Mostrando postagens com marcador Lobby. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Lobby. Mostrar todas as postagens

sábado, 26 de maio de 2012

CACHOEIRA COME NA PAPUDA A MESMA COMIDA QUE ELE " VENDEU"


26/05/2012 00h00 - Atualizado em 26/05/2012 00h04
TAMANHO DO TEXTO

A quentinha de Cachoeira

Uma empresa de alimentos defendida pelo bicheiro é investigada pelo Ministério da Justiça, sob suspeita de formação de cartel no Rio de Janeiro

MURILO RAMOS, COM MARCELO ROCHA
Enviar por e-mail
|
Imprimir
|
Comentários
FORNECEDORA Um veículo da Cial faz entrega nas dependências do Palácio do Planalto. A empresa contou com lobby de Cachoeira para conseguir contrato em Goiás  (Foto: Igo Estrela/ÉPOCA)
Até o dia 29 de fevereiro deste ano, quando foi preso, o bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, estava acostumado à gastronomia de luxo. Entre os milhares de gravações captadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, há ocasiões em que se ouve Cachoeira tratando de jantares e da degustação de bons vinhos com o senador Demóstenes Torres (“Quero saber a que horas você vem, para... decantar o vinho”, diz Demóstenes). Na prisão, a realidade é outra. As regras do presídio da Papuda, em Brasília, permitem a entrada de poucos alimentos externos. Cachoeira tem de se virar com a comida da cadeia. Por coincidência, trata-se da comida que ele mesmo patrocinou, por meio de lobby para influenciar o resultado de concorrências. Uma das três fornecedoras de marmitas para os mais de 11 mil presos da Papuda é a empresa Cial Comércio e Indústria de Alimentos. De acordo com a investigação da polícia, no ano passado Cachoeira trabalhou para que a Cial ganhasse contratos com o governo de Goiás.
A Cial é uma empresa goiana. Além de servir à Papuda, ela administra dois restaurantes e fornece lanches, coquetéis e outras refeições para servidores do Palácio do Planalto. O contrato com a Presidência da República, firmado em 2008, já lhe rendeu R$ 27 milhões. Nem todo contrato, porém, pode lhe trazer benefícios. Há quase dois meses, a Secretaria de Direito Econômico (SDE) abriu uma investigação sobre o contrato da Cial e outras 16 empresas com o governo do Rio de Janeiro. Responsável por investigar práticas lesivas à concorrência, em agosto de 2009 a SDE recebeu a denúncia de que 17 empresas haviam formado um cartel para s burlar uma concorrência para fornecer marmitas a presídios. A Cial encabeça a lista das denunciadas. Órgão do Ministério da Justiça, a SDE só inicia uma investigação se houver indícios contundentes de condutas desleais. No caso do Rio, a SDE identificou propostas de preços idênticos, falta de competição e elos entre as participantes. A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro afirma não ter encontrado irregularidades na concorrência. Nos últimos anos, a Cial recebeu cerca de R$ 30 milhões do governo de Sérgio Cabral (PMDB).

INVESTIGADA Trecho de documento da Secretaria de Direito Econômico.  A Cial é investigada por  suspeita de formação de cartel  no Estado do Rio  de Janeiro  (Foto: reprodução)

Na investigação da PF sobre o esquema de Cachoeira, a Cial aparece como uma empresa defendida pelo bicheiro. Em conversa com um interlocutor identificado apenas por Michel, no dia 9 de agosto do ano passado, Cachoeira afirma que a Cial deveria ser favorecida por uma decisão judicial para fornecer marmitas ao presídio de Aparecida de Goiânia, o maior de Goiás. Cachoeira pretendia afastar do contrato uma concorrente, a Coral. Michel pergunta a Cachoeira se a Cial era do bicheiro. “Não é minha não, rapaz”, diz Cachoeira. “É de amigos. É Cial. A nossa é a Cial.” Sem entender direito o que Cachoeira diz, Michel pergunta se é Cial ou Coral. “Não. É para ser a Cial. A Coral tem de levar ferro”, diz o bicheiro.
Cachoeira pretendia afastar a concorrente para que a Cial fornecesse marmitas
a um presídio de Goiás
 
Um mês antes desse diálogo, Cachoeira conversara sobre o assunto com o ex-vereador de Goiânia Wladmir Garcez (PSDB). Segundo a PF, Garcez era um de seus principais auxiliares da organização criminosa. Numa gravação, Garcez afirma a Cachoeira que um interlocutor ligara para o então procurador-geral do Estado, Ronald Bicca, para “tirar a Coral do processo”. Garcez e Cachoeira cogitam pedir ajuda ao senador Demóstenes para favorecer a empresa de seus amigos. A Cial não foi beneficiada pela Justiça porque o juiz que analisou o caso entendeu que a Coral tinha o direito de fornecer as marmitas. Meses depois, devido a dificuldades financeiras da concorrente, a Cial conseguiu fornecer parte das marmitas. Mencionado em outras conversas entre Cachoeira e seus comparsas, o procurador Bicca deixou o cargo após a deflagração da Operação Monte Carlo.

A Cial enfrenta contestações sobre a qualidade de seus produtos servidos no Distrito Federal. De acordo com relatórios da Secretaria da Saúde do DF, a Cial serviu alimentos contaminados a pacientes de um hospital público de Brasília. Foi constatado, também, o reaproveitamento de refeições. A Secretaria da Saúde apontou ainda superfaturamento no preço de itens fornecidos. A empresa corre o risco de ser considerada “inidônea” pelo governo do DF. Frederico Valente, proprietário da Cial, nega que sua empresa tenha participado de cartel no Rio de Janeiro. Valente diz não conhecer Cachoeira nem saber por que ele usou o nome da Cial em suas conversas. Valente admite conhecer Garcez, mas diz nunca ter conversado com ele sobre o contrato da prisão de Goiás. Valente afirma, ainda, que a Cial enfrentou problemas pontuais no fornecimento de refeições para um hospital de Brasília, mas que todos foram sanados. Como consumidor das refeições oferecidas pela Cial na Papuda, Cachoeira pode agora avaliar melhor os serviços da empresa que defendeu.
  

domingo, 9 de outubro de 2011

QUEM ESTÁ POR TRÁS DO LOBBY DAS CAVAS ( EXTRAÇÃO ) DE AREIA EM S. JOSÉ DOS CAMPOS/SP?


NOSSA REGIÃO
Jornal O VALE
October 9, 2011 - 03:48

Ambientalistas fazem dossiê para barrar extração de areia

Cava de areia em São José dos Campos
Thiago Leon
Ofensiva se contrapõe à proposta que tramita na câmara para regulamentar a exploração nas várzeas do Paraíba em São José
Beatriz RosaSão José dos Campos
Ambientalistas de São José se uniram em uma frente para barrar a regulamentação da exploração de areia na cidade, proibida há 17 anos. O grupo elaborou um dossiê com levantamento fotográfico e dados sobre os estragos provocados pela extração de areia nas cidades da região. Já foram distribuídas 75 cópias.
A ofensiva faz frente à proposta que tramita na Câmara de São José para regulamentar a exploração nas várzeas do Paraíba em São José. A proposta tem a simpatia de um grupo de vereadores que trabalha em prol de um projeto de liberação mais restritivo e com maiores contrapartidas ambientais.

Estudo. O estudo de 65 páginas traz informações sobre o processo de mineração no Vale que teve início na década de 50. O estudo faz uma abordagem sobre os modelos de extração e seus impactos na bacia do Paraíba, além de mostrar os passivos ambientais não recuperados.
Segundo o ambientalista do grupo Consciência Ecológica, Lincoln Delgado, o documento elaborado pela Câmara técnica do Comam (Conselho Municipal de Meio Ambiente) tem o propósito de ampliar o debate sobre a retomada da extração de areia em São José. O Comam protocolou moção contrária a liberação da extração.
“São várias informações acadêmicas produzidas por universidades e institutos de pesquisa e que precisavam chegar a até a população, que esclarecida sobre o tema possa dar sua opinião”, disse Lincoln.
Segundo ele, o estudo foi distribuído para entidades de classe e religiosas, e para os prefeitos das cidades onde a exploração de areia é permitida --de Jacareí a Pindamonhangaba. Em outra frente cópias também serão encaminhadas à universidades e escolas públicas e particulares. “Nossa próxima etapa é distribuir o material em CD para todas as escolas da cidade.

Reação. O presidente da Câmara, Juvenil Silvério (PSDB) afirmou que todas as contribuições são bem vindas no debate sobre a areia. Segundo ele, a Câmara deverá fazer um relatório sobre a audiência pública e convocar nova audiência.
Presidente da Comissão de Legislação Participativa, o vereador João Tampão (PTB) que articula a elaboração do projeto afirmou não haver previsão para retomar o debate.


SAIBA MAIS
LegislaçãoDesde1994, legislação municipal proibe a extração de areia nas várzeas do Paraíba em São José. Na Câmara, vereadores discutem a liberação da extração

Revisão MineráriaEm abril de 2012, a secretaria de Meio Ambiente pretende apresentar a revisão minerária do Estado. A meta é verificar quais cidades da bacia do Paraíba possuem recursos minerários

EstudoO  estudo traz informações como o número de cavas nas várzeas do Paraíba (311 cavas, destas 230 estão inativas. Das 81 ativas, 50 estão irregulares). Interessados podem obter cópia pelo e-mail 
meioambientesjc@gmail.com

Estado quer ampliar áreaSão José dos CamposA Secretaria Estadual de Meio Ambiente pretende apresentar o novo mapa minerário da bacia do rio Paraíba do Sul em abril de 2012, identificando em quais áreas a extração será permitida.
E como parte dessa estratégia, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) assinou decreto nessa semana criando a subsecretaria de Mineração, ligada a Secretaria de Energia do Estado. De acordo com o Governo, a nova subsecretaria tem o objetivo de elaborar e executar políticas públicas para o setor, além de contribuir para o desenvolvimento da mineração paulista de forma sustentável e em harmonia com o uso e ocupação do solo.

Fiscalização. Contrária a exploração minerária em São José, a vereadora Renata Paiva (DEM) afirmou ser positiva a criação da subsecretaria em razão da falta de punição e de fiscalização da atividade. “Espero que eles enxerguem e exijam a recuperação daquilo que já se explorou.”
O presidente do Instituto Eco-Solidário, Jeferson Rocha disse que na iminência da ampliação do zoneamento minerário, São José deve se antecipar e fazer lei que regularize a extração mais restritiva.
 Cava de areia próxima da vargem do rio Paraíba, em Caçapava; segundo especialistas, a extração prejudica a qualidade da água

terça-feira, 22 de março de 2011

O MOTIVO DA VINDA DO OBAMA AO BRASIL., LEIAM!!!

Estados Unidos creem que lobby pró-Boeing deu certo
22 de março de 2011 | 9h 01


AE - Agência Estado

Os Estados Unidos acreditam ter começado a virar o jogo favorável à França no processo de compra de caças para a Força Aérea Brasileira (FAB). Na sexta-feira, véspera do encontro entre os presidentes Dilma Rousseff e Barack Obama, os líderes dos dois partidos americanos no Senado enviaram ao governo brasileiro carta conjunta na qual expressaram apoio à venda dos aviões Boeing F-18 Super Hornet. No texto, democratas e republicanos indicaram que o contrato e a oferta de transferência de tecnologia não sofrerão mudanças posteriores. A informação foi confirmada por duas autoridades do governo americano.

Segundo essas fontes, coube à própria Dilma levantar a questão na conversa com Obama. A presidente introduziu o tema no momento em que abordava a necessidade de os dois países iniciarem um diálogo sobre a modernização do comércio bilateral, adotando uma "visão de futuro". A compra de caças, explicou Dilma, poderia representar um meio de Brasil e EUA explorarem interesses específicos e construírem uma relação concreta também em transferência de tecnologia e capacitação de recursos humanos.