terça-feira, 14 de junho de 2011

MAZZAROPI "13 de junho de 1981 - Morre Mazzaropi, o típico caipira brasileiro" - JORNAL DO BRASIL

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14 de junho de 1972 - Morre Leila Diniz

Chama da de capa do Jornal do Brasil de 15 de junho de 1972.








Aos 27anos, ao voltar da Austrália, onde foi premiada como melhor atriz, no Internacional Film Festival, pelo desempenho no filme Mãos Vazias, Leila Diniz morre num desastre aéreo, em viagem de volta ao Brasil. Mais tarde, seus últimos registros, documentados num cartão postal para sua filha Janaína e em seu diário, revelariam sua felicidade por ser mãe e estar em paz com a vida.



Uma mulher à frente de seu tempo.

Símbolo irreverente da resistência à ditadura nos anos 60, Leila incomodava aos mal-humorados de plantão por revelar uma fórmula alegre de vida, agindo sem hipocrisia, vergonha ou pudor, derrubando convenções e tabus. Defendia o amor livre e o prazer sexual, num tempo de machisto e conservadorismo absolutos.

Escandalizou a tradicional família brasileira em sua entrevista ao Pasquim, em 1969, onde falou abertamente sobre todos os assuntos, e disse: " Você pode muito bem amar uma pessoa e ir para cama com outra. Já aconteceu comigo". Essa matéria proporcionou a edição mais vendida do Pasquim em todos os tempos. E foi o estopim para a instauração da censura prévia à imprensa, mais conhecida como Decreto Leila Diniz.

Logo depois, repetiria a dose, ao exibir a sua gravidez de oito meses, na praia de biquíni e ao amamentar a filha Janaína diante das câmeras. Não havia volta. Começava ai, a revolução feminina da década de 70 no Brasil.



Toda mulher é meio Leila Diniz.

13 de junho de 1981 - Morre Mazzaropi, o típico caipira brasileiro

Divulgação
Amacio Mazzaropi morreu aos 69 anos. Apesar do sobrenome italiano, encarnou na maioria dos seus filmes o típico caipira do interior do Brasil. Além de ator, foi também, um bem sucedido produtor de cinema brasileiro. Seu filmes anuais sempre bateram recordes de bilheteria e sua produtora, criada para rodarChofer de Praça, em 1959, a Pam Filmes, tinha estúdios muito bem instalados em sua antiga Fazenda de Santa, em Taubaté, no vale da Paraíba, São Paulo.

Mazaroppi não deixou herdeiros, além de sua mãe de 89 anos. Amacio nasceu no tradicional gueto dos italianos em São Paulo, a Barra Funda, em 9 de abril de 1912.

Desce criança tinha mania de ser artista. Ao completar 18 anos de idade, o jovem Amacio fugiu de casa para acompanhar um faquir, Ferry. Nos intervalos da exibição do faquir, interpretando já o papel de caipira, contava piadas. O rapaz magro, que havia estudado apenas até o ginásio e também tinha dotes de pintor e desenhista, resolveu lançar-se na vida de ator popular, logo depois. Montou a Trupe Mazzaropi que divertia as platéias cinematográficas de São Paulo, fazendo shows depois das sessões. A trupe também viajava pelo interior e se apresentava em palcos improvisados, tablados rústicos de madeira para uma platéia de encantados roceiros. Nos anos 40, foi contratado pela Rádio Tupi para fazer um programa caipira de humor, Rancho Alegre.

Em 1954, Amacio Mazzaropi encontrou-se com o tipo que iria marcar definitivamente sua carreira: o caipira, quando fez o papel principal de O Candinho, filme ainda produzido pela Vera Cruz. "Aprendi tudo que sei de cinema vendo o pessoal da Vera Cruz trabalhar".


Artista que falava a língua do povo

Para Mazzaropi, "o caipira é um homem comum, inteligente, mas sem preparo, alguém muito vivo, malicioso, bom chefe de família. A única coisa diferente é que ele não teve preparo, então tem aquele linguajar típico, mas no fundo, no fundo, ele pode dar lições boas e muita gente da cidade. Porque ele está sempre a procurar a verdade, em vez de correr atrás das ilusões, de palavras bonitas, de discursos de políticos. Há uma diferença entre inteligência e preparo".

Ator-empresário, Mazzaropi atravessou as décadas de 60 e 70 como recordista absoluto de bilheterias. 

12 de junho de 2000 - O sequestro do ônibus 174

O sequestro do ônibus 174. Jornal do Brasil: Sexta-feira, 13 de junho de 2000.


Episódio marcante da crônica policial do Rio de Janeiro. Por mais de 4 horas, um ônibus da linha 174 (Central-Gávea) ficou detido no bairro do Jardim Botânico, com dez reféns, sob a mira de um revólver empunhado por Sandro Barbosa do Nascimento, 21 anos, vitíma da antiga Chacina da Candelária.

A cidade parou, e com a cobertura ao vivo da televisão, o mundo todo pode assistir ao drama, orquestrado por momentos continuados de tensão.

Ao decidir descer com a professora Geísa Firmo Gonçalves para sua proteção, o assaltante foi o abordado por um policial que acabou errando seu tiro, acertando a refém. Geísa acabou também levando outros tiros em seu peito, disparados por Sandro. Socorrida, a vítima foi levada para o Hospital Miguel Couto, mas não resistiu aos ferimentos. O criminoso, aparentemente sem ferimentos, foi conduzido de camburão ao Hospital Souza Aguiar, onde já chegou morto. Sandro morreu asfixiado.

A vítima foi enterrada em Fortaleza, e seu enterro foi acompanhado por mais de 3.000 pessoas. Sandro foi enterrado no Rio, diante apenas da presença de uma tia.



A linha ainda existe, mas a numeração mudou para 158.

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