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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

BRASILEIRO APLICA GOLPE NO COMANDANTE DA POLÍCIA NACIONAL DE ANGOLA



Comandante da Polícia na Maianga assina ordem para o seu próprio despejo

O comandante da Polícia Nacional no distrito da Maianga, Orlando Pedro, assinou a ordem de despejo para que ele mesmo abandone o apartamento em que vive no Alvalade, depois de a juíza Iracelma de Azevedo, da 2º secção do cível e administrativo do Tribunal de Luanda, ter dado provimento à queixa apresentada pelo antigo arrendatário da residência hoje ocupada pelo oficial superior.
O PAÍS apurou que antes da entrada do oficial no espaço, Manuel Diogo arrendara ao arquitecto Gilberto Vika, que supostamente subarrendou o apartamento a uma terceira pessoa e rumou para o Brasil.
Quando o legitimo proprietário teve conhecimento que o inquilino rumara para o Brasil subarrendando antes disso o seu apartamento, decidiu afastar o subarrendatário do apartamento porque dizia não o conhecia, nem havia feito um contrato com o inquilino em causa.
“Curioso é que a pessoa que subarrendou a casa apresentou um contrato onde constava a assinatura do próprio dono da casa, mas depois constatou-se que era fruto de um scanner do contrato original efectuado com o homem que foi para o Brasil”, explicou a fonte deste jornal.
Perante este facto, o senhorio decidiu encerrar o seu apartamento e procurou um novo arrendatário, no caso o comandante da Polícia no distrito da Ingombota, Orlando Pedro, que teve conhecimento da existência do espaço por intermédio de um familiar directo, um conhecido Dj da capital.
Orlando Pedro desembolsou cerca de 27 mil dólares norte-americanos ao senhorio, que dias depois rumou para Portugal, onde tem estado nos últimos tempos. Acredita-se que nesta fase o oficial superior não tenha sido informado que tramitava nos corredores do Tribunal Provincial de Luanda um processo apresentado pelo primeiro inquilino.
Um mês depois de ter passado a residir no apartamento, Orlando Pedro, que estava dispensado do serviço por razões médicas, recebeu um telefonema no qual alguém lhe pedia que anuísse ao pedido de requisição de força policial efectuado pelo Tribunal Provincial de Luanda para proceder ao despejo numa residência no município da Maianga.
Adoentado e longe de imaginar que o despejo estava relacionado com o apartamento que ele próprio arrendara, o oficial ainda sugeriu ao solicitante que procurasse pelo segundo comandante da esquadra que ele dirige na Maianga. Este, por sua vez, depois de entrar em contacto com os documentos, aconselhou que fosse o comandante principal a assinar o pedido da juíza Iracelma de Azevedo.
O pedido foi então encaminhado para o apartamento do comandante que não teve qualquer problema em assiná-lo. As fontes de O PAÍS salientaram que, sem desconfiar de nada, Orlando Pedro ainda aconselhou os seus subordinados que quando fossem efectuar o despejo contassem com o apoio do 2º comandante do distrito da Maianga, o responsável da Investigação Criminal e três agentes da corporação.
Conta a fonte deste jornal que dois dias depois a advogada de Gilberto Vika e os oficiais de justiça dirigiram-se ao apartamento e, para surpresa do 2º comandante da Maianga e os agentes que o acompanhavam, encontraram o oficial superior na qualidade de inquilino que, em princípio, devia ser despejado: Orlando Pedro.
“Os policiais assustaram-se e o próprio comandante também. Foi o filho quem abriu a porta e informou ao pai que havia uns polícias lá fora e queriam falar com ele. Por ironia, ele também não sabia o que se estava a passar e telefonou imediatamente ao senhorio em Lisboa para contar-lhe o sucedido. E este disse que nada disso podia acontecer”, contou uma fonte próxima ao comandante, acrescentado que “Orlando Pedro não tem nada a ver com o processo, porque ele foi movido contra o proprietário da casa que ele arrendou enquanto a sua está em reparação”. O PAÍS apurou que o comandante deve deixar o apartamento ainda esta semana, mas havia a promessa de a advogada do senhorio, Clementina Cardoso, interpor um recurso no Tribunal Provincial de Luanda para que o despejo fosse travado.
Consta que a decisão da juíza Iracelma de Azevedo, da 2ª secção do cível e administrativo do Tribunal Provincial de Luanda, tenha sido tomada em velocidade cruzeiro, ao ponto de a advogada Clementina Cardoso não ter sido contactada para apresentar os argumentos do seu cliente, que habita em Portugal, e não concordou com o facto de o arquitecto ter subarrendado o seu apartamento.
DEFESA NÃO COMENTA
Contactada por este jornal para comentar se apresentou um recurso ou que não estava a par da decisão do Tribunal, a advogada Clementina Cardoso, a defensora do senhorio, limitou-se apenas a responder: “quanto a isso não lhe posso dizer nada. Lamento que não possa fazer isso”. Apesar da insistência de O PAÍS, a defensora soltou somente que “estou a defender o meu cliente, que é o dono do apartamento”, acrescentando que “o comandante não tem nada a ver com o meu cliente. Mas não lhe posso dizer porque a acção não foi movida contra o comandante”.


Inquilino inicial não fala
Com suspeitas de que o processo não tenha seguido os trâmites normais, como por exemplo a presença da advogada de defesa durante os julgamentos ou no dia em que foi ditada a sentença, O PAÍS tentou ouvir a advogada do arquitecto Gilberto Vika, mas não foi bem sucedido.

O jornal procurou então o próprio queixoso, Gilberto Vika, para saber se tinha subarrendado o apartamento a um outro inquilino e se havia deixado com este um contrato de arrendamento forjado, como asseguram pessoas ouvidas por esta publicação.
Através de uma fonte próxima mandou dizer que “não é muito bom falar sobre isso porque já houve uma decisão judicial”.
Segundo o intermediário, Vika disse ainda que “não quero fazer comentários públicos, uma vez que o processo em tribunal já está concluído e existe também o segredo de justiça”


Dani Costa
14:39
4

Comentários

  1. Kt Pedro
    2012-02-07 13:36:20
    O que faz a preguiça mental? Com certeza o Comandate da Maianga não deu importancia ao documento que ele proprio assinou, da nisto, o que fazer? nada agora tem de cumprir com a decisão do tribunal. Em Angola casos como este é comum nos nossos diregente, assinam documento de valores elevados, depois recai a culpa nos seus subordinados. Senhores parem de assinar documentos atoa, se tem pressa. assina outro dia, primeiramente deve ler, interpretar,caso tenha duvida recorrer a um conhecedor da matéria, não sejam imbecil. lEMBRA-SE QUE NINGUEM XTE MUNDO É OMONICIENTE
  2. Joao Neto
    2012-02-07 13:35:09
    Estamos perante um caso com mtas nuances, não acredito que o tribunal não tenha recebido informações sobre o curso dos acontecimentos e notado os indícios de "vícios" nele constante, arrendado, subarrendado, possível falsificação de assinatura, recurso etc, etc. Não sabemos que tipo de investigação/analise dos factos foi feita e porque quem, o tribunal decidiu em função do que,... tem gato escondido com rabo de fora... que a razão seja dada a quem o tem
  3. Fim
    2012-02-07 12:35:45
    Tudo relacionado com corrupcao
  4. Vicente Neto
    2012-02-07 10:08:24
    Cá fica um alerta para todos os angolanos, quando fechamos um olho devemos manter o outro bem aberto, porquanto existem pessoas que se querem beneficiar em detrimento das fraquezas de outrem, no entanto, antes de assinar um documento, devemos lê-lo plenamente e perceber o conteúdo nele patente, deste modo para que possamos evitar cenas constrangedoras do gênero e possivelmente aniquilar quaisquer pretensões heréticas de certas pessoas..

quinta-feira, 10 de março de 2011

Luanda acolhe feira internacional da aviação















Reportagem

Luanda acolhe feira internacional da aviação



Domingos dos Santos| - 09 de Março, 2011
Luanda vai transformar-se, nos dias 4 e 5 de Junho próximo, na capital da aviação. Mais de cinco mil pessoas são aguardadas na capital angolana, para participarem na primeira Feira Internacional da Aviação em Angola (EXPO AEREO ANGOLA), numa iniciativa da empresa FLY EMI, em parceria com a Força Aérea Nacional (FAN). O director-geral da empresa, Emerson Raposo, considerou, em entrevista ao Jornal de Angola, que a feira é uma oportunidade para o estabelecimento de parcerias empresariais, lançamento de novos produtos e do primeiro emprego. Avaliada em mais de 400 mil dólares, a feira vai ter a participação de transportadoras aéreas nacionais e estrangeiras.


Jornal de Angola - Como surgiu a ideia de organizar uma Exposição Internacional Aérea em Angola?

Emerson Raposo –
Quero antes dizer que sou uma pessoa apaixonada pela aviação. Tenho um contacto muito forte com a indústria aeronáutica. Sou filho de pessoas que viveram da aviação, apesar de, infelizmente, os meus pais já serem falecidos. Os meus tios também são pilotos. Respondendo agora à sua pergunta, devo dizer que a ideia surge da necessidade de, nós angolanos, mostrarmos ao mundo que somos capazes. A feira justifica-se, também, com o facto de Angola ter um grande mercado de aviação, com a necessidade de estabelecermos novos métodos, novos objectivos no mercado de aviação interno, para que haja qualidade de serviço na aviação nacional. Este tipo de feira é o local onde as companhias aéreas podem estabelecer novos acordos de negócios e resolver divergências.

JA – Como avalia a competitividade no mercado da aviação?

ER -
Estamos num mercado onde a competitividade, na minha opinião, não é tomada de maneira leal, porque há pouca cooperação entre as companhias aéreas. Por exemplo, uma determinada companhia cancela o seu voo e os passageiros ficam em terra! Num mundo moderno, numa sociedade onde a aviação se faz presente de maneira correcta, você que cancela os seus voos, automaticamente metade ou todos os passageiros são transferidos para outra companhia que os vai transportar para o mesmo destino. Quer dizer que os clientes não ficam atirados à sua sorte. Temos cá entidades que regulam a actividade aeronáutica no país. Cada um faz o que pode, mas acho que esta feira vem para realçar este tipo de situações, para haver acordos de negócios, analisarmos o nosso mundo da aviação, criar novos produtos. Defendo, por exemplo, o conceito de que sem aviação não temos turismo porque, para o desenvolvimento do turismo no país, precisamos de criar pacotes, viagens e bilhetes promocionais. Como vemos na Europa, você paga um bilhete de passagem e viajam duas pessoas.

JA – O que falta no nosso mercado para que esse tipo de incentivos seja concretizado?

ER -
Nós também podemos fazer essas promoções, mas as pessoas precisam de ser incentivadas para que isso aconteça. Precisamos de despertar as operadoras nacionais e internacionais para que criem este tipo de produtos e serviços para os seus clientes em Angola, tal como acontece noutras paragens.

JA – A feira não vai ser apenas uma simples exposição de aviões que marcaram várias épocas da história da aviação?

ER –
A feira, em princípio, vai ser nos dias 4 e 5 de Junho, um mês conhecido como o da criança. Aproveitamos esta ocasião para oferecer às nossas crianças a oportunidade de voltarem a sonhar. Sabemos que, antigamente, quando se perguntava a uma criança o que pretendia ser no futuro, muitas diziam que queriam ser pilotos. Então, queremos dar essa oportunidade às crianças de viverem o sonho da aviação, de estarem dentro do avião, de um cockpit, e entender o que é um avião, o serviço de hospedeira, as responsabilidades dos pilotos. Assim, as crianças vão ter um motivo para sonhar, mesmo que não venham a ser pilotos ou hospedeiras. Aquele momento mágico vai proporcionar-lhes muitas emoções, vai ser uma coisa ímpar! Este é também um dos nossos objectivos com a realização da feira, para além, é claro, da necessidade de interligar as companhias aéreas.

JA – Que atracções os visitantes vão ter durante os dois dias da feira?

ER –
Dentro do evento, vamos ter outras atracções, como um show aéreo, em parceria com a Força Aérea Nacional, acrobacias com aviões que vêm da África do Sul, uma conferência de imprensa onde vamos abordar assuntos que têm a ver com a gestão aeroportuária, o processo de certificação das companhias aéreas, a relação entre as transportadoras e as agências de viagens e como as companhias aéreas podem promover o turismo, colaborando com o Ministério da Hotelaria e Turismo. Vamos ter também espectáculos musicais com vários artistas da nossa praça.

JA – Que aviões as pessoas que visitarem a feira vão ter oportunidade de ver?

ER –
Vamos encontrar todo o tipo de aviões, desde comerciais, executivos e militares. Há muita gente que desconhece o equipamento da nossa Força Aérea Nacional, que neste momento está bem actualizado, com Migs de última geração e muitas outras novidades. Isso tudo vai proporcionar uma emoção às pessoas que visitarem a feira. Temos, também, muita gente que já viajou, mas nunca entrou num avião executivo. Com esta feira, essa gente vai sentir aquela emoção que é estar num avião deste tipo, vai sentir, entender a sua configuração. Mas temos outras actividades que ainda estão em análise.

JA – Para além da TAAG e da Força Aérea Nacional, que outras companhias vão estar presentes na feira?

ER –
Estamos a contar com a participação de 60 transportadoras aéreas e agências de viagem. Vamos ter a participação da Sonair, do Grupo Sonangol, das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), Transportadora Aérea de Portugal (TAP) e da British Airways (Reino Unido), uma companhia muito conceituada e respeitada a nível internacional, com a qual, inclusive, estamos em negociações para a publicação do evento numa das mais populares revistas dessa companhia britânica. Vamos ter também a presença da Lufthansa, da Alemanha, da Brussels, da Bélgica, da TAAG, a Angola Air Service, Puma Air, uma companhia que vai abrir brevemente os seus serviços no país, a Diexim, a Fly 540 e Kenya Airways. Portanto, todas as companhias angolanas e estrangeiras que operam no mercado nacional já foram convidadas e temos a sua confirmação. As mesmas estão motivadas a participar na nossa feira. As agências de viagens, como a Paccitur e a Tropicana, umas das agências mais antigas do mercado, estão muito empolgadas com a ideia da feira e já confirmaram também a sua presença. Este é um evento que vai merecer um grande destaque. Estamos a prever trabalhar com o Instituto Nacional da Criança, por causa das crianças. Todas as crianças que adquirirem os convites a partir das escolas têm um desconto significativo, na medida em que vamos estar no mês dedicado a elas. Queremos ver a emoção delas ao estarem perto de todos aqueles aviões.

JA – Um evento dessa natureza e com a campanha de publicidade e marketing que vai ser feita, em termos de adesão, quantas pessoas vocês esperam que venham a visitar a feira durante os dois dias?

ER –
Em função da ansiedade e da expectativa que vai ser criada pela campanha de marketing e publicidade, nós estamos a prever receber durante a exposição mais de cinco mil pessoas.

JA – Existe uma grande reclamação sobre os serviços prestados por algumas companhias aéreas. O que é que a organização da feira tem para mostrar aos visitantes neste capítulo?

ER –
O público-alvo desses serviços vai fazer-se presente. Obviamente, muitos estão satisfeitos pelos serviços prestados pelas companhias aéreas e outros não. Mas isso é mesmo assim, não há lugar onde tudo funcione perfeitamente. Mas acreditamos que, a partir da realização da feira, as coisas podem, eventualmente, mudar para melhor ou ter um começo para a mudança. Não podemos continuar no estado em que estamos! Os clientes vão ter a oportunidade de manifestar as suas preocupações ou interesses quanto aos serviços prestados pelas companhias. Acredito que vamos ter um bom feedback dos nossos visitantes, no sentido de que os passageiros possam fazer pesquisas de outras companhias em que normalmente não estão habituados a viajar.

JA – Acha que a indústria aeronáutica em Angola é suficientemente atractiva para que os jovens sigam, por exemplo, o ramo da aviação?

ER –
Há muitos jovens interessados, tal como acontece noutros sectores. O problema é que estamos um pouco limitados em termos de escolas de aviação, pois a única e a melhor que temos aqui é a da Força Aérea Nacional, localizada no Lobito, província de Benguela. Tenho conhecimento da existência de outras escolas que tentam fazer alguma coisa. Há muita adesão. Temos um número muito grande de jovens a fazerem cursos de assistente de bordo no Brasil e em Portugal. A aeronáutica é um ramo que exige alguma formação específica para se poder ser admitido, mas a verdade é que há muitos jovens com pretensões de entrar nesse mundo dos aviões.

JA – Levar jovens a interessar-se mais pela aviação vai ser também um dos objectivos da feira?

ER –
Exactamente! E é por isso que todos os expositores vão estar abertos à recepção de candidaturas de quem esteja interessado a entrar para a aviação. O que nós pretendemos é juntar o útil ao agradável. Cada stand vai ter um espaço onde vai receber os visitantes e os eventuais candidatos a um emprego no ramo da aviação. Os expositores vão poder não responder na hora, mas vão analisar os currículos. Obviamente, vai ser a oportunidade do primeiro emprego para muita gente.

JA – Uma organização desse género exige muitos custos financeiros, meios materiais e mobilização de pessoal. Vocês estão preparados para um projecto de tamanha envergadura?

ER –
Estamos preparados para essa grande realização. Obviamente, contamos com alguns apoios, que já estão garantidos. Estamos em negociações com outras entidades públicas e privadas. Em princípio, esse é um projecto que arrancou com custos próprios e, na devida altura, vamos anunciar as pessoas e empresas que aceitaram juntar-se a nós para a realização da feira.

JA – Em termos de custos financeiros, em quanto está avaliada a feira?

ER –
Esse é um projecto avaliado em mais de 400 mil dólares. Só para ter uma ideia, em publicidade vão ser investidos cerca de 100 mil dólares. Vamos elaborar catálogos vip e fazer a montagem dos stands. Quer dizer: é um projecto que vai ter um investimento muito alto, mas é obvio que esperamos ter um retorno. Aliás, tudo o que é relacionado com a aviação é muito caro. A aviação é chamada de negócio de milionário, porque tudo parte apenas de milhões e não de 300 mil dólares. É um negócio de milhões que gera milhões.