quinta-feira, 3 de maio de 2012

TETO, TEATRO INVERTIDO E O CURY


NOSSA REGIÃO
May 3, 2012 - 03:00

‘Vitrine’ de Cury, obra do novo Teatro completa 4 anos parada

Iniciada com os lados invertidos, construção foi paralisada em 2008, ainda na fase de fundações; Justiça mantém obra suspensa para apurar prejuízo aos cofres públicos, e obra segue sem previsão de retomada
Obras do teatro invertido em São José
Filipe Manoukian
São José dos Campos

Há quatro anos paralisadas, as obras do novo Teatro Municipal de São José dos Campos continuam sem data para recomeçar, e o espaço, uma das principais promessas do prefeito Eduardo Cury (PSDB), não será entregue na atual administração.
Com os alicerces construídos de forma invertida, a obra foi parar na Justiça e hoje encontra-se suspensa para coleta de provas e apuração de possível prejuízo aos cofres municipais e, consequentemente, culpados.
O novo teatro, que deve ficar em Santana, na zona norte da cidade, começou a ser erguido com a frente virada para a avenida Olivo Gomes, quando a mesma deveria ficar voltada para o Parque da Cidade.
O erro foi descoberto dois anos depois, já com as obras paralisadas. Na época, o PT acionou a Justiça pedindo a condenação do prefeito e o ressarcimentos aos cofres públicos dos valores gastos até aquele momento.
Iniciados em agosto de 2007, os serviços foram paralisados em maio do ano seguinte por determinação de Cury, que alegou atrasos no cronograma da obra. A paralisação completará quatro anos no próximo sábado.
Até então, a empreiteira Teto Construções e Comércio, que trabalhava na fundação do prédio, recebera R$ 685,4 mil do governo.

Apuração. Ainda em 2009, Cury tentou retomar os serviços em nova licitação, mas nenhuma empresa foi habilitada.
Então, por R$ 22,9 milhões, o tucano repassou a obra à Urbam (Urbanizadora Municipal S/A). O Tribunal de Justiça, contudo, suspendeu o reinício até que as irregularidades fossem apuradas.
Desde então, o governo tucano diz que só definirá o futuro do Teatro Municipal após a decisão da Justiça. Cury acusa o PT de politizar o assunto e afirma que o erro na execução do projeto não trará prejuízo ao erário (leia nesta página).

Depoimentos. A apuração da Justiça, conduzida pelo juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública de São José, Luiz Guilherme Cursino de Moura Santos, está em fase de coleta de depoimentos.
Cury eximiu-se de culpa no processo e apontou sete servidores municiais como responsáveis por eventuais falhas.
A Justiça tem encontrado dificuldades para acioná-los, já que alguns estão morando em outros Estados.
O processo, sem previsão de conclusão, ainda contará com perícias judiciais. Apesar do pedido de Cury, o juiz o manteve como réu na ação.

Situação. Enquanto a Justiça avalia o caso, e a administração municipal aguarda, o terreno que deveria abrigar um moderno espaço cultural, com capacidade para 1.000 espectadores e infraestrutura para receber grandes eventos, tornou-se um grande matagal.
Ao lado da portaria do Parque da Cidade, o que deveria ser o teatro é um espaço com mato alto, ferros enferrujados expostos, muitos já retorcidos, alguns pedaços de concreto quebrados e só.
“É uma pena vermos o aniversário da paralisação das obras do teatro invertido, quando seria importante a cidade ter um Teatro Municipal”, afirmou a presidente da Companhia Cultural Bola de Meia, Jacqueline Baumgratz.
Atriz e produtora em São José, Andréia Barros também lamenta o impasse em torno do Teatro Municipal.
“Acho que sinto falta não ter o teatro não só enquanto atriz, mas enquanto espectadora. Um teatro desse porte iria permitir a vinda de peças grandes a São José, como óperas, musicais”, afirmou.
“Acredito também”, continuou Andréia, “que o novo teatro teria um valor simbólico, auxiliando na formação de público, no fomento da cultura”.
Jaqueline avalia que o novo Teatro, aliado a uma política descentralizadora, com “polos de teatro na periferia”, fortaleceria a arte na cidade.

ENTENDA O CASO

A obra
Início e paralisação
O novo Teatro Municipal de São José começou a ser construído em agosto de 2007 pela empresa Teto Construções e Comércio, a um custo de R$ 15 milhões. Em maio de 2008, o contrato foi rescindido pelo governo, que alegou atrasos por parte da empreiteira

Erro
Inversão de lados
Em junho de 2009, o PT denunciou um erro no projeto. A entrada do prédio, que deveria ser voltada para o Parque da Cidade, foi construída para a avenida. A prefeitura suspendeu a obra, mas isentou a empreiteira, que chegou a receber R$ 685,4 mil pela execução de fundações

Impasse
Embargo
Em dezembro de 2009, Cury abriu nova licitação para a obra, sem sucesso. Diante do fracasso, a obra foi repassada à Urbam por R$ 22,9 milhões. No entanto, o Tribunal de Justiça suspendeu a retomada do serviço até que as irregularidades pudessem ser todas apuradas

Processo
Depoimentos
Atualmente, a Justiça tenta ouvir sete servidores municipais que foram apontados pelo prefeito como possíveis responsáveis pela inversão. Alguns deles não atuam mais na prefeitura. Ainda deverão ser realizados trabalhos de perícia até a resolução do caso

Perfil
O Teatro
Projetado para receber até 1.000 espectadores, o novo Teatro de São José começou a ser construído numa área de 303 mil metros quadrados ao lado da portaria do Parque da Cidade. O prédio terá 12.400 metros quadrados de área construída, distribuídos em e quatro andares

Prefeito só vai se pronunciar após sentença
São José dos Campos

O prefeito de São José, Eduardo Cury, informou ontem, por meio de sua assessoria, que só deve se pronunciar sobre o futuro do Teatro Municipal após decisão judicial.
No mês passado, ele chegou a afirmar que “enquanto não for feita a peritagem, não tem como continuar a obra”.
Com um cronograma previsto de mais um ano e sete meses de obra, o governo tucano já descartou a hipótese de entregar o teatro nesta gestão.
À Justiça, em contestação assinada por sua advogada em 2009, Cury negou que a obra tenha lesado os cofres públicos. Ele sustentou que “uma hipotética inversão, se confirmada e desfeita, dificilmente acarretará qualquer prejuízo ao erário público”.
Em outro trecho, ele afirmou que a oposição politizou o caso, e defendeu sua gestão.
“Aqui não há mensalão, não há comissão, não há presentinho (na cueca), não há vantagem indevida.”

Pagamento. A defesa também contesta afirmação do vereador Wagner Balieiro (PT), na ação que investiga o caso, de que a empreiteira responsável pela fundação teria recebido mais do que devia.
Em sindicância interna, o governo reconheceu o erro no projeto, afirmando, em relatório final, que “para um projeto tão relevante deveria, ao menos, haver uma equipe melhor estruturada”. 

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Teatro que nem a população muito menos Curió verá, uma vergonha construido erroneamente invertido, não podemos esquecer do escandalo das cadeiras, não me recordo muito bem mas compraram para o teatro ou para obra do Centro de Integação Empresa Escola, gente não podemos mais cruz nossos braços e levar o nabo, vamos aproveitar as eleições e votar em mudança, se for o PT melhor opção votem, se for PV votem, se for PSTU votem, se for PMDB votem, se for PR votem mas não podemos mais ficar na mesma, PSDB foi queimado pelo Cury infelizmente jogou todo trabalh do honroso Emanuel pelo ralo, Povo Joseense está na hora de mudança e isso parte de nós !!!!
Comentado por Aluno, 03/05/2012 09:34
Pergunta para algum advogado... Não cabe uma ação pedindo a penhora dos vencimentos de todos os envolvidos, incluindo o PREFEITO e DEPTO JURIDICO??? Nunca seremos ressarcidos desta MAZELA !!!
Comentado por Ricardo Cruz, 03/05/2012 09:24
Essa é a imagem que o Brasil tem dessa cidade ! Alem é claro do Pinheirinho e da dançarina !! PQP
Comentado por Eduardo, 03/05/2012 09:16
Parafraseando a declaração oficial da prefeitura: “para um projeto tão relevante (como governar a cidade de São José dos Campos) deveria, ao menos, haver uma equipe melhor estruturada”...
Comentado por Paulo Barja, 03/05/2012 09:04
Prezado Alvaro, parabéns por divulgar a enganação a TETO aberto!
Comentado por Paulo Barja, 03/05/2012 09:02
Srs. munícipes, bom dia! Leiam a página principal do site da empresa que foi incumbida de fazer o teatro nesta cidade., não é nenhum texto para programa humorístico, não! É a realidade de um empresa que embolsou o dinheiro do povo com a conivência de políticos que agora querem acusar o mais fraquinho da escala hierárquica, pois é assim que funciona a tramoia neste país.O tempo está passando, todos irão esquecer e a vida continua. O processo, sem previsão de conclusão, ainda contará com perícias judiciais, entendam como quiserem!!! INTEGRIDADE A TETO mantém relação de cordialidade com toda a cadeia produtiva, clientes, fornecedores e colaboradores, construindo assim um ambiente harmônico, fazendo com que o desenvolvimento da obra aconteça de forma prazerosa. A TETO considera que Integridade, transparência, profissionalismo, pontualidade e eficiência, são valores fundamentais para garantir tranqüilidade e segurança de nossos clientes VERSATILIDADE A TETO integrando soluções para processos construtivos e utilizando praticas de negócios responsáveis, com o cumprimento dos compromissos assumidos, se consolida como facilitadora de todo processo, assessorando desde o lançamento e implantação do projeto, anteprojeto, compatibilização com projetos complementares e execução dos serviços, até a entrega da obra. ASSISTÊNCIA A TETO acompanha o desenvolvimento da obra, procurando manter todas as etapas dentro do prazo de carência. Oferece assistência técnica ao cliente, após esta entrega da obra, dentro das garantias contratuais. RESPONSABILIDADE SOCIAL A TETO valoriza seu ambiente de trabalho, buscando sempre conscientizar o colaborador sobre a importância da relação de cordialidade e respeito que devemos ter pelo outro. Proporcionamos oportunidades de desenvolver sua capacidade criativa valorizando seu desempenho. Zelamos pelo bem estar de todos envolvidos no desenvolvimento da obra, inclusive os vizinhos, buscando sempre uma boa relação e transparência. Teto Construções e Comércio Ltda Razão Social: Teto Construções e Comércio Ltda Arquitetos r Vieira Gonçalves, 427, Martins, Uberlândia - MG, 38400356 TEL.: 32140252, (34) 3214-1893 http://tetoconstrutora.com.br
Comentado por Alvaro Pedro Neves Pereira, 03/05/2012 08:09
Apesar de não ser motivo para votar no PT, temos que reconhecer que o Cury, como prefeito, é muito fraquinho. Mas, PT não!
Comentado por Helder Caires, 03/05/2012 07:09
Aposto um doce que e' obra da Delta-Cachoeira e que ja receberam. So' falta entregar.... PSDB, exemplo de "jestao" e lisura...... Sei..
Comentado por Andrauss, 03/05/2012 06:41
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