domingo, 13 de maio de 2012

AEROPORTO DE S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP

REGIÃO
May 13, 2012 - 03:00



Novos terminais no Vale põem em xeque aeroporto de S. José

 Fachada do aeroporto de São José dos Campos; Infraero planeja investimentos no local visando movimento da Copa em 2014
Antonio Basílio/bom dia
Megaprojeto de R$ 314 milhões para novo aeródromo em Caçapava e propostas de melhorias nas pistas de Taubaté e Guará podem ‘tomar’ o lugar de São José na preferência por voos comerciais e executivos
Arthur Costa
São José dos Campos

A ‘novela’ de mais de 15 anos em torno da ampliação do aeroporto de São José dos Campos fez com que municípios menores da região ultrapassassem a ‘capital do avião’ em projetos para construção de aeródromos com o objetivo de desafogar o tráfego aéreo de grandes centros durante a Copa do Mundo no Brasil, em 2014.
Entre os projetos, o mais avançado é do CEA (Centro Empresarial Aeroespacial), de Caçapava, que deve iniciar suas obras dentro de 10 dias. Também são estudadas melhorias nos aeródromos de Guaratinguetá e Taubaté, usados pelas Forças Armadas (leia texto à página 5).
O CEA será instalado em uma área de 2,6 milhões de metros quadrados, às margens da rodovia Carvalho Pinto, a quatro quilômetros da via Dutra.
Com investimento previsto de R$ 314 milhões, o projeto é encabeçado pelo Grupo Penido e tem previsão inicial de receber jatos executivos e aviões de pequeno porte.
“Esperamos ver aviões descendo na pista no final de 2013. É uma meta arrojada, mas pretendemos trabalhar 24 horas por dia depois do início das obras”, afirmou o diretor executivo do grupo, Rogério Penido.
A escolha de Caçapava, segundo Penido, foi motivada por critérios técnicos.
“Apresentamos mais de 15 áreas para a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), sendo seis em São José. A que mais agradou a Anac foi essa, por ser paralela às pistas de São José e Taubaté”, disse Penido.

Efeito. A estimativa é que 22 mil empregos diretos sejam gerados com o empreendimento, que tem mais de 300 lotes disponíveis à venda para instalação de empresas do setor aeronáutico e hangares particulares. Cerca de 40% dos lotes já têm proprietários interessados.
 Aeroporto de São José vive impasse sobre aumento da capacidade de passageiros e cargas; prefeitura quer assumir administração, mas aguarda autorização da Sac
Sem estrutura, terminal perde passageiros
São José dos campos

Após registrar 180% de aumento no número de passageiros transportados em 2011 ante o ano anterior, o Aeroporto de São José registrou queda de 4% no movimento de pessoas no primeiro trimestre de 2012 em relação ao mesmo período de 2011.
O cancelamento de voos da companhia aérea Azul, alegando falta de estrutura para expandir seu número de voos, é apontado como o principal motivo da redução no quadro.
Entre as principais críticas das empresas aéreas estão a falta de infraestrutura do terminal, falta de vagas no estacionamento e de opções de lazer para os passageiros que aguardam seus voos.
Além da Azul, a Trip também opera em São José. São cinco voos diários.
A Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) detém a concessão do terminal até 2013 e seria responsável por obras de melhorias no local.
Em novembro do ano passado, o superintendente regional da Infraero em São Paulo, William Larry Furtado, admitiu que a atual estrutura do aeroporto não permite “situação de conforto aos passageiro” e prometeu a instalação de um MOP (Módulo Operacional de Passageiros), uma espécie de contêiner com estrutura adaptada para receber passageiros, até fevereiro.
No entanto, a Infraero, por meio de sua assessoria, informou anteontem que não há previsão para a implantação da unidade.

Pedido. Também em novembro de 2011, a Prefeitura de São José enviou à Secretaria de Aviação Civil pedido de municipalização do terminal durante audiência pública.
Após três meses de espera, o Executivo recebeu como resposta da SAC que o órgão precisaria de um ano para analisar a proposta.


ENTENDA O IMPASSEM EM SÃO JOSÉ
CriaçãoPista do aeroporto de São José dos Campos foi criada na década de 70, com o nascimento da Embraer. Antes, a via era de terra, feita pelos militares do então CTA (Centro Técnico Aeroespacial)
Início do controle
Infraero administra aeroporto de São José desde 1996. Desde então, estatal se mantém no controle do terminal por meio de seguidas concessões. A última termina em meados de 2013
Precariedade
Terminal de passageiros tem 864 metros quadrados. Superintendente da Infraero admitiu que estrutura não permite situação de conforto por parte dos passageiros. Estacionamento tem 49 vagas
Discussão
No final da década de 90, propostas para a ampliação do aeroporto de São José começaram a ganhar força. Entidades ligadas à indústria defendiam ampliação para maior geração de negócios
Uso compartilhado
Situação do aeroporto de São José é uma das únicas no país. Aeroporto é utilizado por militares, companhias aéreas e testes da Embraer. Especialistas afirmam que há espaço para todos

Empresas podem trocar São José por Pinda São José dos Campos, a 'capital do avião', está ameaçada de perder 31 empresas do setor aeronáutico para Pindamonhangaba até o ano que vem. Reclamando das políticas de fomento ao setor, o grupo planeja transferir suas atividades em busca de incentivos. As companhias atuam na fabricação de componentes para a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) e no desenvolvimento de protótipos de aviões. Juntas, elas respondem atualmente por mais de 1.500 empregos diretos no município. 'Faltam pistas de testes em São José. Elas são fundamentais para o tipo de trabalho que desenvolvemos', afirmou Lauro Ney Batista, coordenador da Cedaer (Comissão Empresarial para o Desenvolvimento Aeroespacial de São José e Região), entidade que representa o grupo. 'Além disso, não estamos conseguindo viabilizar novas áreas para ampliar as nossas atividades. Os terrenos que existem são muito caros. Em Pinda, já prometeram um terreno para a gente dentro do futuro aeroporto, que será construído na Fazenda Sapucaia', completou. Segundo Batista, a transferência do grupo vem sendo negociada desde o início deste ano com um pool de investidores que pretende construir em Pinda um aeroporto de cargas privado --projeto que ainda depende da aprovação do governo federal. A possibilidade de migração das 31 empresas coloca em xeque a política de incentivos fiscais da Prefeitura de São José, considerada tímida por especialistas. Para a oposição, os programas de isenção de impostos precisam ser revisados (leia texto nesta página). RESPALDO A Cedaer reúne empresas de pequeno e médio porte, como a Eviation Jets do Brasil e o consórcio HTA (High Tecnology Aeronautics). Quase todas iniciaram suas atividades em São José --estimuladas pela oferta de mão-de-obra e pela proximidade com a Embraer. 'Gostaríamos muito de ficar em São José, mas não conseguimos encontrar alternativas para isso. Acredito que agora é uma questão de tempo. Estamos dependendo apenas da liberação do aeroporto de Pinda pelo governo federal', disse o coordenador do grupo. A gleba pleiteada pelos investidores que pretendem construir o novo aeroporto --um terreno de 42 milhões de metros quadrados-- já foi transformada em área de utilidade pública pela Prefeitura de Pinda, medida que abre caminho para a desapropriação. Segundo a administração municipal, o futuro empreendimento deverá gerar 15 mil empregos diretos. Os nomes dos investidores responsáveis pelo projeto, no entanto, ainda são mantidos em sigilo. 'Tivemos contato com um grupo de empresários de São José que manifestou o interesse de vir para cá. É uma conversa que está bem encaminhada, mas ainda não há nada decidido ainda', afirmou o diretor de Indústria e Comércio, Alvaro Staut. ISENÇÕES Hoje, a Prefeitura de Pinda oferece isenção total de ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) e IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) por até 15 anos para novas empresas interessadas em se instalar no município -- a doação de áreas, uma das principais ferramentas do programa, foi suspensa no início de 2007 devido à falta de terras disponíveis. Desde 2005, o município já atraiu 18 empresas que, juntas, prometem gerar mais de 1.600 empregos. De acordo com dados da prefeitura, os novos investimentos somam cerca de R$ 100 milhões. Fonte: Jornal Valeparaibano http://www.aevale.com.br/empreendedorismo/netnews.cgi?cmd=mostrar&cod=184&max=10&Empresas%20podem%20trocar%20S%E3o%20Jos%E9% "APROVAÇÃO - O aval da Anac foi emitido no dia 26 de novembro de 2007 por meio do ofício de número 935. A aprovação era mantida sob sigilo pela Air Group e pela prefeitura, mas foi confirmada pela agência nacional ao valeparaibano nesta semana." http://diarioestudantildovale.blogspot.com.br/2008/08/aeroporto-de-cargas-em-pinda-previsto.html
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 13/05/2012 11:04
Vergonha pública, essa é a realidade do Aeroporto de São José. A cidade do avião não possui um aeroporto condizente com sua história. Deve haver uma alternativa para tirar a Infraero do aeroporto, não é possível que pessoas da Infraero que não são de São José, continuem esse descaso. Vergonha, vergonha, sinto vergonha de ser joseense nessas horas pois somos omissos, não lutamos por melhorias em nossa própria cidade. Cade os empresários que dependem do aeroporto,que trazem seus visitantes e profissionais de outros lugares do Brasil e do Mundo, cade a classe média e alta que usa o aeroporto de Cumbica, em vez de dar prioridade ao de São José. Nós mesmos não damos importância para São José, preferimos até pagar mais e ir mais longe do que se preocupar em peitar as administrações. Vergonha.
Comentado por Allison, 13/05/2012 10:54
Parabéns à nossa querida vizinha Caçapava, terra de gente simples e batalhadora.Aqui em Taubaté já está começando a haver reformas em hangares, e ano passado a ANAC autorizou a ampliação da pista do Aeroporto de 2km para 4,2km.O intuito é transformá-lo em Aeroporto Indústria até 2017.A pista da Carvalho Pinto extendida até a Rod. Oswaldo Cruz é mais um atrativo para se chegar de maneira mais rápida a este novo terminal,porém o mesmo será mais destinado a instalação de indústrias do setor aeronáutico.Duas empresas já usam o Aeroporto de Taubaté para fins industriais, uma delas é a First Wave que emprega hoje cerca de 110 funcionários.Muito bom ao Vale essa descentralização, pois dá oportunidade a todas as cidades, inclusive de exportar seus produtos via este aeroporto.Pinda tem ótimo parque industrial e poderá mandar os produtos pindenses ao exterior, bem como produtos do fundo do Vale.O único entrave ainda é uma área do grupo Votorantim, onde há plantação de muitos eucaliptos que atrapalhará no início as obras, mas parece que já estão resolvendo esta questão.
Comentado por Vitor Taubate, 13/05/2012 10:29
Nem puxadinho estão aprovando para SJC, que vergonha!!!! Estamos realmente estagnados no tempo, é como se estivéssemos vivendo apenas das glórias da década de 50...
Comentado por Viviane, 13/05/2012 09:52
Não jornal, pelo o que vocês mesmos escreveram, o aeroporto de São José não está em "xeque", já sofreu um "xeque-mate". Se não me engano o CEA de Caçapava está em estrada de terra ainda, ou seja, fazer algo novo é sempre melhor do que reformar. Pelo volume do investimento será um grande aeroporto ao lado de São José (cidade vizinha) e próximo a Carvalho Pinto. Uma vez pronto o CEA de Caçapava, todos os possíveis envolvidos com o projeto do aeroporto de São José pensarão diferente, ou seja, deixa do jeito que está. Porque o administrador, que faz a gestão da Azul, vai colocar vôo em São José e Caçapava? Não faz sentido...". É a consequência de 15 ANOS DE DESCASO DOS RESPONSAVEIS.
Comentado por Passos Dias Aguiar, 13/05/2012 09:30
pedir para o Emanuel voltar é msm coisa que usar o papel higienico dos dois lados k kk k kkk o povo tem que parar de ser insano e pensar um pouco mas no seu futuro seu voto tem poder...não importa se vai ser pt ou outro partido tem que ter mudanças se não vamos dizer assim a cada 4 anos..."vão se as moscas e a merda continua a mesma..
Comentado por GOMES, 13/05/2012 08:51
Enquanto a Infraero estiver por perto, absolutamente nada acontecerá. Por outro lado, esperar que o Governo Federal dê à Prefeitura o direito de municipalizar o "aeroporto", é como querer que alguém coloque a azeitona no seu pastel.
Comentado por Manoel M Oliveira Filho, 13/05/2012 08:42
Nunca pensei em fazer este comentário, mas pelo andar da carruagem do governo de SJC só posso dizer: FRAQUINHO ESTE CURY !!! Volta EMANUEL !!!!
Comentado por John, 13/05/2012 08:39
tem que tomar o posto msm, prefeito sem vergonha que só quer saber de fazer calçada com flores e autorizar espigões pela cidade ,tudo para aqui em são jose dos campos o esporte parou não tem aeroporto não tem saude ...e ainda dizem que o psdb foi o melhor partido ha ha ha ha comam a propria lingua,,até para fazer uma estrada de 2 km aqui no eugenio de melo foi necessário a embraer tomar partido porque a responsa era do cury e ele disse que não,,,teatrão parado ao inves de fazer um acordo com o sjec e fazer algo para a população não fica um baita de um terreno da quele sem ter o que fazer...( VEM LOGO CARLINHOS DE ALMEIDA SJC ESTA RESPIRANDO COM APARELHOS SALVE SJC.)O_o
Comentado por GOMES, 13/05/2012 07:25
Meus parabéns principalmente à cidade de Caçapava e ao sr.Rogério Penido por esse mega-projeto. Enqto as coisas estão "emperradas" há décadas aqui em São José dos Campos no setor civil-aeronaútico, parecendo até perseguição política dos órgãos do governo, pois segundo a reportagem, das 15 áreas sugeridas pelo mega-empresário à ANAC, 6 eram em São José e mesmo assim escolheram Caçapava; outras cidades não perdem tempo e estão investindo no segmento, pleiteando o "boom" da Copa de 2.014, provando que para se conseguir algo para a cidade, não é preciso mendigar ao governo. Se esse mega-projeto do sr. Rogério Penido - O CEA (Centro Empresarial Aeroportuário) - der certo (e tem tudo para dar), certamente a cidade de Caçapava, atrairá centenas de novas empresas do setor, e quiçá, porque não, até uma fábrica de aviões. E vou mais além, poderá até subtrair a patente de São José dos Campos de "Capital do Avião". Mais uma vez parabenizo a cidade de Caçapava, que passará de "Simpatia" para cidade "Ousadia". Aliás, alguém poderia me responder o que anda acontecendo com a toda poderosa São José dos Campos de uns tempos pra cá???? Êxodo de indústrias sem reposição de outras para compensar o prejuízo, perda de receita no PIB brasileiro, previsão de demissão em massa (GM), sindicado engessado, atitudes ultrapassadas e competência desviada (Pinheirinho) etc.... Por favor, alguém me ajuda aí!!!!!
Comentado por CASANOVA, 13/05/2012 07:24
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