terça-feira, 8 de maio de 2012

TONHÃO DUTRA, O CAVALEIRO SOLITÁRIO - PARTE II







Era uma vez um homem que tinha tudo para ser muito feliz.
Possuía uma família numerosa, com saúde e abundância de terras produtivas.
Seus filhos eram excelentes trabalhadores do campo.
Suas mãos, assim como as terras, eram abençoadas por Deus,
porque tudo que plantavam colhiam com excelentes resultados.
 Porém, ele vivia muito triste, pois seus filhos viviam brigando.
Tudo era motivo de disputa.
Se um queria plantar milho, o outro queria feijão,
 o outro achava que a terra estava propícia para soja,
enquanto que os outros tinham opiniões diversas sobre a semeadura.
 A divisão do trabalho era feita com muita sabedoria pelo pai.
Mas uns achavam que trabalhavam mais que os outros,
chamando-os de “lesmas” e “encostados”.
Na época da colheita era outra confusão,
todos brigavam pelo direito de opinar sobre o destino da safra.
Essas brigas não dizem respeito somente ao local de trabalho,
elas estavam instaladas dentro de seu próprio lar.
 Quando sentavam para refeições era um verdadeiro campo¬de batalha,
chegando à beira da violência física.
Não havia meio dele conseguir a harmonia na família.
Queria encontrar um meio de mostrar aos filhos que eles agiam errados.
Ao fazer as preces, pedia a Deus que o ajudasse,
pois pressentia que e não tomasse alguma atitude,
sua família estaria desfeita a partir do momento em que fechasse os olhos para esta vida.
 Um dia, muito desconsolado, saiu para o trabalho e,
como sempre, pensava na busca de uma solução para o problema.
Enquanto caminhava pela plantação,
notou que havia uma grande quantidade de pedaços de galhos secos espalhados pelo chão.
Naquele momento, como inspiração Divina,
a solução para o problema da desarmonia brotou em sua mente.
Recolheu os pequenos galhos um a um e os levou para casa.
 Após a costumeira briga da hora do jantar, reuniu os filhos na sala.
Quando todos estavam sentados,
apanhou os galhos que havia recolhido pela manhã,
amarrou-os com uma corda e entregou-os aos filhos para que quebrassem.
Todos tentaram, mas não conseguiram.
Feito isso, desfez o feixe e deu os pequenos galhos um a um.
Ninguém teve dificuldade em quebrá-los.
 Sendo assim, concluiu que semelhante aos galhos,
se todos se unissem não haveria problemas ou inimigos que os “quebrassem”.
Brigando sempre, e ficando separados,
só poderiam perder e sofrer quedas.
Falou, ainda, que a união era maior fonte de harmonia dentro de um lar
e se uns tinham opiniões diferentes dos outros,
deveriam aprender a respeitá-las,
aceitá-las e trabalhar sempre para o bem comum.
 A partir daquele dia, o bom pai pendurou o “feixe de varas” na parede da sala,
como símbolo da união e lembrança do ensinamento.



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