quinta-feira, 3 de maio de 2012

OGMA E A EMBRAER


NOSSA REGIÃO
Jornal O VALE
May 3, 2012 - 03:01

Embraer começa a operar até setembro fábrica em Portugal

Frederico Curado (esq.), presidente da Embraer, José Sócrates, primeiro-ministro português, José
Divulgação
Produção plena deve ser atingida só em 2013 em unidade considerada fundamental para ‘internacionalização’ da empresa
Arthur Costa
São José dos Campos

A Embraer, de São José, inicia entre agosto e setembro a produção em sua nova unidade em Évora, Portugal, a primeira da empresa destinada à fabricação de partes de aeronaves na Europa.
O complexo, instalado em uma área de 877 mil metros quadrados, empregará até 600 funcionários diretamente e atuará na produção de materiais compostos e estruturas metálicas.
Fruto de um investimento de 170 milhões de euros (cerca de R$ 429 milhões), dos quais 70 milhões de euros financiados pela Comunidade Europeia, a unidade deverá atingir sua produção total a partir do segundo semestre de 2013.
O complexo fabril é equipado com máquinas e robôs que, segundo a empresa, tornarão as linhas de produção as mais modernas da Embraer em termos de automação e precisão.

Produção. Os materiais fabricados em Évora serão exportados para montagem final nas unidades da Embraer no Brasil, na Flórida (Estados Unidos) e em Harbin (China), quando a produção de Legacy for iniciada no país asiático.
Para o chefe do Departamento de Engenharia Aeronáutica da USP de São Carlos, Fernando Catalano, a ‘internacionalização’ da produção da Embraer é um processo esperado.
“É um reflexo do mercado brasileiro de serviços, que é muito caro. Mas é algo que já foi feito no passado, como a asa do E145, que era produzida na Espanha”, afirmou Catalano.
Ele salienta que outra estratégia da empresa é utilizar a ‘expertise’ dos europeus na produção de materiais compostos. “Esta é uma lacuna da Embraer, que também desenvolve pesquisas no Brasil sobre o uso de materiais compostos, um produto que vai fazer diferença no mercado”, disse.

Cargueiro. Acordo assinado entre Embraer e o governo português prevê ainda a participação do país no desenvolvimento do cargueiro militar KC-390.
“É um mercado promissor, ainda mais com a aposentadoria do Hércules (C-130, cargueiro produzido pela norte-americana Lockheed Martin na década de 50, líder de mercado)”, disse Catalano.

Unidade. O complexo fabril da Embraer em Évora foi anunciado em 2008. Inicialmente, a previsão era que a unidade começasse sua produção no final de 2011. As obras tiveram início em 2010.

Fábrica na China ainda aguarda aval do governo
são josé dos campos

A instalação da unidade de Évora faz parte de um processo de expansão da atuação da Embraer no exterior.
Além da fábrica em Portugal, a empresa possui unidades fabris em Melbourne, na Flórida, Estados Unidos, e em Harbin, na China.
Em dezembro do ano passado, a unidade de Melbourne entregou sua primeira aeronave produzida nos EUA, um Phenom 100, jato do portfólio executivo da companhia.
Já a fábrica de Harbin ainda aguarda autorização do governo chinês para iniciar sua produção dos jatos executivos da família Legacy, após 10 anos fabricando o ERJ-145, jato regional de 50 lugares.
Durante teleconferência com jornalistas na semana passada, o diretor-presidente, Frederico Curado, estimou que a situação da fábrica na China deva ser solucionada até o final deste semestre.
“Sei que havíamos estimado o final do primeiro trimestre (para solucionar a situação), mas o exercício de paciência chinesa é algo que continuamos a aprender. Ansiedade à parte, o processo está caminhando bem. Achamos que (a definição) acontecerá num prazo relativamente curto”, disse. A Embraer possui 1.276 profissionais no exterior, segundo balanço da empresa.

SAIBA MAIS

Évora
ampliação
Até setembro, Embraer inicia produção na unidade de Évora, em Portugal

Produção
estruturas
Fabricação do complexo será voltada para materiais compostos e estruturas metálicas

Estrutura
unidade
Fábrica é instalada em área de 877 mil metros quadrados. Galpões serão equipados com robôs de última geração. 600 pessoas serão contratadas

Internacional
participação
Além de Évora, Embraer possui unidades fabris em Melbourne (EUA) e Harbin (China)

Trabalhadores
no exterior
Empresa terminou 2011 com 1.276 empregados no exterior

OGMA E A EMBRAER A OGMA - Indústria Aeronáutica de Portugal, S.A., fundada em 1918, é uma empresa portuguesa dedicada à fabricação e manutenção de componentes de aviação. O seu capital é detido em 65% pelo consórcio Airholding SGPS, composto pela Embraer, sendo os restantes 35% detidos Estado Português (Empordef). A OGMA possui um vasto leque de clientes nacionais e internacionais, tanto civis como militares, e está certificada como centro de serviço autorizado, pela Embraer, Lockheed, Eurocopter e Rolls-Royce. Em 1998, em cooperação com a empresa brasileira de aviões, Embraer, abriu um centro de manutenção para os aviões dessa mesma empresa. Esteve envolvida no projecto do PoSAT, tendo participado na montagem do satélite. Entre os seus serviços, destacam-se a manutenção dos aviões militares C-130, P-3 e F-16, das aeronaves comerciais Embraer ERJ135, 140 e 145, do Embraer Legacy e Embraer Lineage 1000, do Embraer 170 e Embraer 190, da família Airbus A320, assim como dos motores Rolls-Royce AE2100, AE3007 e T-56. Na área de aeroestruturas desenvolve actividades em programas como o PC12 Pilatus, EADS Casa C295 , Eurocopter EC155, entre outros. A OGMA está sediada em Alverca, aproximadamente 15 km ao Norte de Lisboa, e possuí actualmente cerca de 1 600 empregados e uma pista de aviação com 3 km disponível 24h por dia. http://pt.wikipedia.org/wiki/OGMA
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 03/05/2012 15:25
04 Outubro 2011 Correio da Manhã ( PT) Vice-presidente da construtora confirma Fábricas da Embraer em Évora vão ser inauguradas em Agosto O vice-presidente da construtora aeronáutica brasileira Embraer, Jackson Schneider, disse esta terça-feira, em Bruxelas, que as duas fábricas que a empresa está a construir em Évora irão abrir, como previsto, em Agosto de 2012. "Estamos dentro do cronograma previsto, imaginamos já que possamos inaugurar as fábricas em Agosto do próximo ano", disse Schneider à agência Lusa. "Está tudo a caminhar exactamente como planeado", sublinhou. A Embraer está a construir, desde Novembro de 2010, as suas duas fábricas em Évora - uma de estruturas metálicas (asas) e outra de materiais compósitos (caudas) -, prevendo criar 600 postos de trabalho directos e 1200 indirectos, num investimento inicial de 148 milhões de euros. As produções das unidades, inicialmente, vão ser dedicadas ao suporte logístico de jactos executivos, área de negócio em que a Embraer tem apostado e cujo mercado tem evoluído a nível mundial.
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 03/05/2012 15:14
Acho tão bonito executivo pegar no pesado, chego a ir as lágrimas: http://www.istoe.com.br/reportagens/202479_EMBRAER+SOB+CONTROLE
Comentado por Bronco, 03/05/2012 09:04
EMBRAER EM MAYDAY??? Embraer sob controle Insatisfeito com gestão na Embraer, o governo intervém para que a fabricante atenda aos seus interesses estratégicos. Nos últimos seis meses, 17 executivos deixaram a empresa Claudio Dantas Sequeira RAZÕES POLÍTICAS Saída do engenheiro Maurício Botelho do conselho de administração da Embraer, em janeiro deste ano, não foi fato isolado Privatizada em 1994, a Embraer em quase duas décadas experimentou um crescimento vertiginoso e passou a ocupar a liderança mundial do mercado de jatos comerciais de pequeno e médio porte. Em parceria com a FAB, transformou o Super Tucano numa bem-sucedida aeronave de ataque leve. Essa trajetória ascendente sempre foi atribuída ao comando do engenheiro mecânico Maurício Botelho. Ele entrou na empresa em 1995, assumiu a presidência em 2007, mas saiu de lá em janeiro, após renunciar ao conselho de administração. Embora tenha alegado “razões pessoais”, a saída de Botelho não foi um fato isolado. Nos últimos seis meses, pelo menos 17 executivos deixaram seus cargos, entre eles o vice-presidente para a área de Defesa e Segurança, Orlando Ferreira Neto, e o diretor de Inteligência de Mercado, Fernando Ikedo. A Embraer, que mantém reserva sobre boa parte das mudanças, sustenta que se trata de um “turnover natural”. Mas fontes do setor e ex-funcionários ouvidos por ISTOÉ classificam as trocas como uma espécie de “intervenção branca”. O governo federal estaria insatisfeito com o que considera uma “gestão conservadora” da turma de Botelho. Um dos indícios mais fortes do movimento do Palácio do Planalto para influir nos rumos da Embraer foi a eleição do secretário do Tesouro, Arno Augustin, como conselheiro titular da companhia. Disposta a retomar o segundo assento a que o governo tinha direito no conselho de administração da Embraer, a presidenta Dilma Rousseff indicou para o cargo alguém de estreita confiança, figura de proa do PT gaúcho e contemporâneo dela na gestão Olívio Dutra (1999-2002), no Rio Grande do Sul. No conselho da Embraer, o governo tem mais uma cadeira, ocupada por representante da FAB, que exerce papel estratégico por meio de uma golden share. A influência do governo na empresa é tabu e ninguém fala oficialmente a respeito. Antes de ser demitido em novembro, porém, Orlando Neto esteve em Brasília com o ministro da Defesa, Celso Amorim, que cobrou uma contrapartida da Embraer aos investimentos que o governo tem feito na área de Defesa da empresa. Desde 2009, quando foi lançado o projeto do cargueiro militar KC-390, a Embraer já recebeu mais de R$ 1 bilhão em repasses federais. Apesar da pressão, a fabricante prefere não ousar, acuada pela crise no setor de jatos comerciais. Negou-se a apostar em parcerias negociadas pelo governo com outros países para o desenvolvimento de novos produtos. Rejeitou ajuda dos franceses da EADS para resolver um problema de projeto da porta traseira do KC e não aceitou a proposta da Índia de desenvolver uma aeronave-patrulha com maior autonomia e capacidade antissubmarino. Preferiu se dedicar a um projeto mais simples de aviões-radar. Os indianos acabaram comprando dos Estados Unidos. “Uma empresa como a Embraer deve ser gerida por princípios do mercado, para ter competitividade, mas responder aos interesses estratégicos do Estado”, sintetiza o coronel reformado Geraldo Cavagnari, da Unicamp. Dentro dessa lógica, Salvador Raza, professor de planejamento estratégico do Centro para Estudos de Defesa Hemisférica, da National Defense University, em Washington, alerta que a produção de Super Tucanos e o projeto do cargueiro KC-390 não são suficientes para garantir o futuro da Embraer. A perda do contrato para os EUA, por exemplo, reduziu ainda mais as chances de popularizar a aeronave de ataque no mundo. E o KC enfrentará o poderoso lobby americano da Lockheed Martin, com o consagrado C-130J. “A empresa não está conseguindo gerar uma visão estratégica que faça sentido do ponto de vista comercial e industrial na área de defesa, e tampouco consegue alinhar-se aos interesses do governo”, avalia Raza. Para o especialista, as demissões são “o remédio errado para a doença errada” e só agravará o problema. “Trazer gente do governo para dentro da empresa é legítimo, mas o problema da Embraer é que ela não consegue gerar um sistema de defesa que seja competitivo em nível internacional”, diz. Ele acredita numa ruptura irreversível, caso não haja uma mudança real em quatro meses. Na área civil, a fabricante brasileira já sofre com a proliferação de jatos executivos e aviões comerciais médios. Uma parceria com a Bombardier foi cogitada na visita do governador-geral do Canadá, David Johnston, a Brasília na semana passada. Mas o presidente da Embraer, Frederico Curado, no cargo desde 2007, acha prematuro disputar mercado com gigantes como a Airbus e a Boeing, e não vê necessidade de promover um ajuste de rota. http://movimentobrasileirosunidos.blogspot.com.br/search?q=embraer
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 03/05/2012 08:31
Começou em Gavião Peixoto (SP), China, depois nos Estados Unidos e agora a Embraer inaugura uma unidade em Portugal. Seria a transferência da fábrica aos poucos??? Alguém aqui nesta coluna já comentou: "A Embraer está saindo de São José dos Campos aos poucos...." Começo a acreditar nisso!!!
Comentado por CASANOVA, 03/05/2012 07:24
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