NOSSA REGIÃO
April 29, 2012 - 03:10
Venda de veículos sofre com ‘pacote’ de restrições no Vale
Thiago Leon
Lojistas reclamam que alarde com redução das taxas não surtiu efeito; excesso de exigências teria comprometido vendas
Arthur Costa
São José dos Campos
Proprietários de revendas de automóveis no Vale do Paraíba reclamam do excesso de exigências dos bancos para que o consumidor obtenha as taxas de financiamento de veículos reduzidas, muitas abaixo de 1% ao mês, anunciadas por boa parte dos bancos neste mês.
Num primeiro momento, a taxa pode parecer sedutora mas, ao solicitar o crédito para financiamento, o cliente tem esbarrado em requisitos restritivos, como baixo número de parcelas e valor considerável de entrada.
No Itaú, por exemplo, a taxa mínima de financiamento caiu 8% e chegou a 0,99% ao mês. No entanto, o índice é válido para correntistas há mais de um ano, em compras com 50% de entrada e financiamento em até 24 meses.
“O valor da entrada é muito alto. As pessoas que nos procuram geralmente não têm esse valor para dar ou querer vender seu carro atual como forma de entrada, o que geralmente não chega a mais que 50% do total”, disse Fábio Lana, vendedor de uma loja de revenda automotiva do Jardim Satélite, zona sul de São José.
O proprietário de outro estabelecimento de revenda de veículos na região central da cidade, José Sebastião Castro, disse que para ‘eliminar’ o estoque de veículos usados, alguns modelos chegam a ser oferecidos com o preço até 10% abaixo da tabela de veículos.
“Desde a crise de 2008/09, não nos recuperamos. Hoje, as vendas estão 50% abaixo do que eram”, disse Castro.
Ele culpa a oferta de crédito do governo pelo momento de vendas em baixa.
“Quando a economia passou a crescer, o governo reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e queimou uma etapa. As pessoas que estavam passando das classes D e E para C financiaram o carro e hoje estão endividadas”, disse Castro, que também é economista.
Dúvidas. O auxiliar de produção Orlando Nogueira Alves, 31 anos, observava alguns modelos na tarde de quinta-feira.
Ele disse que ainda não consultou seu banco quanto à queda na taxa de financiamento, mas que buscaria ajuda.
“Quando houve a redução do IPI há uns dois anos, quase comprei um carro ‘zero’, mas por algumas situações de saúde na família tive que adiar meus planos. Tomara que essa queda seja parecida”, disse.
Beneficiados. A Proteste (Associação dos Consumidores) divulgou uma pesquisa na última semana na qual constatou que as novas taxas de financiamento de automóveis oferecidas pelos bancos não atingem a todos os públicos.
Para comprovar as novas taxas, a associação simulou o financiamento de um Gol GV 1.0 Flex 4p 2011 zero quilômetro em 24 vezes nos cinco bancos que anunciaram corte na taxa de juros.
A simulação revelou que, em alguns casos, o financiamento ficou mais caro que no período pré-corte nos juros.
No Bradesco, a taxa mínima de 0,97% só é válida se o cliente der entrada de 50% do valor do carro e fizer o parcelamento em, no máximo, seis meses.
São José dos Campos
Proprietários de revendas de automóveis no Vale do Paraíba reclamam do excesso de exigências dos bancos para que o consumidor obtenha as taxas de financiamento de veículos reduzidas, muitas abaixo de 1% ao mês, anunciadas por boa parte dos bancos neste mês.
Num primeiro momento, a taxa pode parecer sedutora mas, ao solicitar o crédito para financiamento, o cliente tem esbarrado em requisitos restritivos, como baixo número de parcelas e valor considerável de entrada.
No Itaú, por exemplo, a taxa mínima de financiamento caiu 8% e chegou a 0,99% ao mês. No entanto, o índice é válido para correntistas há mais de um ano, em compras com 50% de entrada e financiamento em até 24 meses.
“O valor da entrada é muito alto. As pessoas que nos procuram geralmente não têm esse valor para dar ou querer vender seu carro atual como forma de entrada, o que geralmente não chega a mais que 50% do total”, disse Fábio Lana, vendedor de uma loja de revenda automotiva do Jardim Satélite, zona sul de São José.
O proprietário de outro estabelecimento de revenda de veículos na região central da cidade, José Sebastião Castro, disse que para ‘eliminar’ o estoque de veículos usados, alguns modelos chegam a ser oferecidos com o preço até 10% abaixo da tabela de veículos.
“Desde a crise de 2008/09, não nos recuperamos. Hoje, as vendas estão 50% abaixo do que eram”, disse Castro.
Ele culpa a oferta de crédito do governo pelo momento de vendas em baixa.
“Quando a economia passou a crescer, o governo reduziu o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e queimou uma etapa. As pessoas que estavam passando das classes D e E para C financiaram o carro e hoje estão endividadas”, disse Castro, que também é economista.
Dúvidas. O auxiliar de produção Orlando Nogueira Alves, 31 anos, observava alguns modelos na tarde de quinta-feira.
Ele disse que ainda não consultou seu banco quanto à queda na taxa de financiamento, mas que buscaria ajuda.
“Quando houve a redução do IPI há uns dois anos, quase comprei um carro ‘zero’, mas por algumas situações de saúde na família tive que adiar meus planos. Tomara que essa queda seja parecida”, disse.
Beneficiados. A Proteste (Associação dos Consumidores) divulgou uma pesquisa na última semana na qual constatou que as novas taxas de financiamento de automóveis oferecidas pelos bancos não atingem a todos os públicos.
Para comprovar as novas taxas, a associação simulou o financiamento de um Gol GV 1.0 Flex 4p 2011 zero quilômetro em 24 vezes nos cinco bancos que anunciaram corte na taxa de juros.
A simulação revelou que, em alguns casos, o financiamento ficou mais caro que no período pré-corte nos juros.
No Bradesco, a taxa mínima de 0,97% só é válida se o cliente der entrada de 50% do valor do carro e fizer o parcelamento em, no máximo, seis meses.
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Economista alerta para evitar a 'euforia'
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O economista do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-sociais) da Universidade de Taubaté, Luiz Carlos Laureano, recomenda cautela aos correntistas com a queda na taxa de juros da maioria dos bancos. A dica é estudar e pesquisar as condições de crédito de financiamentos já existentes.
“Não é porque os juros caíram que as pessoas têm que comprar alguma coisa. O ideal é renegociar os financiamentos já existentes”, disse.
Caso o banco em que o correntista possua uma conta não tenha reduzido os juros, a recomendação é, inicialmente, negociar a taxa de financiamento. Caso não haja acordo, a dica é fazer a portabilidade da conta para bancos em que as taxas sejam melhores.
“A pessoa pode fazer essa portabilidade sem custo já que, em alguns casos, o IOS (Imposto obre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros) já foi pago ao outro banco”.
Economista alerta para evitar a 'euforia'
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O economista do Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômico-sociais) da Universidade de Taubaté, Luiz Carlos Laureano, recomenda cautela aos correntistas com a queda na taxa de juros da maioria dos bancos. A dica é estudar e pesquisar as condições de crédito de financiamentos já existentes.
“Não é porque os juros caíram que as pessoas têm que comprar alguma coisa. O ideal é renegociar os financiamentos já existentes”, disse.
Caso o banco em que o correntista possua uma conta não tenha reduzido os juros, a recomendação é, inicialmente, negociar a taxa de financiamento. Caso não haja acordo, a dica é fazer a portabilidade da conta para bancos em que as taxas sejam melhores.
“A pessoa pode fazer essa portabilidade sem custo já que, em alguns casos, o IOS (Imposto obre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros) já foi pago ao outro banco”.
SAIBA MAIS
juros
Queda da taxa Selic fez com que bancos reduzissem taxa de juros em operações financeiras como cheque especial e financiamentos
veículosRevendedoras de automóveis reclamam das restrições para que clientes consigam taxas de financiamento abaixo de 1%, como alto valor da entrada e poucas prestações. Vendas seguem em baixa e setor culpa falta de crédito
juros
Queda da taxa Selic fez com que bancos reduzissem taxa de juros em operações financeiras como cheque especial e financiamentos
veículosRevendedoras de automóveis reclamam das restrições para que clientes consigam taxas de financiamento abaixo de 1%, como alto valor da entrada e poucas prestações. Vendas seguem em baixa e setor culpa falta de crédito
taxas para financiamento de automóveis (ao mês)
Caixa: de 0,89% a 2,25%
Bradesco: a partir de 0,97%
HSBC: a partir de 0,98%
Banco do Brasil: 0,95%
Itaú: 0,99%
pesquisa
A Proteste simulou financiamento de veículo zero quilometro e constatou que, em alguns casos, financiamento ficou mais caro que antes do corte de juros
Caixa: de 0,89% a 2,25%
Bradesco: a partir de 0,97%
HSBC: a partir de 0,98%
Banco do Brasil: 0,95%
Itaú: 0,99%
pesquisa
A Proteste simulou financiamento de veículo zero quilometro e constatou que, em alguns casos, financiamento ficou mais caro que antes do corte de juros
Venda é igual após veto ao domingo
A convenção coletiva do Sincodiv (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de São Paulo) que proíbe a abertura de concessionárias no domingo desde o início do mês não impactou às vendas. “Folgando no domingo, o funcionário vem mais motivado trabalhar durante a semana”, disse o gerente da Veibras, William Graciola.
A convenção coletiva do Sincodiv (Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos de São Paulo) que proíbe a abertura de concessionárias no domingo desde o início do mês não impactou às vendas. “Folgando no domingo, o funcionário vem mais motivado trabalhar durante a semana”, disse o gerente da Veibras, William Graciola.
Meus amigos lojistas, bom domingo, espero!!! Sei das dificuldades que vocês estão passando, com estoques parados em suas lojas, com clientes mais exigentes e mais facilidades para se adquirir um carro novo., as dificuldades em se aprovar um ficha cadastral junto às financeiras, pois as taxas de juros para carros semi-novos, estão altas. Conheço lojista em S. José e em Caçapava que já estão com as malas prontas e deverão deixar este mercado, mas não sabem para onde irem, pois se ficarem o bicho come e se correrem o bicho pega e come, também!!!Esta estória de juros baixos e uma estratégia de marketing do governo ( Painel - Globo News ) para forçar os bancos privados a seguirem o "exemplo" da CEF e do BB. Este assunto, dentro de 2/3 meses será esquecido, pois a força dos bancos particulares é muito "forte" e os "avexados" que procuram estes bancos para conseguirem juros mais baixos, saem de lá cabisbaixos e sem graça., é válido somente para alguns clientes " muitos especiais", entenderam? Portanto, tenham mais um pouco de calma, paciência e persistência, pois é tudo sazonal, haverá outras mudanças logo, mas que os preços dos carros usados ou semi-novos, não mais serão como era antigamente, com certeza não serão! Façam promoções dignas e idôneas, reduzam um pouco mais os lucros, transmitam confiança e empatia com o provável comprador, façam uma rede de "formiguinhas" oferecendo os seus produtos, com certeza desovarão um pouco mais os seus estoques.Coloquem vendedores que atendam o cliente sem óculos escuros, sem gírias e com aparência de honestos e que sejam honestos, realmente. Não mintam ou enganem os clientes, falem a verdade e tudo o que falarem, estando dentro do CDC, coloquem no papel e peçam para ser assinado em 2 vias., deixem que testem os carros, que levem em seus mecânicos de confiança, peguem o laudo destes mecânicos, etc, etc...e anexem no contrato/NF de compra ou venda. Obs:- A consultoria é gratuita, pois sou amigo e admiro muito vocês, pois já atuei no ramo e sei como é. Abraços à todos.
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 29/04/2012 09:19
ACESSEM: http://movimentobrasileirosunidos.blogspot.com.br/
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 29/04/2012 09:01
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