O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) afirmou ao contraventor Carlinhos Cachoeira que trabalhou junto com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, para levar à Corte uma ação bilionária referente à Companhia Energética de Goiás (Celg). Na conversa gravada pela Polícia Federal no dia 11 de agosto de 2011, em investigações da Operação Monte Carlo, o parlamentar demonstra ter uma relação íntima com o integrante do Supremo, inclusive quando se refere ao mesmo como “Gilmar”. “Conseguimos puxar para o Supremo uma ação da Celg aí, viu? O Gilmar mandou buscar. Deu repercussão geral pro trem aí”, diz o ex-democrata, em relação a um instrumento processual que possibilita aos ministros escolherem os recursos que julgarão segundo a relevância jurídica, política, econômica ou social. Em outro trecho, o senador diz: “Dependendo da decisão dele, pode ser que essa Celg... essa Celg se salva (sic), viu? Eu acho que esse trem pode dar certo, viu? Ele que consegue tirar uns dois... três bilhões das costas da Celg. Aí dá uma levantada, viu?”. A companhia energética tinha dívidas que totalizavam aproximadamente R$ 6 bilhões. Informações do Estadão.
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