REGIÃO
Jornal O VALE
March 4, 2012 - 03:18
Andarilhos se multiplicam pelas ruas e praças de S. José
K.O.S., 30, mora em um barraco na base de uma torre de energia, na Teotônio Vilela. Foto:Thiago Leon
Longe das áreas nobres, mas bem perto dos centros comerciais, eles se espalham atrás de esmolas e comida, dormem nas portas das lojas e abordam clientes; problema resiste às ações do Poder Público
Chico Pereira
São José dos Campos
Longe da vista dos espigões do Jardim Aquarius e dos condomínios residenciais horizontais que concentram a classe média-alta, São José dos Campos convive com uma realidade social de miséria que resiste às ações do Poder Público.
É visível e crescente o número de andarilhos e pedintes que perambulam pelas ruas, concentrados principalmente no centro e arredores, se queixam comerciantes e moradores da região.
O VALE flagrou cenas que muita gente evita enxergar. Moradores de rua permanecem acampados em praças do centro, como Padre João (Matriz), João Mendes (Sapo), entre outras.
Nos gramados bem cuidados do anel viário é possível encontrar grupo de andarilhos embaixo de árvores, transformadas em varais e ‘moradias’.
Em cruzamentos, como da avenida Benedito Matarazzo com Nelson D’Ávila, nas imediações do hipermercado Extra, não raro crianças aproveitam o sinal fechado para abordar motoristas.
A base de uma das torres de transmissão de energia elétrica em um terreno na avenida Teotônio Vilela (Fundo do Vale), no sentido Vila Industrial, abriga um barraco improvisado onde uma mulher de 30 anos mora há dois meses.
Em frente à torre, um pequeno córrego é utilizado por andarilhos para tomar banho e lavar roupas.
Em avenidas como Nelson D’Ávila e Nove de Julho é comum encontrar pedintes rondando estabelecimentos comerciais, especialmente de alimentação.
“O dia todo é possível encontrar pedintes na avenida. Muitos, inclusive, bem vestidos, que não se intimidam e até ameaçam as pessoas que se recusam a dar dinheiro”, relatou Jorge Ribeiro, da Pluma Colchões, na avenida Nelson D’Ávila.
O presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), Felipe Cury, disse desconhecer o fato. “Não tenho conhecimento ”, afirmou.
São José dos Campos
Longe da vista dos espigões do Jardim Aquarius e dos condomínios residenciais horizontais que concentram a classe média-alta, São José dos Campos convive com uma realidade social de miséria que resiste às ações do Poder Público.
É visível e crescente o número de andarilhos e pedintes que perambulam pelas ruas, concentrados principalmente no centro e arredores, se queixam comerciantes e moradores da região.
O VALE flagrou cenas que muita gente evita enxergar. Moradores de rua permanecem acampados em praças do centro, como Padre João (Matriz), João Mendes (Sapo), entre outras.
Nos gramados bem cuidados do anel viário é possível encontrar grupo de andarilhos embaixo de árvores, transformadas em varais e ‘moradias’.
Em cruzamentos, como da avenida Benedito Matarazzo com Nelson D’Ávila, nas imediações do hipermercado Extra, não raro crianças aproveitam o sinal fechado para abordar motoristas.
A base de uma das torres de transmissão de energia elétrica em um terreno na avenida Teotônio Vilela (Fundo do Vale), no sentido Vila Industrial, abriga um barraco improvisado onde uma mulher de 30 anos mora há dois meses.
Em frente à torre, um pequeno córrego é utilizado por andarilhos para tomar banho e lavar roupas.
Em avenidas como Nelson D’Ávila e Nove de Julho é comum encontrar pedintes rondando estabelecimentos comerciais, especialmente de alimentação.
“O dia todo é possível encontrar pedintes na avenida. Muitos, inclusive, bem vestidos, que não se intimidam e até ameaçam as pessoas que se recusam a dar dinheiro”, relatou Jorge Ribeiro, da Pluma Colchões, na avenida Nelson D’Ávila.
O presidente da ACI (Associação Comercial e Industrial), Felipe Cury, disse desconhecer o fato. “Não tenho conhecimento ”, afirmou.
‘Área de lojas é mais visada por pedintes’
São José dos Campos
Comerciantes e moradores do centro são unânimes em afirmar que a mendicância na região é crescente.
Na avenida Nelson D’Ávila, um dos principais corredores de entrada da cidade, os pontos mais visados pelos pedintes e andarilhos são os estabelecimentos que trabalham com alimentação.
“É lamentável ver os pedintes pararem nos bares e lanchonetes da avenida, que é a entrada da cidade”, disse Luís Fernando dos Santos, do Espaço Universitário.
“Acho que parte dos pedintes quer dinheiro para comprar drogas”, afirmou.
Segundo relato de comerciantes da avenida, outro ponto bastante visado são os cursinhos preparatórios para vestibular do corredor viário.
“Normalmente, os andarilhos param na porta das escolas para pedir dinheiro para os estudantes”, contou Edilson Cesar Vieira, que trabalha em um trailer na avenida.
“Toda hora passa pedinte aqui. É um problema sério”, afirmou um comerciante da avenida Nove de Julho, que prefere não se identificar.
“Alguns são insistentes e até brigam com as pessoas”, completou o empresário.
Arredios. De modo geral, a maioria dos andarilhos e pedintes é arredia a qualquer abordagem e chega mesmo a fazer ameaças. K.O.M.S, 30 anos, concordou em conversar com O VALE.
Ela mora em um barraco improvisado na base de uma torre de energia elétrica, na avenida Teotônio Vilela.
A mulher diz que está acampada no local há dois meses depois de ser expulsa de um barracão na mesma avenida.
“Eu morava no Torrão de Ouro 1. Saí de lá porque não fui pras casas da prefeitura. Meus quatro filhos estão espalhados em casa de parentes”, afirmou a mulher.
São José dos Campos
Comerciantes e moradores do centro são unânimes em afirmar que a mendicância na região é crescente.
Na avenida Nelson D’Ávila, um dos principais corredores de entrada da cidade, os pontos mais visados pelos pedintes e andarilhos são os estabelecimentos que trabalham com alimentação.
“É lamentável ver os pedintes pararem nos bares e lanchonetes da avenida, que é a entrada da cidade”, disse Luís Fernando dos Santos, do Espaço Universitário.
“Acho que parte dos pedintes quer dinheiro para comprar drogas”, afirmou.
Segundo relato de comerciantes da avenida, outro ponto bastante visado são os cursinhos preparatórios para vestibular do corredor viário.
“Normalmente, os andarilhos param na porta das escolas para pedir dinheiro para os estudantes”, contou Edilson Cesar Vieira, que trabalha em um trailer na avenida.
“Toda hora passa pedinte aqui. É um problema sério”, afirmou um comerciante da avenida Nove de Julho, que prefere não se identificar.
“Alguns são insistentes e até brigam com as pessoas”, completou o empresário.
Arredios. De modo geral, a maioria dos andarilhos e pedintes é arredia a qualquer abordagem e chega mesmo a fazer ameaças. K.O.M.S, 30 anos, concordou em conversar com O VALE.
Ela mora em um barraco improvisado na base de uma torre de energia elétrica, na avenida Teotônio Vilela.
A mulher diz que está acampada no local há dois meses depois de ser expulsa de um barracão na mesma avenida.
“Eu morava no Torrão de Ouro 1. Saí de lá porque não fui pras casas da prefeitura. Meus quatro filhos estão espalhados em casa de parentes”, afirmou a mulher.