dessa queda nos preços das ações. Aconteceu algo parecido com o Rodolfo Landim. Ele o contrariou, quis aparecer mais que o Eike, começou a falar demais e foi detonado. Já o Paulo, até pouco tempo atrás, era chamado pelo Eike de Mr. Oil. Não creio que continue assim", disparou. Naquela mesma hora, o conselho de administração da OGX enviava fato relevante ao mercado para comunicar a derrocada de Mendonça, que até então presidia a petroleira.
Como o senhor conheceu Eike Batista?Conheci o Eike há muito tempo, com ele me dando um cheque pré-datado. Estava desenvolvendo uma pesquisa na região amazônica para a Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) e ele estava envolvido com a exploração de ouro por lá. Quando ele quebrou, quis entrar no segmento de abastecimento público de cidades e criou a empresa Água Certa. A intenção do Eike era criar uma rede de abastecimento de água mineral. Como eu já tinha trabalhado com isso na Brahma, antes da compra da Antarctica, ele me convidou para montarmos esse projeto juntos. A ideia era criar campos de abastecimento de água mineral em todo o Brasil. E eu descobri para ele onde estavam as jazidas de água.
Por que o projeto não deu certo?
A parte de licitações se mostrou mais complicada do que esperávamos. Além disso, as estatais de saneamento não queriam abrir espaço para essa iniciativa e ele acabou se desfazendo do negócio.
Quando vocês se desentenderam?
Em 2002, descobri uma jazida de minério de ferro em Caetité, na Bahia. O Eike ficou sabendo e me procurou. Para explorar essa área, montamos em sociedade a IRX, que veio a ser o embrião da MMX. Ele detinha 80% do negócio e eu, 20%. Nosso plano previa um alto investimento em pesquisa antes de começar a explorar, mas ele não cumpriu isso. Como era majoritário, tinha de investir algo em torno de 10 milhões de dólares. Mas como o Eike não coloca dinheiro próprio em coisa nenhuma, ficou me enrolando, até que em 2005 o Ministério de Minas e Energia (MME) acabou retirando a licença de pesquisa das terras. Perdemos a jazida. Se ele tivesse cumprido o que prometeu, a exploração teria me rendido cerca de 200 milhões de dólares. 
Se o objetivo de Eike era ter uma mineradora, por que optou por não explorá-la?
Ele usou argumentos furados, como, por exemplo, de que não havia infraestrutura para escoar o minério. Ora, quando Carajás foi descoberta, também não havia uma logística adequada. No entanto, quando seu potencial foi conhecido, o governo militar construiu a ferrovia Norte-Sul para viabilizar o projeto. Ninguém investe em infraestrutura antes de conhecer o potencial do minério. Tanto que, no caso da MMX, também não havia logística. Eles estão construindo. Mas até agora, não saiu de lá nenhum quilo de minério.
O senhor acompanhou o início da OGX?
Sim. Acompanhei desde o início, pois foi na mesma época em que eu ficava muito no escritório dele. Ele pegou relatórios do governo federal, de estatais, como a CPRM, reorganizou-os, mudou a capa, traduziu e foi para o Canadá apresentá-los a fundos de pensão. Com base naquilo, conseguiu levantar 500 milhões de dólares e voltou ao Brasil para participar dos leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Com esse dinheiro, ele conseguiu arrematar as jazidas marginais da Petrobras.
Aquilo que a ANP colocou em leilão não era bom. Não eram as melhores jazidas. Mas ele soube valorizar isso. Trouxe os melhores executivos da Petrobras, a começar pelo Rodolfo Landim, que entendia tudo de perfuração. Vi muitos grandes nomes passarem por lá. Quando ficava sabendo que um profissional estava se destacando no mercado, Eike mandava trazer para a OGX pagando muito bem. Por outro lado, quando o cara não dava o resultado que ele esperava, ele humilhava, colocava apelido, e tudo mais. Parece um meninão.  
O senhor acredita que seja possível extrair os tais 5 mil barris/dia dos poços da OGX, conforme a última previsão da empresa?É possível que sim. Nenhum poço que veio da Petrobras deve render mais que isso. Se a capacidade fosse de 40 mil barris/dia, como ele disse no início, por que a Petrobras iria se desfazer? Não faz sentido. O Eike nunca mexeu com isso antes, não sabe como funciona e pegou jazida com pouca capacidade. Agora ele solta fato relevante para informar cada cheiro de gás que ele sente nos poços.
Por que nenhum investidor contestou os dados dos projetos do Eike, como essa capacidade de 40 mil barris/dia, por exemplo?
Isso é porque ele é o queridinho do investidor estrangeiro. Ele tem cara de alemão, fala cinco línguas e é muito cativante. E tem um paizão, que é o senhor Eliezer Batista. Esse sim é um grande homem, um superdotado. Além disso, o Eike é um baita marqueteiro que vendia enciclopédia na Alemanha. E um cara que consegue vender enciclopédia, vende qualquer coisa. Não dá para negar que é muito esperto e consegue conquistar o investidor, o governo, todo mundo. Ele arrematou o terno do Lula em um leilão em São Paulo e, no dia seguinte, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou 150 milhões de reais para que reformasse o Hotel Glória. Ele consegue o que quer.
Mas, teoricamente, quem entende do mercado de óleo e gás não deveria saber dos riscos de uma empreitada como essa? Como ninguém desconfiou da capacidade de um poço descartado pela Petrobras?
Pois é, deveria. O problema é que os banqueiros e o mercado financeiro não entendem de petróleo. Não há geólogos trabalhando como analistas, nem engenheiros de minas. Há economistas que não entendem nada desse setor e não acertam nada. Eles entendem de números, indicadores, mas não sabem como as coisas funcionam realmente. 
O senhor tem raiva do Eike?
Não, não tenho nada contra ele. Só quero que me pague os 22 milhões de reais que me deve. 
Acredita que ele vai recuperar a credibilidade junto ao investidor?
Não sei. Acho difícil. A única coisa que ele produz realmente hoje é um macarrão muito bom no Mister Lam, um restaurante chinês que ele abriu, onde também há um camarão maravilhoso. Encontrei-o lá há um ou dois anos, antes de entrar com a ação na Justiça. Conversamos e ele me disse que ia ultrapassar o Bill Gates. Mas não vai. Acho que o universo vai começar a dar o troco nele. Ele precisa ser mais simples, menos arrogante, prometer menos, ajudar mais. Tanto o Bill Gates quanto o Carlos Slim, o Lakshmi Mittal e o Warren Buffett são homens simples, que dedicam um bom tempo e dinheiro à filantropia. O que o Eike faz? Que hospital ele construiu? O que retribuiu para a sociedade?
O senhor também foi sócio de outro executivo conhecido, Daniel Dantas, do Banco Opportunity. Ele e Eike Batista possuem traços em comum? 
Não há comparação. O Daniel Dantas cumpre tudo o que promete. Em todos os negócios que fiz com ele, sempre cumpriu. É um sujeito discreto, reservado e inteligentíssimo. É um dos maiores criadores de gado do país e vai começar a produzir minério em 2014, explorando jazidas no Piauí.

terça-feira, 20 de março de 2012

Thor Batista, tem 11 multas e " 51" pontos na CNH



Filho de Eike tem 11 multas e 51 pontos na CNH

Thor Batista, que atropelou e matou ciclista, acumulou infrações em 18 meses; apesar da pontuação, ele não perdeu a habilitação

19 de março de 2012 | 22h 30

Antonio Pita - O Estado de S. Paulo
RIO DE JANEIRO - O filho de Eike Batista Thor Batista, de 20 anos, que no sábado atropelou e matou um ciclista na Rodovia Washington Luís, na Baixada Fluminense, recebeu 11 multas nos últimos 18 meses. Acumulou 51 pontos na Carteira Nacional de Habilitação, mas ainda pode recorrer de duas, que somam 11 pontos. Das outras nove, que totalizam 40 pontos, não é possível reclamar. A pontuação foi divulgada hoje pelo Jornal Nacional, da TV Globo.
Thor obteve a primeira habilitação em dezembro de 2009, quando iniciou um período probatório previsto em lei. Nos 12 meses seguintes, se cometesse qualquer infração, teria de voltar a frequentar um curso de formação de condutores. Entre setembro e dezembro de 2010, o filho de Eike cometeu cinco infrações, todas por excesso de velocidade, somando 21 pontos. No entanto, foi beneficiado pela demora no processamento das multas. Em dezembro de 2010, elas não haviam sido computadas e Thor conseguiu a carteira definitiva.
Depois que o motorista obtém a carteira definitiva, não pode perdê-la em função de multas que apareçam no sistema e sejam referentes ao período probatório. Em 2011, Thor cometeu seis infrações. Contra quatro delas, que somam 19 pontos, não cabe nenhum tipo de recurso.
Segundo a legislação, quem acumula 20 pontos em 12 meses tem a carteira suspensa, mas nesse caso não se pode somar as multas do período probatório com aquelas posteriores à aquisição da carteira definitiva. Thor deveria ter perdido a carteira após a primeira infração durante o estágio. Depois de obter a definitiva, somou 19 pontos dos quais não cabe recurso.
Segundo o Jornal Nacional, a assessoria de Eike informou que o rapaz desconhecia a existência desses pontos em sua carteira e que isso não tem relação com o acidente de sábado.
Indenização. A família do ajudante de caminhoneiro Wanderson Pereira da Silva, a vítima do atropelamento, disse que vai acionar Thor na Justiça pedindo indenização por danos morais e materiais. Silva tinha 30 anos e sustentava mulher e parentes com o salário de R$ 1.400 mensais.
O laudo que pode determinar as causas do acidente será divulgado em dez dias. Hoje, o empresário responsabilizou a vítima pelo acidente e defendeu o filho no Twitter. Thor criou uma conta no microblog para se manifestar sobre o acidente.
A família de Wanderson foi procurada por representantes de Eike. O encontro ainda não tem data. O advogado Cléber Carvalho, que representa a família da vítima, informou que os parentes têm interesse no diálogo, mas querem saber a verdade sobre o acidente. "Mesmo se houver essa compensação pelo sofrimento, ainda ficará faltando a justiça."
Na quarta-feira, Thor prestará depoimento. Ele mantém a versão de que o ciclista atravessou a pista "inadvertidamente." A família da vítima discorda e diz que testemunhas viram o ciclista no acostamento momentos antes. Segundo o advogado, há indícios de que a velocidade do carro era "muito superior" à permitida na via, de 110km/h.
O caso foi registrado pela Polícia Civil como homicídio culposo (sem intenção).